quarta-feira, 23 de maio de 2012

Dessa água não beberei...

José Carlos Bolognese
O conselho que se dá é sempre o oposto:
Nunca diga “dessa água não beberei, pois pode acabar bebendo”, e se a água não estiver cristalina como a verdade, tanto pior.
Nunca antes desse outono de 2012 se passou tanto a imagem de turbilhões de águas sujas, nada potáveis, se querendo mesmo inimputáveis pelos “malfeitos” que se quer fazer passar logo por baixo das pontes da nossa ingenuidade.
Até mesmo a ciência dos rios parece estar sendo virada de cabeça pra baixo.
Por exemplo: Em geografia, designa-se por delta a foz de um rio formada por vários canais ou braços do leito do rio. Esse tipo de foz é comum em rios de planícies, devido à pequena declividade e, consequentemente, pequena capacidade de descarga de água, o que favorece o acúmulo de areia e aluviões na foz do rio.
Já as cachoeiras e cataratas...  As quedas de água (ou quedas-d'água), cachoeiras, cascatas, ou cataratas são formações geomorfológicas nas quais os cursos de água correm por cima de uma rocha de composição resistente à erosão, formando uma súbita quebra na vertical.
Pororoca, macaréu ou mupororoca é a forma como são denominados os macaréus que ocorrem na Amazônia. Trata-se de um fenômeno natural produzido pelo encontro das correntes fluviais com as águas oceânicas.
Chocando o mundo com sua criatividade, o Brasil que já fez a histórica transposição de um grande rio (no papel, tudo bem, mas aqui é assim mesmo – vale o escrito, não o feito) os brasileiros, bem, um certo grupo de brasileiros muito empreendedores, fez um rio... de... janeiro, situado em área montanhosa, ter um a... delta com o acréscimo de uma... humm... cachoeira. Contrariando a lógica dos rios, misturando delta com cachoeira, conseguiu-se o acúmulo de aluviõe$$$ e aluviõe$$$ de recursos pra ir gastar na beira de um rio mais charmoso na França onde só vai quem tem muito dinheiro ou ganhou na Mega… Senna.
Nem mesmo essa Pororoca  – esse rio de janeiro deságua no mar, lembram? – tira o sorriso das faces desses bravos.
Quando se fala em:
Macaréu de corrupção,
Eles respondem na lata
Vocês sofrem da visão,
´Tão todos com catarata
É tanta acusação,
Mas não passa de “cascata!”
P.S. O mestre deles nem falaria em cascata. Pra elle era tudo “marolinha."
Título e Texto: José Carlos Bolognese

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