
A autoconfiança de Mário Soares surgiu depois do
resultado das eleições francesas. Mas nem o PS português, que na falta de
ideias originais assumiu com gosto e zelo o papel de cheerleader de François Hollande, consegue acompanhar esta deriva
irresponsável que levaria o País definitivamente à bancarrota. Afinal, como se
percebe sem dificuldade, a diferença entre Hollande e Passos Coelho é a que
separa Portugal da França – ou seja, é a que separa um país dispensável de uma
potência indispensável.
Mário Soares, julgando-se infalível, profetizou o
fim do memorando da troika de forma unilateral – a opinião daqueles que nos
emprestaram dinheiro para sobreviver não o preocupa especialmente. Para ele, a
situação é muito fácil de resolver: “Não há dinheiro? Há sempre, desde que haja
vontade política para o arranjar.” Eis o programa perfeito: dinheiro “há sempre”.
Ficamos todos mais descansados.
Título e Texto:
Editorial “Sábado”, nº 419, de 10 a 16 de maio de 2012
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