Alberto de Freitas

O governo “cai” sempre que
mostra fraqueza e se vislumbram sinais dos interesses há muito instalados. E
esses interesses têm sempre uma ligação “umbilical” com os partidos. Em muitos
casos: “irmãos” separados à nascença. E daí que os apelos à insubordinação
civil, por parte da esquerda marxista, não encontrem recetividade por parte da
população. Esses apelos têm motivações e interesses partidários – uma procura
de aproveitamento da crise – e não objetivos para quaisquer soluções.
Pelo exemplo italiano,
falta-nos um “Gaspar” para primeiro-ministro, ou um Passos
“político-despartidarizado”. A situação exige decisões, mais que participações
sinónimo de conflitualidade. E exige política. Política da verdade, dolorosa,
anti-popular, mas com capacidade de refutar a demagogia. E essa capacidade é
“unipessoal”. Daí os ataques ao “Álvaro-elo-mais-fraco” por, de certeza, faltar
aos “almoços”.
E as capelinhas
partidário-clientelares, são abrangentes ao espetro político. Não há inocentes.
A grande luta de oposição (mesmo no interno dos partidos da maioria), não é
para propor caminhos alternativos, mas para manter as posições de influência. O
“combate” pela manutenção das Juntas de Freguesia é a demonstração da “entrega”
partidária à adaptada “máxima” de Antoine Lavoisier: nada se “pode” perder. No
máximo: transformar.
Mesmo a Cavaco não se perdoa
que nos faça “perder” tempo a anunciar o que já sabíamos. Que permita o nascer
de quezílias de interesse exclusivo dos “quezilentos”. Porque a desconfiança
nos políticos é tal, que todos os partidos são necessários, ao estilo:
equilíbrio do terror. E veja-se que mesmo a auto-crítica, tão do agrado dos
marxistas, não é chamada ao terreiro. Porque no fundo, todos estão ligados,
todos têm características e origens semelhantes. Só muda a conversa e, disso,
todos estamos a ficar fartos.
Título e Texto: Alberto de
Freitas, 17-03-2012
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