Depois de o defender no Japão,
Passos Coelho traz a mesma ideia para Portugal: não há nada que impeça Portugal
de "ser uma das economias mais competitivas, quer na Europa, quer no
mundo", diz.
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Foto: Steven Governo/Lusa
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Agência Lusa
O primeiro-ministro manifestou
esta terça-feira ambição de tornar a economia portuguesa numa das mais
competitivas do mundo, apontando os recursos humanos, a segurança e o clima
como vantagens de Portugal e relativizando a importância dos recursos naturais.
Pedro Passos Coelho já tinha
defendido na semana passada, em visita ao Japão, que Portugal podia vir a ser
“uma das nações mais competitivas do mundo”, e hoje retomou esta ideia, no encerramento
de uma conferência sobre o programa de fundos comunitários Portugal 2020, em
Oeiras.
“Nós temos uma grande ambição,
trabalhámos muito para a concretizar: É que Portugal, para além de ter um dos
melhores serviços nacionais de saúde do mundo e de ter um nível de Estado
social que nos coloca seguramente entre as nações mais desenvolvidas do mundo,
possa também ser uma das economias mais competitivas, quer na Europa, quer no
mundo”, afirmou o chefe do executivo PSD/CDS-PP, sustentando que “não há nada
que impeça isso”.
Passos Coelho referiu que
“várias nações, ao longo do século XX” passaram “de situações de quase
subdesenvolvimento a economias das mais desenvolvidas do mundo”, em termos de
crescimento económico e de produto ‘per capita’, e alegou que “não foi por
terem recursos naturais importantes para explorar do ponto de vista primário”.
Sem dar exemplos, acrescentou
que também houve “nações que no começo do século XX pareciam ser muito
cosmopolitas, desenvolvidas” e que depois “empobreceram, se endividaram e
tiveram muita dificuldade em sair dessa situação”.
Ressalvando que “há muitas
restrições e muitas condições” que não podem ser alteradas, o primeiro-ministro
salientou a importância das escolhas de cada um.
“As nossas escolhas
representam uma parte significativa daquilo que conseguimos fazer, sobretudo
quando temos um horizonte temporal mais alargado. Depende muito de Portugal
querer ser uma nação verdadeiramente desenvolvida e aberta ao mundo”, reforçou.
O primeiro-ministro apontou os
“bons recursos humanos”, as “condições climáticas” e “a segurança que a
sociedade evidencia” e também o “grau de abertura de mentalidade à diferença”
como fatores favoráveis ao desenvolvimento do país.
Em seguida, invocou o olhar
dos estrangeiros que escolheram viver em Portugal: “Essas pessoas quando olham
para Portugal são as primeiras testemunhas do país extraordinário que somos,
mas também são muitas vezes as primeiras a dizer que, com um pouco mais de
ambição, de disciplina, de método nós poderíamos chegar muito mais longe. E eu
tenho a certeza de que nós podemos chegar muito mais longe”.
Quanto às “restrições” do
país, disse que são “grandes” e “não vale a pena fugir delas”, mencionando o
“peso da dívida pública” e o “peso da dívida privada”, mas recusou seguir o
caminho renegociação ou incumprimento recomendado por “alguns vencidos da vida”.
“Sabemos, portanto, que
partimos de condições adversas, mas temos muitas coisas a nosso favor. Algumas
já indiquei, outra é a nossa firme vontade de não compactuar com nenhum
espírito mesquinho, protetor, provinciano, no pior sentido que estas conotações
adquiriram culturalmente”, considerou.
Passos Coelho alegou que a
escolha é entre ter “incómodos e prosperidade” ou “facilidades e atraso”,
acrescentando: “O que temos à nossa frente é ser ambiciosos, ter a ambição
suficiente para não desperdiçar as oportunidades que temos, apesar de algumas
restrições importantes que ainda sentimos”.
“A minha convicção é que nós
somos capazes nestes próximos sete anos [de aplicação do programa de fundos
comunitários 2014-2020] de consolidar esta mudança estrutural da nossa economia
que vem tendo lugar, e de trazer os portugueses de um modo geral para um nível
de competição, de bem-estar e de coesão superior àquele que tivemos a
possibilidade de construir”, concluiu.
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