Nicolas Sarkozy, ex-presidente da França,
candidato à reeleição, teve 48,1% dos votos. François Hollande teve 51,8%.
A abstenção foi de 19,66%. Significa que nove
milhões de pessoas não puseram os pés nas urnas (num total de 46 milhões de
eleitores inscritos.
Ou seja, de 1.000 pessoas, 200 ficaram em casa.
Das 800 que foram exercer o Dever e Direito 48 votaram em Sarkozy, 52 votaram
em Hollande.
Claro que numa eleição vence quem tem mais votos,
mesmo que um só a mais. Está certo.
Agora, neste caso, eleições presidenciais
francesas, vamos ver uns detalhes:
Sarkozy estava presidente = desgaste natural do
cargo.
Hollande = o “novo” ou a “mudança”, tanto faz.
Penso que não foi essa dicotomia que ditou a
vontade dos eleitores. Foi, isso sim, uma impressionante junção de forças,
desejos e intenções CONTRA Sarkozy. Claro que algumas contrariedades deviam ser
justas, honestas. Outras, certamente que não. (Não desvalorizo, para o
resultado, as palavras de Monsieur Hollande, que nada querem dizer, “croissance” e “développement”, mas soam bem).
Então, votaram em Hollande os socialistas, os
comunistas, os centristas, os anticapitalistas, os frentistas (da Marine), os bayrouistas, os extremistas, os
esquerdistas, os direitistas, além, é óbvio, dos antisarkozistas.
Também votaram em Hollande (contra Sarkozy) os verdes, os azuis, os imigrantes (legais e
ilegais), estrangeiros, argelinos, marroquinos, tunisinos…
Pois bem, apesar dessa unanimidade (e contra),
Sarkozy teve 48,1%. A França dividida, nitidamente. E como “ninguém” votou em
Nicolas deduzo que ele, sozinho, quase ganhava da “unanimidade”. Ou o partido
dele, UMP, é uma força e tanto!
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