terça-feira, 21 de abril de 2015

Promessas eleitorais (ou a falta delas)

Luisa Castel-Branco
O governo apresentou as suas propostas eleitorais ou é como quem diz, aquilo que se propõem fazer nos próximos anos caso continue a ser governo. E contrariando todos os comentadores, jornalistas e os partidos da oposição não existem medidas eleitoralistas nesta lista.

Bem pelo contrário. O PSD e o CDS podem muito bem perder as eleições por muitas razões e o facto de agora apresentarem, preto no branco, o que podem os portugueses esperar para os próximos anos pode muito bem ser uma delas.

Já o PS já vem fazendo promessas, mesmo sem programa, pelo menos prometido para hoje, promessas de aumentos em tudo e mais alguma coisa, em retirar cortes e tudo aquilo que fomos obrigados a fazer por causa exactamente do PS, do seu então primeiro-ministro José Sócrates e de António Costa que era ministro e que se saiba nunca questionou o chefe.

Então devemos acreditar que o governo não quer ser mais governo? Que o PS finalmente encontrou uma varinha de condão para resolver os nossos problemas sem termos que pagar pelos desvarios que fizeram?

Não, a verdade é outra. Assim como o Syriza desapareceu da boca e dos corações da esquerda portuguesa, tão grande foi a alhada em que meteu a Grécia, da mesma forma o PS está a tentar tirar um coelho da cartola.

O problema é que a vitória do PS significa que todos os sacrifícios que fizemos, e bem pesados foram, vão para ao lixo. A verdade é que vamos voltar ao tempo da pura demagogia e aí sim, promessas não vão faltar.

Mas como diz o povo, quando a esmola é grande…
Título e Texto: Luisa Castel-Branco, Destak, 21-4-2015

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