Paulo Hasse Paixão
Donald Trump vai se reunir com Vladimir Putin, na próxima sexta-feira, 15 de agosto, no
Alasca
Mas para a imprensa
corporativa, a hipótese, mesmo que remota, de um acordo de paz, é uma
possibilidade medonha. Repare em algumas das manchetes que têm surgido nos
últimos dias.
“Trump corre o risco de
parecer mais fraco do que Putin no Alasca — e no palco mundial.”
Mediaite
“Trump está a deixar Putin
manipulá-lo, outra vez”
The Washington Post
“Trump está iludido se acha
que o seu encontro com Putin é motivo de celebração”
The Telegraph
Na CNN, a cimeira já é um
fiasco antes de acontecer.
Listen to these Trump Deranged psychopaths on CNN who are already calling the peace meeting in Alaska a failure a week before it happens.
— Vince Langman (@LangmanVince) August 10, 2025
I don't know how Scott Jennings keeps his cool! pic.twitter.com/I12Lecmf2o
Qualquer líder responsável
adoptaria a abordagem de Trump, que até já devia ter tido esta iniciativa mais
cedo. Porque é que o presidente americano não pode falar com o seu homólogo
russo? Joe Biden tentou a estratégia oposta, que correu super bem, não correu?
Em vez de se dar ao trabalho de tentar envolver o Kremlin e pôr fim ao
derramamento de sangue na Europa de Leste, a anterior administração optou por
rejeitar Moscovo e usar a guerra para promover a sua histérica, estéril e
perigosa agenda anti-Putin. Nunca comunicaram com os russos. Nenhuma reunião,
nenhum telefonema, nenhuma conversa de bastidores. Isto levou a milhões de
mortos e ao fortalecimento da aliança Rússia-China, mas a Casa Branca não quis
saber. Tudo o que importava era gabar-se e dar-nos sermões sobre como isso
provava a sua aparente superioridade moral.
E mesmo Trump tem dado sinais
equívocos, ora admoestando Zelensky, ora insultando Putin;. ora garantindo mais
dinheiro e armas para a Ucrânia (como se fosse sensato que um autoproclamado
mediador da paz armasse um dos lados da contenda), ora suspendendo esse
fornecimento. Está mais que na hora de uma nova abordagem.
Mais uma vez, não sabemos o
que resultará desta cimeira. Talvez não resulte nada (é o mais certo). Mas não
é esse o ponto. Quer se seja pró-Rússia, pró-Ucrânia ou nem uma coisa nem
outra, uma análise honesta da situação mostra que vale a pena tentar a diplomacia.
Deveria ter sido a primeira jogada de Washington depois de decidir que
precisava de se envolver no conflito desde o início. Poderia ter salvado
milhões de vidas. Esperamos que os eventos desta semana corrijam este erro.
Título, Imagem e Texto: Paulo
Hasse Paixão, ContraCultura,13-8-2025
Ukraine’s Romanian-Moldovan Flank Might Soon Be Used By NATO Against Russia
It’s Surreal That “Slava Ukraini” Was Just Shouted In The Sejm
What’s The Most Realistic Scenario In Which The West Might Replace Zelensky?
Ukraine : Zelensky au bord de l’explosion ?
Ucrânia: Protestos contra o regime Zelensky após repressão da dissidência e interdição de agências independentes anticorrupção
Analyzing The Ambiguity Over The American-NATO Arms Arrangement For Ukraine
Trump’s “Major Statement” On Russia Is A Clumsy Attempt To Thread The Needle
Le jusqu’auboutisme de Zelensky mène l’Ukraine à sa perte
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