Peter Rosenfeld
Penso já ser de conhecimento
geral que a Sra. Dilma Rousseff foi casada, com um cidadão chamado Carlos
Araújo, ex-deputado estadual, que também foi preso durante o período que é
chamado de ditadura (1964/1985).
Citado senhor está aposentado,
vive aqui em Porto Alegre, em uma boa casa em um bairro nobre, e é visitado
pela ex-esposa sempre que esta vem ao RS.
Semana passada, quando da
instalação da Comissão da Verdade (!), deu uma entrevista ao maior jornal
gaúcho. É uma gracinha!
Gracinha porque, para esses
ex-terroristas, tudo o que eles fizeram (roubos, assassinatos, torturas) era
perfeitamente justificável.
Quando eram presos e sofriam,
de parte dos órgãos de segurança do governo, os mesmos atos que cometiam quando
soltos, aí era “tortura, violência, maus tratos, condições desumanas”, e todo o
repertório que já ouvimos muitas vezes.
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Capitão Lamarca "ensinando"... |
O Sr. Araújo era integrante do
grupo liderado pelo desertor ex-capitão Carlos Lamarca (este sim, e mais que
muitos outros, desonrou e traiu o juramento que fez ao terminar seu curso militar!),
o que já diz muito de suas intenções e de suas atividades clandestinas.
Lembremo-nos todos que as
ações iniciadas em 31 de março de 1964 o foram para impedir que aqui se
instalasse um governo virtualmente subordinado à comunista União Soviética.
O modelo a ser implantado aqui
seria uma cópia do que havia sido instalado em Cuba e em tantos outros países
mundo afora; e a sociedade brasileira não queria saber disso.
Por isso não houve vítimas nos
primeiros dias após o 31 de março de 1964.
Muitos dos que apoiavam o
regime anárquico que se vivia no Brasil se exilaram no exterior, a começar pelo
Presidente da República.
A propósito da fuga do Sr.
João Goulart, tive uma experiência que penso ser interessante relatar agora.Dilma
O deposto Presidente deixou
Brasília e, ao chegar a Porto Alegre tarde da noite de 31/03 para 01/04, se
“hospedou” na casa em que residia o general comandante do 3º exército, fiel ao
ex-Presidente.
Por volta do ½ dia de 01/04, o
Sr. Goulart escondeu-se em um veículo e, no trajeto para a base militar, passou
em frente da casa de um amigo para onde minha família e eu tínhamos ido;
estávamos na calçada, logo, presenciamos a fuga!
Voltando à matéria sobre o Sr.
Araújo. Ao longo de toda a entrevista, que ocupou mais de meia página do
tabloide, ele apenas se referiu ao que ele e alguns comparsas seus “sofreram”.
Mas não dá um mínimo de valor
às torturas que ele e seus comparsas (ou “companheiros”, eufemismo muito
prezado pelos comunistas), infligiram a pessoas absolutamente inocentes, como
os diplomatas estrangeiros, os que morreram na explosão de uma bomba no
aeroporto de Recife, e tantos outros.
Esses “revolucionários”
esqueceram, creio que propositadamente, uma simples lei da física: “cada ação
provoca uma reação igual em sentido contrário”.
Julgavam-se (e pelo que o Sr.
Araújo diz, ainda se julgam) absolutamente inocentes, que nada de mal fizeram!
Outra passagem interessante da
matéria publicada é quando o Sr. Araújo declara ter chegado à conclusão que, em
determinado momento, a única coisa digna que poderia fazer era a de se
suicidar, jogando-se sob um veículo em uma rua movimentada de São Paulo!
Surge a pergunta: será que
suicídio é um ato de dignidade ou de covardia?
Sob as circunstâncias, opto
pela segunda alternativa.
Digna é a pessoa que pratica
um ato e assume a responsabilidade pelo mesmo (e como há gente que faz
exatamente o contrário: sempre tenta passar a responsabilidade para outrem,
esse sim inocente!).
Lendo e relendo a entrevista,
confesso que não senti a menor pena do Sr. Araújo. Ele apenas colheu o que
plantou.
Ele e outros tantos! A maioria
desses “revolucionários” vai muito bem, obrigado. A propósito, o genial Millôr
Fernandes, há pouco falecido, ao tomar conhecimento das absurdas indenizações
que estavam sendo pagas a essa gente, disse que eles não tinham feito uma
revolução, mas sim, um “investimento”.
Título e Texto: Peter Wilm
Rosenfeld, Porto Alegre (RS), 23 de maio de 2012
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