domingo, 5 de novembro de 2017

Tática do medo usada pela Revista Veja tem objetivo claro: tentar eleger Huck

mrk

A política muitas vezes parece ser imprevisível, mas no fundo em grande parte do tempo vemos os padrões se repetindo.

A Revista Veja diz já em sua nova capa que Luis Inácio Lula da Silva e Jair Bolsonaro são “os candidatos que assustam”.

Veja abaixo:


Mas o problema de cara já aparece com o fato de que Lula já foi presidente do Brasil por oito anos e teve uma sucessora governando por mais cinco anos e meio. Ou seja, os motivos para temer Lula são claros. Ele tentou transformar o Brasil numa Venezuela.

Quanto a Jair Bolsonaro, se há incertezas em relação ao seu possível governo – que pode ser menos pró-mercado do que a direita espera – isto ainda é uma incógnita.

O que vemos, então, é a tradicional equivalência moral: alguém que pertence à extrema-esquerda, com Lula, é tratado no mesmo patamar que um candidato de centro-direita como Jair Bolsonaro, que possui tanto pautas claramente direitistas como algumas capitulações à esquerda (a questão do discurso contraditório sobre as estatais é um exemplo). Recentemente, Bolsonaro disse que tinha muitas coisas em comum com Ciro Gomes.

Fica claro que a Revista Veja tem um alto nível de tolerância à extrema-esquerda, mas nenhum nível de tolerância a qualquer opção de direita. Compreende-se: como muitos dos meios da mainstream media, eles sempre gostaram muito dos anúncios vindos de estatais.

Para a Revista Veja, o ideal é um candidato da esquerda caviar, que também representará grupos de extrema-esquerda na política identitária, mas seria menos estatizante do que faria um governo do PT. No nível de cinismo e fingimento em que se encontra a mídia atual, vão tentar vender esse candidato como “de centro”.

O nome é Luciano Huck, adorado por toda a elite de artistas milionários de extrema-esquerda da Rede Globo, representante de oligarquias que desejam destruir a concorrência a partir da regulação e que terá em sua base de campanha muita gente da Rede e do PSOL, além de movimentos que utilizarão a narrativa do “nem, nem”, ou seja, fingindo não serem “nem de direita e nem de esquerda”, mas atendendo aos anseios do estatismo e do politicamente correto, tão caros aos últimos.

Ou seja, a Revista Veja cria fantasias sobre o candidato de direita Jair Bolsonaro para disfarçar seu candidato esquerdista Luciano Huck como “centrista”.

Ainda estamos em tempo de desmascarar o truque.

Em tempo: o ideal, para a direita, é que o “Macron brasileiro” fosse João Doria, mas ele está fragilizado pelo alto nível de oportunismo da direita e do centro no Brasil. Isso inclui principalmente a turma do PSDB (que prefere brigar internamente do que construir alternativas viáveis de poder), sua própria campanha como também atitudes vindas de setores da direita, que vem buscando o isolamento por meses. No centro e na direita, todos estão pisando feio na bola por excesso de oportunismo. Mas isso não exonera a Veja de sua picaretagem. 
Título, Imagem e Texto: mrk, Ceticismo Político, 3-11-2017

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