"Não saia de casa sem ela: use máscara
por você e por nós" é o lema
Foto: Tânia Rêgo/Agência Brasil |
Alana Gandra
A Associação de Supermercados
do Estado do Rio de Janeiro (Asserj) lançou hoje (28) uma campanha de
conscientização dos consumidores sobre o uso de máscara contra o novo
coronavírus e o cumprimento de decretos municipais que obrigam seu uso no
interior das lojas.
A campanha "Não saia de
casa sem ela: use máscara por você e por nós", tem como objetivo não só
resguardar os consumidores na hora das compras, mas também os profissionais que
trabalham nesse setor essencial.
O material está sendo
disponibilizado para os supermercados associados, e também veiculado nos canais
oficiais da Asserj na internet. Cartazes foram distribuídos para instalação nas
lojas e descansos de tela para os caixas.
"Nosso propósito é
que isso vire um hábito de todas as pessoas, assim como pegar os documentos e a
sacola retornável na hora de sair de casa para ir às compras. Que ninguém
esqueça dos cuidados de higiene e também da máscara quando for ao
supermercado", disse o presidente da Asserj, Fábio Queiróz.
Orientações
A associação orienta os quase
400 grupos supermercadistas associados à entidade que tomem todas as medidas de
higiene determinadas pelos órgãos competentes, para o funcionamento de
mercados, supermercados e hortifrútis durante a pandemia. A associação reforça
também, diariamente com as redes, que não permitam a entrada de pessoas sem
máscaras nas unidades, em cumprimento à lei.
Segundo Queiróz, outras
orientações de proteção e higiene já vinham sendo divulgadas pela Asserj. Entre
elas que apenas uma pessoa da família vá às lojas, que os idosos não façam as
compras, que evitem levar crianças aos supermercados, que tenham álcool em gel
na entrada dos locais, que façam constante higienização dos carrinhos, e que
sejam suspensos os serviços de degustação dentro das unidades.
Outras ações foram
implementadas pelas próprias redes, como a aplicação de barreiras de acrílico
nos caixas e a sinalização no piso com o distanciamento mínimo entre os
clientes na fila.
A Asserj elaborou também uma
cartilha, que é atualizada de forma permanente, com instruções focadas nos
supermercados e consumidores do setor para que intensifiquem as boas práticas
de higiene e evitem aglomerações dentro e fora das unidades. A cartilha pode
ser encontrada no site da
entidade.
Funcionários
Em comunicado divulgado hoje
(28), a Asserj reiterou sua preocupação, no atual cenário de pandemia do novo
coronavírus, não só com os clientes, mas com os funcionários do setor
supermercadista.
“Valorizamos os profissionais
que estão na linha de frente trabalhando diariamente e fazendo o possível para
manter o abastecimento dos cidadãos de forma segura e tranquila. Desde o início
da quarentena, os associados da Asserj vêm adotando todas as medidas de
segurança e higienização necessárias, de acordo com as recomendações dos órgãos
reguladores, para impedir a proliferação do novo coronavírus", disse em
nota.
De acordo com a Asserj, até o
momento, a entidade não foi notificada oficialmente sobre óbitos de
colaboradores pela covid-19 nas redes de supermercados associadas. A aentidade
informou que está negociando, junto aos laboratórios, a realização de testes
para os profissionais do segmento.
Acrescentou ainda que no
período de 11 de março e 11 de abril deste ano, as redes associadas à Asserj
abriram mais de mil vagas nos supermercados fluminenses desde o início do
isolamento social. O setor é um dos poucos que está contratando em meio à pandemia,
ressaltou.
Sindicato
O presidente do Sindicato dos
Comerciários do Rio de Janeiro (SECRJ), Márcio Ayer, disse à Agência
Brasil que a entidade vai criar um comitê de crise da covid-19 para
receber informações e apurar se a morte de mais de 20 trabalhadores de
supermercados, ocorrida neste ano, tem relação com o novo coronavírus ou não.
A ideia, segundo Ayer, é ter
acesso às famílias, para ver se foram realizados testes. “Só temos relatos de
trabalhadores e estamos tentando apurar isso, se foram vítimas do coronavírus.”
O presidente do sindicato
disse não há dados sobre empregados que contraíram a doença “porque as empresas
não passam". "Esse é um tipo de informação que elas preferem estar no
mais absoluto sigilo, para não alarmar os outros trabalhadores e até perder
vendas”, disse.
Márcio Ayer espera receber
informações mais consistentes dos próprios trabalhadores para apurar o caso e
encaminhar ao Ministério Público do Trabalho e à Vigilância Sanitária.
Título e Texto: Alana
Gandra; Edição: Maria Claudia – Agência Brasil, 28-4-2020, 18h00
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