Indicador do Banco de Portugal aponta que
actividade económica em Portugal permanece em terreno negativo, embora a um
ritmo menos intenso.
Nuno
Carregueiro
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Foto: Bruno Simão/Negócios |
O indicador coincidente mensal do Banco de Portugal, que mede a actividade económica, continuou a recuperar em Abril,
embora permaneça ainda em terreno negativo.
A queda homóloga em Abril foi de 2,2%, o que
compara com a descida de 2,5% verificada em Março. Desde Janeiro desde ano que
o indicador está a registar quedas mais ténues, apontando para uma recessão
menos intensa da economia portuguesa.
Segundo divulgou esta semana o INE, a queda do PIB
português, abrandou no primeiro trimestre para 2,2% em termos homólogos (2,9%
no último trimestre de 2011) e em cadeia a contracção foi de 0,1%.
A confirmarem-se estes dados hoje divulgados pelo
Banco de Portugal, a economia portuguesa terá mantido a trajectória de
recuperação, embora a um ritmo insuficiente para retirar o país de recessão. A
queda homóloga de 2,2% verificada em Abril foi a mais baixa desde Agosto do ano
passado.
Também o indicador para o consumo privado deu
sinais de melhoria em Abril, com a queda homóloga de 5,4% a mostrar uma
desaceleração do ritmo de quebra. Foi a terceira recuperação consecutiva e a
queda menos intensa deste indicador desde Outubro do ano passado.
Vários indicadores publicados pelo Banco de
Portugal sobre o consumo privado, referentes a Março, mostram quedas menos
fortes no volume de negócios no comércio a retalho de bens duradouros, bens
alimentares e bens não alimentares.
Os dados mostram que as famílias portuguesas estão
a cortar menos no consumo, sobretudo de bens correntes. Uma conclusão também
evidente no relatório hoje publicado pelo Instituto Nacional de Estatística.
De acordo com os dados divulgados na Síntese
Económica de Conjuntura do INE, o indicador quantitativo do consumo privado
recuou 2,9% no primeiro trimestre, o que compara com a quebra homóloga de 5%
nos últimos três meses do ano passado.
Este abrandamento na queda do consumo privado
deve-se sobretudo à redução mais ténue no consumo de bens correntes. A descida
foi de 0,2% no primeiro trimestre, contra a queda de 2,1% nos últimos três
meses de 2011. Já no consumo de bens duradouros a quebra também atenuou, embora
persista ainda em números elevados. O indicador do INE para o consumo duradouro
desceu 26,5% no primeiro trimestre, quando nos três meses anteriores tinha
recuado mais de 30%.
Título e Texto: Nuno Carregueiro, Jornal de Negócios
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