sábado, 21 de janeiro de 2017

[Aparecido rasga o verbo] Entre o avião do ministro e a posse de Trump que venha o Big Brother Brasil

Aparecido Raimundo de Souza

O País, senhoras e senhores, dentro de algumas horas, irá parar. Não pelas explosões e barbáries acontecidas nos presídios do país, tampouco pelos 890.000 pedidos de asilo da Alemanha. O seu povo sofrido, fodido, sem eira nem beira, não está nem um pouco interessado em saber que houve um acordo entre a Turquia e a Alemanha e que ela está recebendo, de volta, quem teve pedido de asilo negado.

Cairá de novo, essa terrinha de ninguém, na degenerescência de seu mau-caratismo, por sinal, há anos depravado. Dará vazão, mais uma vez, ao abobalhamento adormecido e, como um vulcão extinto, acordará em poses sensuais causadas pelas entorpecências, voltando, com isso, a expelir uma massa enorme de materiais magnéticos (vapores, gases, cinzas e lavas) em face da sua estapafúrdica insensatez.

Essa apatetação seria fruto de uma vulgaridade mal curada, resquícios advindos de dezesseis anos atrás, quando o mal surgiu pela primeira vez em cena se instalando e se alastrando em meio à cachola da população bestificada.   

O Brasil é um país que dia a dia previve ansiedades que gostariam de aflorar com a plenitude acima dos seus limites. Embora vislumbre voar espaços entoados à sutileza de cantos magistrais, bem ainda se entrelaçar em ilusões folclóricas e imorredouras, magnetizado por uma conjunção estelar de rara beleza, apesar desses requisitos, se sente traído, pisoteado, machucado na sua moral, naquilo que melhor tem a oferecer a seus filhos. 

Em face desses contratempos, de mãos dadas com a insuportável falta de inteligência da escória mundiça, acabou se quedando, inanimado, sentado à mão direita do Rio Tietê, chorando a combustão dos veículos que por ali trafegam indiferentemente à sua dor. O Brasil carrega a sua mágoa nas costas, como um fardo do destino ingrato que o odeia de morte.

O Brasil menino, é bom deixar claro, cresceu. Isso ninguém pode negar. Deixou de ser criança na sua essência de pequenez. Num abrir e piscar de olhos, se tornou adulto, e com essa metamorfose de sonhos dourados, por coisas melhores, se arriscou além do fogo fátuo das mediocridades que lhe acorrentavam os pés em eternas desgraças de um festim infame.

Todavia, no ébrio espasmo que voltou a lhe aprisionar, se viu, de novo, esse nosso rincão de ninguém, cimentado a um chão inconcebível. E mais que a esse chão, se pegou estrangulado pelas passividades inconsequentes dos Manés e Sinhazinhas, tamponados por sua vez, a incômodos cabrestos faciais.

Por essa razão, os números de debilitados (que, a cada ano, se quadriplicam e, pior, se sentem satisfeitos em desperdiçarem tempos por demais extensos diante de simples televisores), se flagram agora, robotizados pelas fragilidades de lições-mal aprendidas. No ápice da loucura insossa, esses bocós gozam os dissabores de suas boçalidades, enquanto abraçam os esquartejados do caos.
Embora dezesseis anos tenham se passado, o quadro sistêmico não mudou. Voltou mais coeso, afiado e fortemente harmonizado com as disparidades dos pervertidos. 

O Brasil pujante, que até então ia bem das pernas, que se deslanchava todo prosa em rumo ao sucesso pleno, se sente, tal como aquele instrumento destoado de uma orquestra inteira de indivíduos sem cabeças, e com os cérebros atrofiados, sem a imaginação solta, leve e livre de pensamentos coerentes.

Em resumo, o que temos? O que sobrou? Um agrupamento instrumental sem ritmo coordenado, conduzido por um maestro sem batuta, sem partituras, desamparado, como um ser perdido, as faces enrugadas pelo convulso choro de lágrimas derramadas em esforços ineficazes.

O Brasil vai parar? Com certeza! Dentro de algumas horas, se tornará estático, imóvel, completamente inerciado. Contemplando o desleixo junto de seus pares, temos convicção, se perguntados, nenhum do povo saberá dar informações, por exemplo, da greve dos policiais civis no Rio de Janeiro.

No mesmo gancho, a galera desconhece o fato de que uma avalanche na Itália arrastou um hotel por dez metros.  Igualmente ignora que uma em cada sete pessoas no mundo é migrante ou refugiada. Tampouco têm conhecimento que a menina vista em Nova Zelândia três dias atrás, não é a inglesa Madeleine, desaparecida misteriosamente há nove anos, ou mais precisamente em 3 de maio de 2007 do apartamento que sua família alugara na cidade portuguesa de Praia da Luz, em Portugal. 

Acreditem, senhoras e senhores, o Brasil vai parar. Estancar a marcha em direção ao nada, ao vazio imenso que se descortina, enquanto Rita Lee lança a sua biografia não ficção e W. Bruce Cameron arrebenta em segundo lugar com as ‘Quatro vidas de um cachorro’. Viva alma sabe dessas coisas que se sucedem segundo a segundo.

Ninguém quer tomar para si a responsabilidade de enxergar quem derrubou o avião do ministro Teori Zavascki em Paraty. Ou quem colocou a bomba que ceifou quatro vidas inocentes. Puto nenhum quer tomar conhecimento se é a Policia Federal, ou os bundas-moles dos Dragões da Independência que fuçarão a sujeira colocada em baixo dos tapetes para trazer à tona quem despachou para o cacha prego o ilustre ministro prestes a homologar uma DELAÇÃO FARAÔNICA CONSIDERADA BOMBÁSTICA.

Todavia, senhoras e senhores, o Brasil daqui a pouco estará parado. Como uma locomotiva velha num desvio de linha. Seria, perguntaríamos uma vez mais, seria pela morte do Miguel Ferrer, ator de ‘Robocop’? Pelos manifestantes que protestaram em São Paulo, não contentes com os aumentos das tarifas? Pelo traficante ‘El Chapo’ extraditado para os Estados Unidos? Para dar os parabéns a Michel Temer por ter autorizado o uso de militares nas ruas de Natal? Quem sabe, para aplaudir o senhor Matheus Leitão que ‘possivelmente’ substituirá Teori na operação Lava Jato?  

Bem lembrado às senhoras e os senhores que responderam ‘NÃO’ a nenhuma dessas indagações. O Brasil vai parar minha gente. Parar para ver a merda do ‘BBB’ (Boca, Boceta e Bunda, não necessariamente nessa ordem) que estreia nessa segunda feira próxima vindoura na Rede Globo. BBB!
Apostamos que não há um só filho de Deus que não saiba, de cor e salteado, os nomes das criaturas que estarão na casa mais vigiada da puta que pariu.


Vamos conferir? – ‘Lula? Não! Michel Temer? Não! Viviam, de Manaus? Sim! Rômulo, de Brasília? Sim! Roberta, de São Paulo? Sim! Pedro, de São Paulo? Sim! Roberto Carlos? Não! Mayara, de Belo Horizonte? Sim! Marinalva de Santa Isabel do Ivaí? Sim! Eduardo Campos? Não. Lula? Já falou! Esse não! Tá me tirando? Marcos, de Porto Alegre? Sim!’

‘Luiz Felipe de Maceió? Sim! Ilmar de Campo Grande? Sim! Ieda, de Canoas? Sim! Dilma? Não. Gabriela de Salvador? Sim! Facções do PCC? Não! Lula? Porra, esse desgraçado não! Elis, de Taguatinga? Sim! Daniel, de Ferraz de Vasconcelos? Sim! Tiririca? Não! Antonio e Manoel? Sim!!!...’.

E o avião do ministro, quem foi mesmo que derrubou? ‘Avião de quem?! O avião morreu antes ou depois da bomba estourar?! Durante! Com certeza, durante... coitado! E o Lula, vai ser preso?! Kikikikikikikiki...’. 

O objetivo deste artigo, senhoras e senhores é deixar claro que o Brasil vai parar. Não para chorar a morte do ministro que alguém despachou para ver Deus ou o diabo mais cedo. As pessoas não estão interessadas em esmiuçarem os fatos, sopesarem as COINCIDÊNCIAS gritantes, que se interligam nessas mortes estranhas.  Ninguém do povo marginalizado procurará saber quem são ‘os cabeças’ que comandam lá do Epicentro, a famosa ‘Conspiração Anunciada’. A bola da vez do momento, meus amados, a sensação que vasa por todos os poros da epiderme, a coqueluche, o IBOPE, sem dúvida alguma é a estreia do ‘BBB 17’. 

A sociedade sabe, por antecedência, que a Polícia Federal, a Civil, a Militar, o DAC, a INFRAERO, O CENIPA ou qualquer outra instituição de bosta que pintar no pedaço, NENHUMA DELAS TRARÁ A PÚBLICO, OBJETIVAMENTE, O QUE ACONTECEU NA REAL, COM O AVIÃO DO MINISTRO. Mais um acidente, senhoras e senhores, que engoliremos sem mastigarmos as devidas e esperadas respostas. 

Em câmbio paralelo, quem se insuflar em mostrar o contrário, aquele maluco beleza, que sonhar em se intrometer no caminho da ‘Galera Poderosa’, poderá ser o próximo passageiro a estourar com um ‘buuuuuummmmmm...’ bem forte junto com a ‘Caixa Preta’ desse país de vagabundos, de safados, de pilantras, de vermes em busca do PODER. O nosso adeus sincero, ao ministro Teori, a Carlos Filgueiras, e a Osmar Rodrigues. Adeus, igualmente às duas mulheres que também se foram, sem sequer, deixarem seus nomes.

Que venha, pois, o BBB 17. O resto, kikikikikikikiki... o resto é resto e fim de papo.

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Título e Texto: Aparecido Raimundo de Souzajornalista, de Paraty, RJ, 20-1-2017

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