O catolicismo é o “depósito da fé”, ou o conjunto de
crenças da Igreja católica, que a tradição cristã erigiu desde os primórdios do
cristianismo, mormente baseado na Bíblia.
Através de um líder – o Papa – são impostas as diretrizes
pela preservação desse “depósito da fé”. Por isso, ao longo da História da
Igreja Católica houve inúmeros Concílios em que os bispos, convocados pelo
papa, discutiam os rumos a ser tomados para que os crentes tivessem clareza nas
questões de fé.
Neste aspecto, em muitos Concílios aconteciam verdadeiros
embates em que se discutia, por exemplo, heresias e outras questões contrárias
à doutrina católica – oriundas tanto do interior da Igreja como também de
“outsiders” - que teriam que ser combatidas e rechaçadas para não distorcer os
ditames da ortodoxia do catolicismo.
Um dos mais importantes concílios foi o Vaticano II. Foi
aí que os prelados reunidos chegaram à conclusão de que a Igreja católica
deveria modernizar-se e ser mais maternal para abrigar a todos sob o manto de
Cristo e não só aqueles “cristianamente corretos”.
Portanto, o Papa Francisco apoia-se nesse concílio para que
a Igreja seja mais liberal e abra-se mais aos anseios dos fiéis que se sentem
marginalizados e alijados da Igreja pela sua rigidez doutrinária: divorciados,
homossexuais, proibição de padres casados, etc....
Embora o Vaticano II tivesse conseguido introduzir
grandes mudanças para uma vivência cristã mais condizente à ordem social
vigente, há ainda muita resistência por parte de influentes prelados que
resistem aos acenos do liberalismo do Vaticano II e preferem permanecer no
radicalismo tradicional. Temem eles, por acaso, que a Igreja irá desaparecer?
Não seria seu radicalismo que fará minguar o catolicismo, mais e mais fieis
abandonando a nave da Igreja?
O Papa Francisco, portanto, está se tornando uma figura
polêmica como líder máximo da Igreja; um papa, no mínimo, antirradical, ou,
talvez, mesmo antidogmático que quer fazer valer as diretrizes do concílio
Vaticano II. Nesse sentido ele se esforça em desarmar este grupo retrógrado e
engessante que ainda se insurge a que a Igreja realmente seja católica, isto é,
universal, servindo a todos que procuram seus préstimos e proteção. É aguardar
e ver no que vai dar: se uma Igreja renovada ou se uma Igreja retrógrada ainda
apegada à tradição original sem se adaptar à modernidade, propiciando uma
migração de seus fiéis para as religiões pentecostais...
(Vem aí um livro, talvez, bastante provocador “Mudar a
Igreja: Papa Francisco e o futuro do Catolicismo” de Ross Douthat)
Título e Texto: Valdemar
Habitzreuter, 14-5-2018
Colunas anteriores:
Apenas para colaborar a "igreja católica , não é totalmente subordinada ao Papa! Católica é um termo genérico que denomicam igrejas Cristãs de varias partes do mundo , Apenas a igreja católica de Roma é subordinada ao Papa.
ResponderExcluirPaizote
JOÃO PAULO II foi único e será eterno, tanto que foi canonizado. Era extremamente culto e com uma visão de inigualável. O Papa Francisco é da esquerda, e aí sabe como é...
ExcluirCompreendo e respeito o seu post, porém o que realmente preocupa são as borboletas que voam na Câmara, Senado, STF e na Presidência. Estas decepam cruelmente as cabeças da população. AMÉM!
ResponderExcluirEx,; de igrejas católicas; Bizantina ,Ortodoxa bizantina e, ortodoxas orientais , assíria ,anglicana ,Brasileira , a chinesa etc...
ResponderExcluirA igreja católica foi criado de cultos cristãos , e pretendia ser universal. Portanto católica!
Mais tarde cada uma delas gerou "filhotes" ,e hoje é o caos que conhecemos!
Não há nada de errado com as religiões. O erro está nas pessoas ou como enxergam. Um conselho: tire a poeira dos seus olhos e seja muito, mas muito mais FELIZ...
ExcluirO autor é católico apostólico romano?
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