Luisa Castel-Branco
O governo apresentou as suas
propostas eleitorais ou é como quem diz, aquilo que se propõem fazer nos
próximos anos caso continue a ser governo. E contrariando todos os comentadores,
jornalistas e os partidos da oposição não existem medidas eleitoralistas nesta
lista.
Bem pelo contrário. O PSD e o
CDS podem muito bem perder as eleições por muitas razões e o facto de agora
apresentarem, preto no branco, o que podem os portugueses esperar para os
próximos anos pode muito bem ser uma delas.
Já o PS já vem fazendo
promessas, mesmo sem programa, pelo menos prometido para hoje, promessas de
aumentos em tudo e mais alguma coisa, em retirar cortes e tudo aquilo que fomos
obrigados a fazer por causa exactamente do PS, do seu então primeiro-ministro
José Sócrates e de António Costa que era ministro e que se saiba nunca
questionou o chefe.
Então devemos acreditar que o governo
não quer ser mais governo? Que o PS finalmente encontrou uma varinha de condão
para resolver os nossos problemas sem termos que pagar pelos desvarios que
fizeram?
Não, a verdade é outra. Assim
como o Syriza desapareceu da boca e dos corações da esquerda portuguesa, tão
grande foi a alhada em que meteu a Grécia, da mesma forma o PS está a tentar
tirar um coelho da cartola.
O problema é que a vitória do
PS significa que todos os sacrifícios que fizemos, e bem pesados foram, vão
para ao lixo. A verdade é que vamos voltar ao tempo da pura demagogia e aí sim, promessas não vão faltar.
Mas como diz o povo, quando a
esmola é grande…
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