Aparecido Raimundo de Souza
Estamos vendo nos telejornais,
a cada meia hora, ao vivo e em cores, na Globo News, que o pau está quebrando
feio em vários presídios, com destaque para o Complexo Estadual de Parnamirim,
em Natal, no Rio Grande do Norte. O bandidinho deles, conhecido como “Número
2”, Daniel Silva de Carvalho, de 29 anos, está “botando terror” no Estado,
comandando uma série de ataques criminosos, além de mandar incendiar ônibus,
queimar colchões e depredar o presídio onde se encontra engaiolado.
Isso sem falarmos em Alcaçuz,
onde o furdunço continua inalterado, com uma diferença: agora os detentos estão
aderindo ao canibalismo. Em um artigo que publicamos dias atrás, as senhoras e
os senhores devem estar lembrados: demos uma sugestão bastante simples e
singela para acabar, de vez, com essa “troca de mimos e carícias” entre essas
supostas “facções rivais”.
Agora mesmo nos acorre à mente
uma ideia nova, por sinal, bastante boa e interessante. Igualmente eficaz. Em
vez das tropas de choque que não vão resolver porra nenhuma, bem como não dará
em nada jogar a galera do exército nas ruas, a rapaziada da marinha (na
verdade, da “murrinha”), a moçada da aeronáutica, e os “meias-tigelas” dos
dragões da independência, bem ainda os cachorrinhos da Dilma Rouboussett, os
bodinhos do Michel Jackson Temer, entrelaçados, de mãos dadas, com as polícias
civil, militar e federal etc. etc. Esses “ajuntamentos” contribuirão somente
para aumentarem o caos instalado e o fuzuê, complicando, ainda mais, o tamanho
do escangalho.
O quadro atual que estamos
vendo não mudará. A barbárie, por sua vez, persistirá, porque TODOS SABEMOS:
QUEM MANDA NOS PRESÍDIOS SÃO AS FACÇÕES CRIMINOSAS E FIM DE PAPO. Essa
historinha de segurança máxima é para rir. Se alguém do povo acha que a coisa
está sob pulso firme, pelo amor de Deus! Esse desgraçado deveria tomar umas
pauladas nos costados para largar de ser otário.
Voltando a essa ideia que nos
assaltou, como dissemos no início de nosso texto, seria de bom tamanho
colocarmos lá dentro, em meio às feras, em meio aos coitadinhos, aos santinhos,
aos inocentes, a famosa turma de vadios que vivem cagando pela boca e
defendendo, de unhas e dentes, os DIREITOS HUMANOS. Falamos evidentemente da
COMISSÃO DOS DIREITOS HUMANOS.
As instituições prisionais,
meus caros representantes dos Direitos Humanos, estão pegando fogo. A cada dia
que se esvai, mais e mais vagabundos “inocentes”, kikiki, viajam com passagem
só de ida desta terra de malucos para lugar melhor. E o pior: nessa situação
toda, não é o lugar para onde esses infelizes estão indo que nos assusta; o que
nos aborrece, o que nos importuna, o que nos entristece, apesar dos pesares,
são as maneiras estranhas, as formas pouco usuais de como essas criaturas
seguem viagem para a santa e auspiciosa terra dos pés juntos.
A maioria embarca sem as
devidas cabeças, os braços e as pernas. Com a introdução recente do
canibalismo, tomamos conhecimento de que os “apenados” estão assando seus
companheiros como se eles fossem carne de churrasco. Bestificados, perguntamos:
cadê os senhores dos Direitos Humanos? Apareçam, meus prezados! Mostrem a todos
nós que vocês não passam de figuras decorativas, que não vão além de um bando
de covardes!
Penitenciária de Bauru, interior paulista |
Onde vocês se esconderam, meus
nobres picaretas? Tragam suas caras, suas fuças, tirem as máscaras! Compareçam
aos presídios onde a baderna está descontrolada, a todo vapor, e mostrem que
vocês têm a força! Provem para nós que essa bosta de Direitos Humanos serve
para alguma coisa, além de estardalhaçar aos quatro cantos do mundo que a luta
de vocês não passa de uma farsa, de um gigantesco engodo! Façam valer, pelo
menos uma vez na vida, essa palhaçada de DIREITOS HUMANOS; na verdade, a nosso
ver, conversas para bois e carneirinhos dormirem, blá-blá-blás e tititis para engabelar
trouxas e servir de chamariz a manés artimanhados e emboscados numa grande
charlatanice.
Arriba, pessoal! Estamos à
espera que provem ser capazes. Tragam, para nós, bufões desta sociedade de
abestalhados, soluções sérias e pacíficas, e ponham um fim definitivo às
rebeliões e aos MASSACRES a que estamos assistindo em horários nobres.
Não nos deixem como palhaços,
como idiotas, como um bando de imbecis. Imbecis de mãos e pés amarrados,
idiotas cabresteados. Até prova em contrário, a causa que vocês abraçam (os
direitos humanos, ou seriam “umanos”?!) que vemos a toda hora serem APREGOADOS
ao bel-prazer de uma sanha imoral, tacanha, nos fazem acreditar ser a mais pura
e cristalina embromação. Como bons meninos, entrem nos presídios, coloquem-se
no meio da confusão formada e nos mostrem a vitória DE VOCÊS, por meio de uma
SOLUÇÃO PACÍFICA.
Façam aquilo a que se
propuseram, antes que não tenhamos mais nenhum vagabundo, ou nenhum presídio
para deixarmos como lembranças para nossos filhos e netos. Já chega o Carandiru
que “foi para as cucuias” e ninguém mais se lembra.
AVISO AOS
NAVEGANTES:
SE O FACEBOOK, PARA LER E PENSAR, CÃO QUE FUMA OU OUTRO SITE QUE REPUBLICA
MEUS TEXTOS, POR QUALQUER MOTIVO QUE SEJA VIEREM A SER RETIRADOS DO AR, OU MEUS
ESCRITOS APAGADOS E CENSURADOS, PELAS REDES SOCIAIS, O PRESENTE ARTIGO SERÁ
PANFLETADO E DISTRIBUIDO NAS SINALEIRAS, ALÉM DE INCLUI-LO EM MEU PRÓXIMO LIVRO
“LINHAS MALDITAS” VOLUME 3.
Título e Texto: Aparecido
Raimundo de Souza, jornalista, Rio de Janeiro, 24-1-2017
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Assistindo no Record News, do Heródoto Barbeiro, o Coordenador de Direitos Humanos da OAB, Martim...
ResponderExcluirÉ isso! Os moradores de rua são todos uns coitadinhos (e ALGUNS SÃO MESMO, precisam de ajuda), a culpa é da globalização, etc...
Desde a aparição do primeiro homem na face da terra houve violência pela sobrevivência.
ResponderExcluirCaim matou o irmão Abel no conto bíblico. Disputas por terras, herdeiros, declarações de guerra, invasões diversas... tudo isso pressupõe violência. A diferencia para os animais irracionais é que estes atacam para alimentar-se, jamais para destruir; é a própria vida e a da espécie que está em jogo.
Há poucas décadas atrás não havia facções. O Brasil chocava-se com a “Fera da Penha”, uma megera que queimou viva uma menina; em outro jornal, todo o efetivo policial corria atrás de um bandido muito famoso conhecido por “Cara de cavalo”! No exterior falava-se do assalto ao trem pagador.
Não faz tanto tempo assim, começaram a colocar criminosos comuns (ladrões de banco, assassinos, traficantes ...) nas celas juntamente com presos políticos. Estes começaram a ensinar aos primeiros táticas de guerrilha, como invadir terrenos alheios, constituição de sociedades “esquerdistas”, noções de legislação, as brechas nas leis, funcionamento de sindicatos, etc.
Até então não existiam as famigeradas facções “Comando vermelho, PCC, amigos dos amigos, comando do norte...”. Os líderes desses grupos organizados, ao contrário do que muitos imaginam, leem livros, se instruem e adquirem conhecimento e grandes contatos no meio político.
O avanço da globalização, a proliferação das diversas ONGS voltadas para proteger os direitos humanos , a ineficiência do Estado – Nos dias de hoje a quase total inércia - , a briga pelo poder a todo custo com o consequente aumento da corrupção e a falta de perspectiva da maioria da população em um futuro melhor não tão distante, transformaram-se nos ingredientes propícios para criar uma espécie de nitroglicerina pura, capaz de explodir em bolas de fogo dentro de alguns presídios e certos centros urbanos.
Não obstante, funciona diferente em determinados sistemas prisionais em alguns estados brasileiros; em muitas cadeias, os detentos trabalham, estudam, produzem, ganham algum dinheiro e sonham na volta ao convívio em sociedade livre. Ora, isto deveria ser uma constante nos complexos carcerários em todo o país. Membros do governo brasileiro e boa parte da sociedade parecem viver em meio a uma gigantesca hipocrisia. Finge-se que tudo corre dentro da normalidade, que as coisas irão melhorar com orações e promessas; o Poder Público assegura que tudo vai passar, e que a paz voltará a reinar nas ruas, cadeias e cidades brasileiras. O Criador Arquiteto do Universo cumpre com a parte que lhe cabe, e assim será sempre. Mas a mente do povo, em geral, hiberna em uma caverna escura, numa espécie de “zona de conforto” agradável ... Afinal de contas, vai-se vivendo e empurrando com a barriga.
Talvez se pareça com aquele conto do cachorro sentado sobre um prego pontudo, mas não levanta dali! Pode ser que , por enquanto, não esteja doendo tanto assim ...
Sidnei Oliveira
Assistido AERUS - RJ