sábado, 19 de maio de 2012

A vitória de Sarkozy


Nicolas Sarkozy, ex-presidente da França, candidato à reeleição, teve 48,1% dos votos. François Hollande teve 51,8%.
A abstenção foi de 19,66%. Significa que nove milhões de pessoas não puseram os pés nas urnas (num total de 46 milhões de eleitores inscritos.
Ou seja, de 1.000 pessoas, 200 ficaram em casa. Das 800 que foram exercer o Dever e Direito 48 votaram em Sarkozy, 52 votaram em Hollande.
Claro que numa eleição vence quem tem mais votos, mesmo que um só a mais. Está certo.
Agora, neste caso, eleições presidenciais francesas, vamos ver uns detalhes:
Sarkozy estava presidente = desgaste natural do cargo.
Hollande = o “novo” ou a “mudança”, tanto faz.
Penso que não foi essa dicotomia que ditou a vontade dos eleitores. Foi, isso sim, uma impressionante junção de forças, desejos e intenções CONTRA Sarkozy. Claro que algumas contrariedades deviam ser justas, honestas. Outras, certamente que não. (Não desvalorizo, para o resultado, as palavras de Monsieur Hollande, que nada querem dizer,  croissance” e “développement”, mas soam bem).
Então, votaram em Hollande os socialistas, os comunistas, os centristas, os anticapitalistas, os frentistas (da Marine), os bayrouistas, os extremistas, os esquerdistas, os direitistas, além, é óbvio, dos antisarkozistas.
Também votaram em Hollande (contra Sarkozy)  os verdes, os azuis, os imigrantes (legais e ilegais), estrangeiros, argelinos, marroquinos, tunisinos…
Pois bem, apesar dessa unanimidade (e contra), Sarkozy teve 48,1%. A França dividida, nitidamente. E como “ninguém” votou em Nicolas deduzo que ele, sozinho, quase ganhava da “unanimidade”. Ou o partido dele, UMP, é uma força e tanto!
 

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