domingo, 14 de novembro de 2010

Uma estátua para Lula, já!

O gibi que conta a vida de Lula, publicado por uma editora de livros didáticos e paradidáticos cujo principal cliente é o Ministério da Educação, pode ser adotado, creio, como material obrigatório pelas escolas públicas. Já que a pasta havia decidido censurar Monteiro Lobato, nada como substituir aquele autor “reacionário” por um Jeca Tatu progressista e de casaca.
Os produtos culturais cantando as glórias do companheiro se multiplicam. Já há o livro (micou), o filme (micou) e o gibi (vai micar também). A marquetagem que cuida da imagem de Lula está cometendo um erro. Essas coisas todas dependem da escolha do consumidor. Não é assim que se faz. Podem consultar Stálin, Hitler ou Kim Jong-Il. É preciso impor a presença do companheiro. Por que não uma estátua de corpo inteiro, em bronze, na Praça dos Três Poderes? Seu busto também poderia ornar cada repartição federal destepaiz. O material didático distribuído pelo governo traria sempre a imagem de Lula na quarta capa — quando eu era criança, uns cadernos de capa verde vinham com o Hino Nacional. Mas isso, como diz o demiurgo, é do tempo em que a gente não tinha “auto-estima”.
É bom correr. O G-20 deixou claro que quase ninguém mais dá bola pra Lula. Todos agora querem saber o que pensa Dilma Rousseff — inclusive ela própria.
Reinaldo Azevedo
Kim Il Sung

O Culto de Personalidade ou Culto à personalidade é uma estratégia de propaganda política baseada na exaltação das virtudes - reais e/ou supostas - do governante, bem como da divulgação positivista de sua figura. Cultos de personalidade são freqüentemente encontrados em ditaduras, embora também existam em democracias. O termo culto à personalidade foi utilizado pela primeira vez por Nikita Khrushchov no "Discurso secreto" para denunciar Josef Stalin, Khrushchov citou uma carta de Karl Marx, que critica o "culto do indivíduo". Um culto da personalidade é semelhante ao apoteose, exceto que ele é criado especificamente para os líderes políticos.
O culto inclui cartazes gigantescos com a imagem do líder, constante bajulação do mesmo por parte de meios de comunicação e muitas vezes perseguição aos dissidentes do mesmo. Além de Stálin, pode-se dizer de outros ditadores, anteriores ao discurso de Khrushchov, como Adolf Hitler, Mao Tsé-Tung e Getúlio Vargas tomaram medidas que levaram ao culto de sua personalidade, assim como Saddam Hussein, Nicolae Ceauşescu, Benito Mussolini, Rafael Trujillo, Kim Il-sung e Kim Jong-il.

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