segunda-feira, 16 de maio de 2011

“Pôta quiús paril!!”

Fernando Bihari

O Ministério da Educação acaba de lançar um “avanço” no ensino do Português nas escolas públicas brasileiras.
Na Literatura existe uma regra que é a de se poder usar expressões populares, criação de termos ou palavras que não se encontram nos dicionários e, até, textualmente, expôr vícios de linguagem sem que isto signifique a aceitação acadêmica de vícios de linguagem popularmente usadas como sendo o uso da língua de maneira certa, esquecendo-se as bases da gramática e do emprego de tais erros como o uso correto do idioma.
Há pouco saído de sua disfunção presidencial, vullgarizou em seus inúmeros discursos e pronunciamentos a esculhambação ampla, geral e irrestrita de nossa língua como um feito, ou efeito, de tornar mais “entendível” suas mensagens, usando o lema de “língua do povo para o povo”.
Agora, o Ministério da Educação está implantando, em sua política de educação, o uso de tais vícios como aceitavéis e até como “corretos” no ensino do Português.
Isto fere, primeiramente, a missão de qualquer orgão educacional, responsável pelo ensino da língua e o aprimoramento cultural de um país.
A maioria do povo brasileiro fala e escreve o nosso idioma de maneira até grotesca e vergonhosa. O fato de um orgão responsável pelo aprimoramento educacional da Sociedade estimular o uso errado da língua aprimora ainda mais a ignorância do povo, já extremamente ignorante e inculto.

Não sei se tal medida foi lançada pelo tal Ministério como uma forma de tornar aceitável a ignorância e deseducação do recém ex-presidente de maneira a torná-lo ainda mais um marco na história recente do país e tornar o idioma lulês e dilmês como o uso do Português oficial no Brasil.
Um país que quer progredir e desenvolver-se precisa que seu povo seja educado e culto, pois só através destas armas, educação e cultura, pode um país desenvolver técnicas, hábitos, discernimento, saber de maneiras para alcançar uma melhor qualidade de vida ao seu povo.
A aceitação pode ser considerado o primeiro passo para a oficialização de uma maneira de ser, e o ensino, sob o aval de tal “disMinistério”, será o lançamento, incontestável, do alastramento, do já infestado, “inculto, deseducado e ignorante mundo brasileiro” o que acarreta a preservação e até a disseminação da histórica corrupção, popularismo demagógico e malversação do erário público que tanto assola e vem a cada dia mais destruindo o trabalho de uma parte laboriosa e produtiva da nação há séculos.
A doutora em sociolinguística Raquel Dettoni concorda que é preciso respeitar o falar popular, que não pode ser discriminado. Mas ela enfatiza que a escola tem um objetivo maior, que é ensinar a língua portuguesa que está nas gramáticas. “Se a escola negligencia em relação a este conhecimento, o aluno terá eternamente uma lacuna quando ele precisar fazer uso disso no seu desempenho social. Nós não podemos desconsiderar que a função social da escola, com relação ao ensino da língua portuguesa, é – em princípio – prioritariamente ensinar os usos de uma norma mais culta”, destacou.
Título e Texto: Fernando Bihari, 16-05-2011
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