Sara Oliveira
A Justiça brasileira proibiu a reprodução e
comercialização da música "Million Years Ago", da cantora britânica
Adele, devido às semelhanças com a música "Mulheres", da autoria de
Toninho Geraes e tornada um sucesso na voz de Martinho da Vila. Artista pode
ainda recorrer da decisão
Cerca de dez meses depois,
Adele perdeu o processo judicial movido pelo cantor e compositor brasileiro
Toninho Geraes, que a acusou de plágio. Em causa, semelhanças entre “Million
Years Ago”, que a artista britânica editou em 2015, e a música “Mulheres”, que
compositor lançou vinte anos antes, e alcançou o sucesso na voz do sambista
Martinho da Vila.
Segundo a sentença do Tribunal
de Justiça do Estado do Rio de Janeiro, destacam-se evidências de “quase
integral consonância melódica” entre as duas músicas. Assim, a Justiça
brasileira determinou que as plataformas de streaming suspendam o tema de Adele,
fixando uma multa no valor de 50 mil reais (cerca de 7 710 euros), caso a
cantora continue a tirar proveito comercial de “Million Years Ago”, após ser
notificada.
O juiz Victor Agustin Cunha, da 6ª Vara Empresarial da Capital, determinou que a canção só poderá ser reproduzida com autorização do autor, até porque Toninho Geraes reclama ainda direitos de autor, com juros. A proibição de comercialização de “Million Years Ago” inclui “qualquer modalidade, meio, suporte físico, digital, streaming ou plataforma de partilha”.
Foi em fevereiro deste ano que
o processo deu entrada no tribunal, com o compositor natural de Minas Gerais a
reclamar uma indemnização de um milhão de reais (mais de 154 mil euros) não só
a Adele, como também ao produtor Greg Kurstin e às três editoras responsáveis,
entre elas a Universal e a Sony. Os visados ainda não reagiram, mas podem
recorrer da decisão.
Título e Texto: Sara Oliveira, Jornal de Notícias, 17-12-2024, 12h34
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