Yara Aquino
O presidente da República em
exercício, Hamilton Mourão [foto], classificou hoje (26) de crime a divulgação de
conversas atribuídas a autoridades públicas pelo site de notícias
The Intercept Brasil.
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Foto: Valter Campanato/Agência Brasil |
“O que estamos vendo é um ato
criminoso sendo divulgado sequencialmente sem que a imensa maioria da população
entenda se aquelas frases estão dentro de um contexto, se aqueles dados são
realmente reais, quer dizer, não foram periciados”, completou.
O The Intercept Brasil tem
publicado conversas atribuídas ao atual ministro da Justiça e Segurança
Pública, Sergio Moro, quando atuava como juiz federal responsável por julgar a
Lava Jato em Curitiba, e procuradores, a quem cabe acusar os suspeitos de
integrar o esquema de corrupção.
Previdência
O presidente em exercício
disse esperar que o relatório da reforma da Previdência seja votado na comissão
especial que trata do assunto, na Câmara dos Deputados, na próxima semana e
siga imediatamente para o plenário da Casa.
Mourão considera que a proposta
inicial do governo atacava de frente um problema que não pode mais ser varrido
para debaixo do tapete “sob pena de a federação se tornar inviável, o Brasil
ficar praticamente quebrado.”
Ele observou que a discussão
está travada em torno da inclusão ou não de estados e municípios na reforma da
Previdência. “Essa passa a ser mais uma discussão política que técnica em torno
da necessidade. O que vejo é que governadores e prefeitos gostariam que o
Congresso carimbasse isso e os liberasse dessa decisão”, disse.
Depois da votação do relatório
na comissão especial, o texto será apreciado no plenário da Câmara. Se
aprovada, a proposta segue para análise dos senadores.
Decreto de armas
Sobre a flexibilização da
compra e posse de armas, Mourão disse que é um “tema polêmico”, mas “caro ao
nosso governo”. “Fez parte da nossa campanha, faz parte do ideário do
presidente Bolsonaro”, disse.
Questionado sobre se o
presidente Jair Bolsonaro deveria ter conduzido a questão de forma diferente e
ter enviado ao Congresso Nacional um projeto de lei e não decreto, Mourão
respondeu que o presidente buscou a solução que considerava a mais correta.
“Concordo com a forma como o presidente procedeu”, disse.
Brasileiro preso na Espanha
O presidente em exercício
comentou a prisão, na Espanha, de um militar brasileiro da Aeronáutica que
transportava droga em avião da Força Aérea Brasileira (FAB). Mourão disse
que o militar agora deve ter punição "pesada'.
“As Forças Armadas não estão
imunes a esse flagelo da droga. Não é primeira vez que acontece, seja na
Marinha, no Exército, na Força Aérea. Agora, a legislação vai cumprir seu
papel, ele vai ser julgado por tráfico internacional de drogas e vai ter uma
punição bem pesada.”
Ele ressaltou que é importante
investigar as conexões que esse militar teria no exterior: “Agora o mais
importante é ver as conexões que ele poderia ter. Uma atitude dessa natureza
não brotou da cabeça dele. Com certeza existem conexões nisso aí.”
Ontem (25), o presidente
Bolsonaro disse ter determinado colaboração do Brasil com a polícia
espanhola para investigação do caso.
Título e Texto: Yara Aquino;
Edição: Denise Griesinger – Agência Brasil, 26-6-2019, 14h11
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