José Manuel
Passado:
Túneis, metrô, bondes (VLT),
intervenções e revitalizações de praças e áreas degradadas, são deveres e
prioridades dos governantes, portanto, não podem ser considerados como legados
de um evento mundial, se formos analisar com honestidade. São apenas obrigações
de qualquer governante realizá-las para o desenvolvimento de uma grande cidade,
e a todo o momento.
Os últimos túneis inaugurados
aqui no Rio, foram os da Linha Amarela em 1997 portanto há dezenove anos.
O complemento por metrô da
zona sul do Rio com a Barra já deveria estar pronto há, no mínimo, vinte anos,
visto a alta densidade populacional da zona oeste atualmente e os enormes
engarrafamentos há décadas.
Os bondes foram retirados de
circulação em 1966 depois de ter o Rio, a maior malha de trilhos do mundo, com
400 Km de extensão.
Portanto, o atual, com nome
pomposo VLT já nasce defasado até no nome, pois o certo é Metrô de Superfície,
pela sua estreiteza estrutural e limitada com a pequena rede em operação, mais parecendo
uma obra Disney para turistas.
Em Portugal, por exemplo, esse
meio de transporte tem quase o dobro de largura, com evidente comodidade aos
usuários e grande volume de passageiros transportados.
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15 de julho de 1999, foto: Lhoon |
A revitalização de áreas
degradadas como a praça Mauá e a Rodrigues Alves teria que ter sido uma
preocupação constante e chegam atrasados meio século, pois aquela área foi e
continua sendo a entrada da cidade aos navios de passageiros antes e de turismo
agora, há décadas.
O sistema BRT (bus rapid
transit) foi lançado há quarenta anos em Curitiba e portanto o Rio está atrasado
quatro décadas nessa modalidade com o consequente caos nos transportes que
infernizam a vida dos cariocas diariamente.
Grandes cidades são dinâmicas
e quando se fazem as obras que foram feitas somente por causa de uma olimpíada,
isso tem cheiro de oportunismo, com intenções obscuras e ao mesmo tempo claras.
O que será que os nossos governantes têm feito nos últimos quarenta anos?
Os deveres estão aqui bem
claros.
Futuro:
Dois hospitais com tecnologia
de ponta e com 300 leitos cada, foram inaugurados, um na zona oeste e outro na
zona norte da cidade. Eles vêm complementar e facilitar o trânsito de pacientes
e emergências na cidade do Rio de Janeiro, atendendo inclusive possíveis
emergências durante a olimpíada sem necessidade de que se retirem pacientes já
instalados.
A despoluição da baía de
Guanabara foi realizada com sucesso, após dez anos de trabalhos ininterruptos,
com o retorno da fauna marinha e a retirada de embarcações à deriva evitando
assim derramamento de combustíveis e outros materiais pesados.
Os mangues, no entorno da baía,
foram totalmente reconstituídos em sua flora e fauna, não existindo mais uma
sequer ligação clandestina de esgoto, e o lixo que infestava a nossa baía
desapareceu completamente de suas águas, voltando, por exemplo, a ilha de
Paquetá a ser o paraíso e trajeto turístico imperdível do Rio.
As raias para a competição
olímpica estão livres de lixo e coliformes fecais, trazendo beleza e segurança
às competições.
Há trinta anos vêm sendo
feitas intervenções nas favelas cariocas, nos moldes do que foi feito com
enorme sucesso em Cingapura e hoje a cidade está livre dos cortiços e antros de
marginais.
Essas comunidades foram
priorizadas com projetos de segurança, educação, cidadania, objetivando a
colocação de seus habitantes no mercado de trabalho, sendo modelos para todo
mundo de como reverter situações de miserabilidade e criminalidade antes
existentes. De tão bem sucedidas essas medidas serão mostradas aos turistas e
atletas que nos visitarem nesta olimpíada.
Por sua vez, a cultura e o
paisagismo em áreas degradadas também foram priorizadas, como por exemplo o
complexo da Quinta da Boa Vista, o seu palácio, museu Nacional, o zoológico e
suas áreas de recreação com seu lago maravilhoso.
Todos os prédios da época do
Império como o paço imperial na praça XV foram revitalizados e até a belíssima
estátua equestre de D.João VI, ofertada por Portugal e que estava relegada a um
canto da praça, foi recolocada no centro da área, mostrando o esplendor de uma
época, assim como o também monumento equestre, obra de arte, do General Osório
e que teve todos os seus bronzes feitos com os canhões da guerra do Paraguai,
roubados em décadas de abandono.
Também as igrejas, como a
Candelária [foto] por exemplo e que são monumentos extraordinários de arquitetura do
Rio antigo foram todas revitalizadas.
Hoje não temos mais no Rio de
Janeiro a criminalidade absurda de épocas de abandono, as crianças e
adolescentes não são vistas nas ruas, pois estão nos colégios e a cidade está
pronta cultural e intelectualmente para receber os milhares de pessoas que
virão para a nossa olimpíada.
Tem sido um trabalho por parte
dos governantes, árduo, honesto e com o foco de melhorar a vida dos cidadãos,
trazendo à tona todo o verniz da cidade conhecida mundialmente como maravilhosa.
Este é o grande legado que
tanto a copa mundial de futebol em 2014 como a olimpíada agora em 2016 traz
para a cidade e seus habitantes.
Título e Texto: José Manuel, um olhar crítico do certo
e do errado. Rio de Janeiro, 3-8-2016
O Rio sempre foi majestoso em suas belezas.
ResponderExcluirO gigante adormecido com eu costumava chamar quando criança.
A única coisa que sempre me irritou no Rio foi a semelhança que a cidade tem com cidades interioranas brasileiras em geral.
O Rio é em sua estrutura funcional tal e qual IVOTI, Vacaria ou Bom Jesus e outras tanta cidades brasileiras.
Apenas uma entrada e uma saída.
Uma rua que liga a cidade ao resto do Brasil.
Melhorou quando fizeram a ponte Rio-Niterói, mas o problema era chegar até a ponte ou sair dela. Nada contra Ivoti e seus moradores, a cidade é uma belezura, mas começava onde terminava na BR 116.
Sou do tempo do "beco da fome" onde você comia um bife de alcatra maior que o prato num alá-minuta muito barato.
Caminhávamos do Bar Veloso, hoje "Garota de Ipanema", nem sei se ainda existe, até o Fiorentina no Leme, bebendo nossos chopinhos no caminho , entre os inúmeros bares da orla,.
Eu gostava do Cabral 1500, alem é claro do ensopado de frutos do mar do Fiorentina.
Tinha o Le Bateau na Sezerdelo Correia, e o emaranhado do "Beco das Garrafas.
Morei em Copacabana 10 anos no famoso Edifício Master, na Domingos ferreira 125, apto 1223, aliás o último do último andar.
Era um prédio de negros, brancos, gays, contraventores que tinha um único problema.
Você não podia gritar meu bem atira a chave, porque cairiam 276 em sua cabeça.
Não havia mendigos, nem prostitutas, o máximo era ver lindas mulheres no entra e sai da boite "Barbarella" do hotel que a Varig ficava, cujo nome não me vem agora, enquanto escrevo.
Espero que com essas obras tenha ficado digno de ser a eterna capital do Brasil, o grande gigante adormecido, que deita eternamente nas areias da orla carioca.
Peço ao Jim que publique a foto desse Link ou outra que achar melhor.
Eis o gigante que dorme:
https://www.google.com.br/url?sa=i&rct=j&q=&esrc=s&source=images&cd=&cad=rja&uact=8&ved=0ahUKEwis0Nj7zafOAhURmJAKHaoJCHIQjRwIBw&url=http%3A%2F%2Fthoth3126.com.br%2Fbrasil-o-gigante-desperta%2F&psig=AFQjCNEFoN6o1FmR7Tyc-d_eddaaJxFQHg&ust=1470394874992430
Será este o link?
ResponderExcluirhttp://thoth3126.com.br/wp-content/uploads/2014/11/gigante-desperta-praiadoleme.jpg
(Copie e cole na barra de enedereços do seu navegador – IE, Firefox, Chrome...
exato
ExcluirPedrinho Aguinaga, o fino que satisfaz
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