terça-feira, 3 de janeiro de 2017

Ainda sobre a abstinência sexual. Devíamos promover a abstinência sexual da agenda política

Rodrigo Moita de Deus

Sexo. Sexo é tema onde ainda existe grande clivagem ideológica entre a esquerda e o social-marialvismo.

No social-marialvismo não queremos saber quem dorme com quem. Na esquerda insiste-se que é preciso formar o povo na variedade da oferta e na sua diversidade. Insiste-se que é preciso instruir esta gente pouco experimentada na multiplicidade das opções. Como se estivéssemos a falar de alimentação saudável. 

No social-marialvismo deixamos o quarto para quem está no quarto. Na esquerda acredita-se na engenharia social e no papel do Estado enquanto grande educador da classe operária. Enquanto regulador de hábitos, promotor da iniciativa privada, da livre concorrência e do acesso ao mercado. Introduz-se o conceito de sexualmente correto espécie de declinação do politicamente correto para este setor. 

No social-marialvismo o quarto é de quem o trabalha. Na esquerda estes assuntos devem ser regulados por um Estado forte. Quem dorme com quem, quando dorme e como dorme passam a ser assuntos passíveis de regulamentação. O quarto é tema parlamentar para ser vivido, discutido e consensualizado na ágora. Em nome desta admirável terraformação as nossas camas viram assunto constitucional numa maravilhosa ménage à trois com o Estado na qual só faltam as inspeções periódicas para garantir que o cidadão passou a gostar de tudo. 
Título, Imagem e Texto: Rodrigo Moita de Deus, 31 da Armada, 3-1-2017

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