Justiça em um país civilizado é outra cousa

Peter Wilm Rosenfeld

O Diretor- Gerente do FMI, uma das pessoas mais importantes do mundo no meio financeiro, acusado de abuso sexual, por uma simples camareira de hotel, foi retirado da primeira classe de um avião com destino à França, apresentado à justiça em seguida que, de imediato, resolveu mandar prendê-lo, apesar de ele, Strauss-Kahn  ter oferecido uma fiança de UM MILHÃO DE DÓLARES.

Dominique Strauss-Kahn deixa o tribunal em Manhattan na quinta-feira, 19 de maio. Foto: AP

No dia seguinte, ou dois dias depois, apresentou-se perante um tribunal que mandou prendê-lo em uma penitenciária, a maior do Estado de Nova Iorque. Mais um ou dois dias voltou ao tribunal que decidiu que ele poderia ficar em prisão domiciliar, com um dispositivo que permite o seu rastreamento, até o julgamento final do caso. E a fiança continua lá, depositada... O caso será julgado em mais algumas semanas, assim que a polícia e o ministério público concluírem a investigação, talvez um mês.

Aqui no Brasil, o grande violentador de clientes, Dr. Roger Abdelmassih, condenado a dezenas de anos de prisão, é posto em liberdade por um membro do STF e, imediatamente, se escafede do País sabe-se lá para onde.

Aqui no Brasil, Ali Babá e os 38 ladrões, que cometeram os seus crimes do “mensalão” há mais de seis anos estão livres e soltos. Ainda não se sabe quando serão julgados.

E os exemplos aqui no Brasil de absoluta FALTA DE JUSTIÇA existem aos milhares, se não milhões.

Como é que o Brasil, por seus dirigentes atuais, passados e futuros, por seus advogados, membros do ministério público, juízes, etc., pensa progredir com o sistema que temos aqui?

Título e Texto: Peter Wilm Rosenfeld

Edição: JP