No período foram gerados 480 mil postos de
trabalho formais, diz IBGE
Vitor Abdala
Depois de 16 trimestres
(quatro anos) seguidos de queda, o emprego no setor privado com carteira de
trabalho assinada voltou a crescer. Segundo dados da Pesquisa Nacional por
Amostra de Domicílios – Contínua (Pnad-C), o indicador cresceu 1,5% no
trimestre encerrado em abril deste ano, na comparação com o mesmo período do
ano passado.
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Foto: Marcello Casal/Agência Brasil |
“O aumento reflete o início de
um quadro favorável. É a primeira vez que a categoria carteira de trabalho
respira desde o início da crise em 2014”, disse o pesquisador do IBGE Cimar
Azeredo.
Azeredo explica que a alta foi
puxada pelos setores de educação e saúde, de trabalhadores de baixo nível
educacional da mineração, da construção, do transporte e dos profissionais
liberais.
Apesar da alta dos empregos
com carteira de trabalho assinada, houve também uma alta nos empregos
informais, isto é, aqueles sem carteira. A alta foi 3,4%, ou seja, 368 mil
pessoas a mais do que no trimestre encerrado em abril do ano passado. No total,
11,2 milhões de pessoas estavam nessa situação no trimestre encerrado em abril
deste ano.
Apesar das altas na comparação
com abril do ano passado, os dois tipos de trabalho (formal e informal)
mostraram estabilidade em relação ao trimestre encerrado em janeiro deste ano.
O rendimento médio real
habitual do trabalhador ficou em R$ 2.295, ficou estável tanto em relação ao
trimestre encerrado em janeiro deste ano quanto na comparação com abril do ano
passado. A massa de rendimento real habitual chegou a R$ 206,8 bilhões, estável
em relação a janeiro, mas 2,8% superior a abril do ano passado.
Subutilização
A população fora da força de
trabalho (65 milhões de pessoas) permaneceu estável em ambas as comparações
temporais. A população subutilizada, isto é, aquelas pessoas que estão
desempregados, que trabalham menos do que poderiam, que não procuraram emprego
mas estavam disponíveis para trabalhar ou que procuraram emprego mas não
estavam disponíveis para a vaga, é recorde para a série histórica (iniciada em
2012).
De acordo com o IBGE, a
população subutilizada chegou a 28,4 milhões de pessoas no trimestre encerrado
em abril deste ano, 3,9% a mais do que no trimestre encerrado em janeiro deste
ano e 3,7% a mais do que em abril do ano passado.
A taxa de subutilização ficou
em 24,9%, superior aos 24,2% de janeiro e aos 24,5% de abril do ano passado. O
número de pessoas desalentadas, isto é, aquelas que desistiram de procurar
emprego, chegou a 4,9 milhões, 4,3% a mais do que em janeiro e 4,2% a mais do
que em abril de 2018.
Título e Texto: Vitor Abdala; Edição: Valéria Aguiar – Agência Brasil, 31-5-2019
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