Francisco Vianna
De tanto se indignar, ao que
parece, o brasileiro vem perdendo essa capacidade. Na verdade, a indignação
parece apenas ser um apanágio de uma reduzida elite de intelectuais misturados
a pessoas que a manifestam de forma profissional porque querem recuperar
privilégios políticos perdidos.
O que parece fora de dúvida é
o fato de que temos sido um povo de conformados, de acomodados, de
desinteressados pelos rumos que uma minoria militante tenta imprimir ao país,
rumos esses tão sinistros quão possam ser, e que, certamente, nos remeterão a
dias sombrios como os já vividos pela estupidez de quem, no mundo, já
experimentou qualquer tipo de socialismo existente.
Temos sido apenas espectadores
da atividade de uma escória organizada que tomou conta do Brasil através do
voto incauto e irresponsável de uma ainda vasta parcela do eleitorado que PE
mal politizada, ignorante e mal-educada e colocou o estado a trabalhar em
proveito próprio.
Os líderes das duas últimas
décadas ou sucederam a si próprios no poder ou, simplesmente, criaram clones
para fazê-lo. Atualmente, o conluio PT-PMDB e sua “base alugada”, com um PSDB
apenas fingindo se opor, se apropriaram do estado brasileiro e o puseram a seu
serviço em todas as frentes. E, enquanto essa extirpe de político, proveniente
da escória do clientelismo e da decadência política em adiantado estado de
putrefação, rouba e explora o cidadão, este, com a alegria fútil dos imbecis,
grita “gol!”.
Estamos substituindo a
capacidade de nos indignarmos e de possivelmente reagirmos civicamente a esta
república de fancarias, por outra espécie de habilidade, canhestra,
autodestrutiva e alienante, de fazer glosa e piadas com a nossa própria
desdita.
Aí surgem as tiradas, muitas a
primeira vista cômicas, mas que, no fundo denotam uma espécie de desistência
moral em termos uma nação melhor, mais civilizada, e desenvolvida. Diz-se, por
exemplo, que “os políticos são como as fraldas e devem ser trocados com
frequência e pelos mesmos motivos”! Mas, os políticos não elegem a si próprios,
somos nós que os colocamos onde estão com o nosso voto.
A atividade política é, por
definição, uma das principais atividades do cidadão numa democracia, onde, quer
com sua bolsa ou com sua presença e atuação, deve manter e aperfeiçoar o país
em que vive, como nos bem ensinava Thomas Jefferson. Se isso não ocorre no
Brasil atual – e possivelmente nunca ocorreu na história da república – o fato
se deve a pouca clarividência da débil e despreparada cidadania brasileira.
Vivemos hoje uma escoriocracia, ao invés de uma meritocracia, pelo simples fato
de termos ainda uma imensa maioria do eleitorado brasileiro mal politizado e
pouco informado sobre como levar este país a ser uma das maiores potências do
mundo, como é consenso mundial atual, menos aqui, em nosso país. O mundo olha o
nosso país com admiração enquanto nós mesmos o vemos com escárnio e desprezo.
Somos vítimas de sucessivos
governos de viés socialista, que, como é característico de tal ideologia,
tratam as pessoas como se fossem crianças ou débeis mentais e, de certo modo
parecem ter razão, pois os socialistas constituem hoje grande parte da nossa
classe política, com raras exceções.
Na onda negativista e
autodestrutiva, vemos frases que surgem a título de pilhéria, tais como, “este
maço de cigarros adverte: o governo faz mal à saúde”, ou ainda, “não roube; o
governo detesta concorrência”, ou ainda, “errar é humano, mas insistir no erro
e defendê-lo é política”.
Ora, isso é indigno e não
deveria ser assim... Usando uma dessas frases, digo que “o maior castigo para
quem não se interessa pela política é que será sempre governado pelos que se
interessam” e que “o pior não é o grito dos maus, mas o silêncio dos bons”.
Certamente, se as autoridades
sanitárias fossem fiscalizar o Congresso Nacional, teriam que decretar o seu
fechamento a bem da saúde pública, pois forçosamente constatariam que todos os
seus membros estão comendo no mesmo tacho... E comendo muito!
Há quem diga, por exemplo,
jocosamente, que “os políticos eleitos e os ocupantes de cargos de confiança do
governo são profundamente católicos, pois não assinam nada sem levar consigo um
terço”... Mas não há graça nenhuma nisso, ao contrário, só desgraça.
Os gramscistas, destarte,
seguem sua linha de desmoralizar a democracia a partir de dentro, seja pela
subversão de nossos valores morais e civilizacionais, seja cooptando o
Judiciário e o Congresso à vontade do Executivo, gerando corrupção rampante
garantida por uma impunidade que lhe é proporcional, causando assim o seu
desmonte institucional no médio e no longo prazo, até que se sintam seguros em
instaurar seu trágico modelo socialista que nunca deu certo em lugar nenhum do
mundo.
De fato, tal implosão
silenciosa do sistema democrático não se faz sem dinheiro. E o dinheiro não
parece faltar, pois o modelo político do Brasil drena para o politiburo de
Brasília mais de 70 por cento de toda a arrecadação tributária e de
contribuições outras sem que um mínimo decente retorne em benefício do contribuinte.
Com tanto dinheiro acumulado nas mãos de poucas pessoas – em detrimento dos
estados e dos municípios – a coisa não poderia resultar diferente do que é.
Há erro de pessoas, mas,
principalmente, de modelo político, numa economia que não vai lá muito bem das
pernas tampouco e com a inflação a bater-lhe novamente com vigor às portas.
Devemos experimentar outro
modelo? A maioria das pessoas acha que sim, mas essa maioria não tem muita
noção de como deveria ser o novo modelo a substituir o atual e isso favorece
ainda mais os socialistas. Eles sabem bem o que querem...
O brasileiro parece rejeitar
as experiências europeias e vê com uma ponta de admiração o que ocorreu com
países como os EUA, a Austrália, o Canadá, a Nova Zelândia, a Coréia do Sul, e
outros países que, com a mesma idade do nosso ou até bem mais novos,
transformaram-se em ilhas de excelência e países altamente desenvolvidos.
Qual então o modelo capaz de
reverter a situação trágica em que nos encontramos sob o ponto de vista
político administrativo? Para terem uma resposta nova e ousada a essa questão
crucial, recomendo que leiam o conteúdo dos websites abaixo:
O nosso país tem o nome de
REPÚBLICA “FEDERALISTA” DO BRASIL, mas esse nome é mais um embuste, uma
enganação que nos é empurrada goela abaixo, diuturnamente. Lendo o conteúdo das
páginas da Internet acima, o leitor verá que o verdadeiro federalismo não tem
nada a ver com o modelo político praticado no Brasil atualmente.
Não precisamos que o país
mude de nome, mas que apenas faça com que o nome que ostenta seja autêntico e
que o modelo de federalismo que venha a praticar seja legítimo e verdadeiro.
Título e Texto: Francisco Vianna, 28-05-2012
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Na verdade, o nome oficial do Brasil é "REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL", mas isso é apenas um detalhe que não chega a comprometer, penso eu como autor, o meu artigo. Acho mesmo que o adjetivo "federativo" tem uma fonia que nos remete mais a coisas mal cheirosas, como são os escândalos quase diários em Brasília, nessa república de fancarias e de futebol, do que o adjetivo que erroneamente usei (federalista).
ResponderExcluirAssim posto, considero nem tanto oportuna essa retificação, mas em nome da retidão aqui vai.
Francisco Vianna