quarta-feira, 18 de janeiro de 2017

[Aparecido rasga o verbo] Na linha do fogo cruzado, a bomba da impunidade explode em todos nós

Aparecido Raimundo de Souza

Volta e meia, mostramos o caos estapafúrdico em que vivem as instituições de segurança Brasil afora e o medo mórbido e doentio que envolve a sociedade, exatamente pela falta de brio e vergonha, daqueles indivíduos que deveriam, acima de qualquer coisa, promover com robustez e pulsos firmes, as nossas garantias pessoais. Garantias essas estendidas às nossas famílias de modo irrestrito e ilimitado.

Como se não bastassem as nossas angústias e apreensões financeiras diárias, somos agora tomados igualmente pelo ‘pavor anunciado’. O que vem a ser esse ‘pavor anunciado’? Um pavor com gosto de chocolate para tomarmos no lanche da tarde? Um pavor que levamos no bolso para assustar nossos amigos? Nada disso, amados. 

‘Pavor anunciado’ é aquele pânico imedível e irrestrito de andarmos pelas ruas, como cidadãos comuns. De vivermos uma vida normal sem o suplício medonho de sermos assaltados, ou quem sabe, de perdermos nossas vidas na próxima esquina, ou dentro de um coletivo no simples gesto de irmos para os nossos trabalhos ou voltarmos para casa.

Vejam, senhoras e senhores, como andam nossos presídios. Uma beleza! No Estado do Amazonas, o Complexo Anísio Jobim mandou cinquenta e seis para a puta que pariu.  No Rio Grande do Norte, ou mais precisamente em Nísio Floresta, onde se situam os muros paraplégicos de Alcaçuz, vinte e seis partiram desta para melhor. Sem passagens de volta às origens.


Em Roraima, na penitenciária agrícola de Monte Cristo, a situação não é das melhores. Cristo fugiu do monte e tomou rumo ignorado. Por fim, o Complexo de Ribeirão das Neves, em Belo Horizonte, oito presos simplesmente tomaram chá de sumiço e desapareceram como por encanto. Nessa torre de babel instalada, tem gente que acha esses antros um lugar inesquecível para se passar um sábado ou um domingo, sem, contudo, rotularem a coisa de ‘programa de índio’. Ir ou não ir, eis a confusão!!!

Algumas agências de excursões, de olho nesse ‘não programa de índio’, e visando num ganhozinho extra, resolveram fazer uma promoção relâmpago que vem causando a maior euforia. ‘Passeios escolares e piqueniques’ a Cadeiões de segurança máxima. O slogan adotado é bem apropriado. Nos causa a impressão de parvos ambulantes sonhando estrelas no entardecer. Não deixa de ser romântico...

‘Conheçam por dentro um presídio de segurança máxima antes que esses elefantes brancos acabem de vez. Com direito a seus filhos serem mantidos pelos amotinados como reféns e voltarem para seus lares decapitados. Ou pior, com uma perna a menos, ou um braço a mais. Os coleguinhas da escola, ao vê-los deformados, irão adorar. Sensacional!!!’. 

Desde que o mundo é mundo, sabemos todos, as cadeias foram transformadas em faculdades, onde os que ali residem (kikikikikikikiki) se formam e se graduam, no crime.  Anos depois, vão embora bacharelados em ‘Facinoridades’ (modalidade nova de indivíduos perversos e celerados ainda não conhecida no mercado jurídico), com diplomas, carteirinhas e sindicato da categoria, além de um baita conhecimento onde a melhor faculdade existente no planeta, sequer ousaria chegar perto. E, o mais importante, todas as ‘regalias’ a eles concedidas com o dinheiro público, logicamente. 

Nos dias atuais, só para os senhores terem uma ideia, um preso custa para nós, contribuintes, seis vezes mais que um estudante. Verdade!  Esse fato inusitado, inclusive, derruba por terra aquela velha e surrada frase que nossos pais vomitavam em nossos ouvidos. ‘Educando as crianças, não precisaremos punir os homens de amanhã’, seguida de outra também muito legal, ‘construindo escolas não ergueremos presídios no futuro’.

Essas balelas naqueles idos entravam em nossas cabeças por pura pressão psicológica.  Hoje, quem sabe, se encaixe nos rabos sujos de alguns otários... que ainda acreditam piamente em Papai Noel. Em Brasília, essas figuras natalinas de fato existem. Um bando de ‘papais noéis’ chega nas mansões ao longo do lago Paranoá, sobem nos telhados e escorregam pelas chaminés. A diferença é que levam os sacos vazios. Quando se preparam para dar o fora, os sacos vão abarrotados de dinheiro sujo para serem lavados em paraísos fiscais.  

Voltando às frases do nosso tempo de calças curtas, afirmamos serem elas batidas, envelhecidas, carcomidas e masturbadas. Os mais antigos concordarão conosco, porque remontam desde os primórdios em que nossos índios andavam de bicicletas de uma roda só.

O que estraga tudo desde os idos de 1500, é a moderação do povo brasileiro. Ele é pacato demais, sossegado em demasia, extremamente neutro e literalmente frouxo. A brandura e o espírito vazio da população a cada dia que passa se escoam mais rápido. Vazam pelo ralo, tal como aguaceiros em dias de fortes temporais.

Temos plena consciência que os presos não podem ser maltratados. Necessitam essas criaturas, serem tratadas com carinho, amor, ternura e respeito. Até porque, em paralelo, apregoa esse Estado de merda, em que vivemos, que um dos principais objetivos da sanção (não entendam essa sanção como o bíblico Sansão marido de Dalila), além daqueles de formar e tornar o bandido em bandidaço, o galardão maior é a sua pronta e total ressocialização. Uma palavrinha linda de se ouvir, todavia, difícil, ou quase impossível de ser posta em prática.



Por que difícil?  Ora, senhoras e senhores, não há como RESSOCIALIZAR aquilo que nunca foi, num primeiro momento, SOCIALIZADO. Numa segunda de visu precisaríamos focar nossas atenções num único ponto. Qual seria ele? Os integrantes das inúmeras facções criminosas que tomaram (ou melhor, que tomam e continuarão tomando) conta e fizeram os policiais, e não só eles, todo o aparato da segurança pública seus reféns. Em resumo: está instalada (apesar do Ministério da Defesa dizer que não), a NACIONALIZAÇÃO DA CRIMINALIDADE ORGANIZADA em todo o território nacional.

Ora, se a segurança pública não existe, a nacionalização se expandiu, logo a SOCIALIZAÇÃO é uma tremenda história da carochinha. De contrapeso, o aparato dessa segurança pública, “entre aspas”, está fodida, às traças, emperrada. Numa fossa cheia de bosta, para sermos mais exatos. Atolada até os colhões de seus dirigentes.

Por essa razão, falar em SOCIALIZAÇÃO, ainda que os motins e as matanças sejam ou não por ‘retaliações e vinganças’, e tenham conseguido alcançar contornos nacionais, nessa altura do campeonato, é a mesma coisa que chover no molhado, como, igualmente, tentar RESSOCIALIZAR alguma coisa inexistente. Em nosso entendimento, os palhaços estariam passando diploma de idiotas para seus próprios companheiros energúmenos.

Para se pôr ordem na casa, acabar com essa doença, erradicar de uma vez por todas com o mal que nos amedronta, necessário se faria que fosse aplicado a esses vândalos, não a pena perpétua, tampouco a pena capital. A pena perpétua e a pena capital dariam no mesmo. Seria, grosso modo falando, bater com um gato morto em um poste para ver se ele, o poste, miaria. Quais seriam as soluções ideais para se colocar ordem no Brasil? Se é que ainda existe tempo para tal proeza?

Simples. Colocarmos em prática o velho esquema dos idos de Joaquim José da Silva Xavier. A forca. Atrelada a ela, uma mortezinha mais rápida e sutil. Uma banheira cheia de ácido para a imersão de ‘casos considerados ‘irrecuperáveis.  


Em paralelo a essas medidas, necessário que acima de qualquer coisa, deixemos de ser tapados. A imbecilidade galopante está nos deixando fraco das ideias. Daqui a pouco seremos obrigados a pagar pedágios para sairmos de nossas casas. Ou para escaparmos de mais esse imposto, adotarmos um vagabundo (como os que sustentamos em Brasília, no senado, na câmara, nos STJs e outras casas de diversões), dando a ele teto e comida, roupa lavada, e um dinheirinho para o cigarrinho de maconha. 

Por que, senhoras e senhores, raciocinem um instante, pagarmos quatro mil reais por mês para mantermos um preso sem fazer absolutamente nada, a não ser contribuirmos para que esse pilantra tenha todas as regalias, como foder uma mulherzinha nas visitinhas íntimas, ser assistido por um advogado para cuidar de seus interesses, ter ao alcance das mãos um celular para ligar para nossas casas e impor as barbaridades do horror, controlar pontos de drogas e outras cositas do arco da velha? Se alguém respondesse porque isso aqui é Brasil, terra de ninguém, nos daríamos por satisfeitos.

Forca, ou banhos de ácido para pronta imersão desses desgraçados, meus amigos. Com certeza, não sobraria nenhum macho para contar história, fosse da facção, ‘a’, da ‘b’, ou da ‘c’. Essa porra de RESSOCIALIZAÇÃO é o mesmo que alguém buzinar em seus escutadores de novelas, apregoando que um ANJO DA GUARDA acabará com a CORRUPÇÃO e Brasília passará a ser a TERRA PROMETIDA.

Alguém, em sã consciência, acredita que esses Grupos de Elite de Criminosos que comandam as bocas de fumo de dentro dos Complexos Penitenciários ficarão agradecidos e deixarão de cometer novos crimes quando saírem de trás das grades?

‘Forca e banhos de imersão em ácido não resolverão a questão’ -, latirão alguns afoitos tomados pela febre da imbecilidade. ‘Os presos deveriam trabalhar para ganharem seu próprio sustento. A redução da pena ocorreria somente em consequência de dias laborados, sob a condição do comportamento excelente. As ajudas destinadas a eles seriam guindadas às vítimas, jamais aos criminosos’.

Forca, banhos de ácido para imersão já. Imediatamente. Em resistência, almas puras se levantarão. Pessoas da pastoral da purificação de Deus montarão guardas nas portas dos cubículos, oferecendo seus traseiros às visitações libidinosas. A OAB (Onde Amarramos os Burros) se manifestará enviando uma frota (frota?!) de advogados, rábulas, estagiários, juízes, promotores e cantores, sem falar, na turma dos DIREITOS HUMANOS. Brasília não ficaria de fora. Entraria na fuzarca enviando as tropas e as forças nacionais, para ‘ficar’ bem na foto e costurar ‘a depois’ futuros candidatos para cargos fantasmagóricos na visagem antecipada das próximas idas da infindável massa de eleitores às urnas.

Nossa opinião, amadas e amados, continua inalterável. Não se muda nada. Forca, banhos de ácido para imersão desses vagabundos que atormentam o nosso sossego e nos tiram a paz. Fim de papo. Toda essa turma de desocupados, de ladrões que vivem as nossas costas, agarrados as nossas jugulares, como vampiros eternos, que se explodam. 

Melhor que isso. Que esses amaldiçoados confinados nos sem números de complexos penitenciários Brasil de canto a canto, acabem nos braços do Tinhoso tridentados, juntamente com a sua grandiosa, acolhedora e espetaculosa fornalha incandescente.

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Título, Imagens e Texto: Aparecido Raimundo de Souza, jornalista, São Paulo, 18-1-2017

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