Otacílio Guimarães
Futuras guerras haverão de
acontecer, pois faz parte da natureza humana guerrear. Não sei se será assim como
descrito neste seu anexo.
Como um estudioso das guerras,
principalmente da 2ª guerra mundial, onde tive três tios participantes,
considero a guerra uma estupidez e um desperdício. De dinheiro, de vidas, de
tempo e de inteligência. A guerra é a maior expressão do desamor do ser humano
por si mesmo.
Entretanto, é na guerra que se
revelam, por incrível que pareça, as melhores qualidades dos seres humanos.
Penso às vezes que fomos feitos para guerrear e sem guerras não seríamos o que
somos. Pode ser uma guerrinha doméstica entre marido, mulher, e filhos, mas sem
guerra não conseguimos melhorar.
Você já parou para pensar
nisso?
Veja, foi a 2ª guerra mundial
que transformou o mundo e os alemães e japoneses, principalmente, em povos
pacíficos e bem melhores do que eram.
Imagine o que estes dois povos
provocaram de desgraças durante a 2ª guerra mundial até serem vencidos pelo
colosso norte americano.
É claro que o colosso aprendeu
e não dorme em serviço. E sabe que é odiado por boa parte do mundo. O orçamento
de defesa dos Estados Unidos é maior do que o orçamento de dois terços dos
países do planeta. Isto é defesa própria, porque o instinto de sobrevivência
fala mais alto.
Nenhum país pode sobreviver
com dignidade sem ter poder econômico e militar. Quem pensa assim vai
sobrevivendo com os lulopedilmas da vida até que um dia cairá na realidade da
ruína econômica e moral.
No passado, idiotas como
Hitler tentaram desafiar a inteligência dessas potências. Veja no que deu.
Portanto, é ilusório supor que povos atrasados, sem cultura, sem tecnologia,
possam um dia suplantar o poder da mente.
Acontece que as mentes mais
poderosas não estão em lugares subdesenvolvidos como o Brasil.
Eu hoje moro num país quase do
tamanho do Brasil, mas que tem uma população menor que a de São Paulo. Enquanto
o Brasil sucateia e desmoraliza suas forças armadas, aqui nós cuidamos para que
elas estejam bem preparadas para o que der e vier. Veja o site
da Real Força Aérea Australiana, onde minha filha adotiva vai servir, e você
terá uma ideia do que é a realidade de um país que pensa em seu futuro.
A guerra não é boa, mas quem é
responsável se prepara para ela.
Grande abraço,
Otacílio Guimarães, Austrália
Palavras de sabedoria, Otacílio.
Para você ver, os primeiros portugueses a chegar
ao Brasil aqui desembarcaram em 1500, ao passo que a primeira aproximação europeia
registrada da Austrália só ocorreu em inícios de 1606 com o holandês Willem
Janzoon que avistou a Península do Cabo York e acabou desembarcando em 26 de
fevereiro no rio Pennefather na costa oeste do Cabo York, perto do que é hoje a
cidade de Weipa. O navegador holandês traçou todo o litoral ocidental daquilo
que ele chamou de "Nova Holanda", durante o século XVII, mas seu país
não levou adiante qualquer tentativa de colonização das terras descobertas. Já
o britânico James Cook, em 1770, navegou ao longo da costa oriental da
ilha-continente e mapeou todo o litoral, chamando as terras descobertas de Nova
Gales do Sul reivindicando-a imediatamente para o Reino Unido.
O Brasil é, portanto, 270 anos mais velho que a
Austrália e, no entanto, apesar da diferença do tamanho da população (somos já
quase 200 milhões de almas), temos ainda um IDH ruim, somos tecnologicamente
mais atrasados, uma saúde pública muito aquém da australiana, uma escolaridade
péssima e com alto grau de doutrinação marxista, e ainda por cima uma das
maiores cargas tributárias do planeta.
Já a Austrália é o segundo país com o maior IDH do
mundo e deveria ser membro permanente do Conselho de Segurança da ONU, embora a
Inglaterra o seja como sede da British Commonwealth, o que dá no mesmo.
Não há a menor dúvida de que a qualidade do
cidadão australiano é muito melhor do que a do cidadão brasileiro. Esta é a
nossa luta aqui em Pindorama: criar uma cidadania melhor, que tenha pelo menos
o segundo grau completo da escolaridade brasileira e com isso promover uma
qualificação muito melhor dos candidatos a cargos eletivos e de confiança.
Provavelmente não verei o dia em que isso possa
vir a ocorrer no Brasil, caso ocorra. Mas o grande esforço é divulgar tal
ideologia. O brasileiro é historicamente um conservador e um empreendedor e há
terreno fértil para que a noção de meritocracia democrática e de capitalismo de
mercado privado ganhe corpo na consciência nacional. Na verdade isso já existe
porém de forma caótica, sem método e sem estrutura com a esquerda se esforçando
para destruir essa formação.
Francisco Vianna, Brasil
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