sábado, 19 de maio de 2012

Actividade económica em Portugal recupera em Abril pelo quarto mês

Indicador do Banco de Portugal aponta que actividade económica em Portugal permanece em terreno negativo, embora a um ritmo menos intenso.
Nuno  Carregueiro

Foto: Bruno Simão/Negócios
O indicador coincidente mensal do Banco de Portugal, que mede a actividade económica, continuou a recuperar em Abril, embora permaneça ainda em terreno negativo.
A queda homóloga em Abril foi de 2,2%, o que compara com a descida de 2,5% verificada em Março. Desde Janeiro desde ano que o indicador está a registar quedas mais ténues, apontando para uma recessão menos intensa da economia portuguesa.
Segundo divulgou esta semana o INE, a queda do PIB português, abrandou no primeiro trimestre para 2,2% em termos homólogos (2,9% no último trimestre de 2011) e em cadeia a contracção foi de 0,1%.
A confirmarem-se estes dados hoje divulgados pelo Banco de Portugal, a economia portuguesa terá mantido a trajectória de recuperação, embora a um ritmo insuficiente para retirar o país de recessão. A queda homóloga de 2,2% verificada em Abril foi a mais baixa desde Agosto do ano passado.
Também o indicador para o consumo privado deu sinais de melhoria em Abril, com a queda homóloga de 5,4% a mostrar uma desaceleração do ritmo de quebra. Foi a terceira recuperação consecutiva e a queda menos intensa deste indicador desde Outubro do ano passado.
Vários indicadores publicados pelo Banco de Portugal sobre o consumo privado, referentes a Março, mostram quedas menos fortes no volume de negócios no comércio a retalho de bens duradouros, bens alimentares e bens não alimentares.
Os dados mostram que as famílias portuguesas estão a cortar menos no consumo, sobretudo de bens correntes. Uma conclusão também evidente no relatório hoje publicado pelo Instituto Nacional de Estatística.
De acordo com os dados divulgados na Síntese Económica de Conjuntura do INE, o indicador quantitativo do consumo privado recuou 2,9% no primeiro trimestre, o que compara com a quebra homóloga de 5% nos últimos três meses do ano passado.
Este abrandamento na queda do consumo privado deve-se sobretudo à redução mais ténue no consumo de bens correntes. A descida foi de 0,2% no primeiro trimestre, contra a queda de 2,1% nos últimos três meses de 2011. Já no consumo de bens duradouros a quebra também atenuou, embora persista ainda em números elevados. O indicador do INE para o consumo duradouro desceu 26,5% no primeiro trimestre, quando nos três meses anteriores tinha recuado mais de 30%.
Título e Texto: Nuno Carregueiro, Jornal de Negócios

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