quarta-feira, 27 de março de 2019

[Atualidade em xeque] Lamentável!

José Manuel

Foi realizada, conforme chamamento público durante mais de trinta dias, a 32ª AGO (trigésima segunda Assembleia Geral Ordinária) da APRUS, hoje, 27 de março de 2019, com início às 14h, para a aprovação das contas da associação referentes ao exercício de 2018.

Aprovadas as contas, passamos ao segundo item da pauta de hoje que estava reservado ao conhecimento/discussão da minuta de acordo, que levaríamos ao conhecimento de todos, principalmente dos chamados "ativos", o que se passa atualmente entre o Aerus e os órgãos competentes, atuação da APRUS como intermediadora e a própria minuta do acordo para discussão.

Apesar de ter sido anunciada há mais de trinta dias, como já foi dito, intermitentemente em redes sociais, e-mails e avisos pelo correio, a segunda parte da pauta não pôde ser discutida, apenas comentada, porque havia no auditório, pago pela APRUS com ar-condicionado e data show, com todo o conforto, apenas dezenove pessoas interessadas.


O mais lamentável é que a tarde foi pensada em levar aos "ativos" um fio de esperança em momentos futuros, mas, ao que tudo indica, não estão interessados, em que pese terem sido devidamente informados em todos as mídias disponíveis.

Dois ministros de Estado do Brasil, cujo presidente é o antidemocrata, jacobino e anti-imprensa (como eu)...

foram ao Senado Federal responder a questionamentos e a perguntas (mesmo as idiotas e demagógicas) de senadores

Inacreditável!

Dá trabalho, é verdade! Abaixo, os vídeos das participações dos ministros, Sérgio Moro e Paulo Guedes. O primeiro, é ministro da Justiça e Segurança Pública; o segundo, ministro da Economia.

Se você, generoso leitor, se interessa pela Política (com P maiúsculo) e dispensa intermediários, ‘especialistas’ e ‘comentaristas’ para se informar (e formar), sugiro a visualização dos vídeos. E depois, se tempo e disposição tiver, compare com os títulos da "imprensa".

Senadores da Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) debatem com o ministro da Justiça e Segurança, Sérgio Moro, o pacote anticrime apresentado ao Congresso em fevereiro deste ano.


TV Senado, 27-3-2019

Senadores da Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) recebem o ministro da Economia, Paulo Guedes, para debater, em audiência pública, o endividamento dos estados e repasses da Lei Kandir.

“Ministro, vou dizer para o senhor, olha que nós, políticos, temos a obrigação de tentar convencer, mas você superou todos aqui.”, disse o senador Omar Aziz, do PSD/AM.


TV Senado, 27-3-2019

Uma tal de TV 247, presumo que seja do manjado blogue Brasil 247, publicou um excerto da longa sessão da CAE, um vídeozinho de um minuto e vinte e nove segundos, (ANTES DO FINAL  DO DEBATE) com o título: “Paulo Guedes leva pito dos senadores”. (!?)

O fim do "toma lá, dá cá"? (+ Se o senador petista é contra, então é bom para o Brasil)


Título e Vídeo: MBL - Movimento Brasil Livre, 27-3-2019

Presidente do Senado discutirá com líderes votação da PEC do Orçamento Impositivo

O presidente do Senado, Davi Alcolumbre, vai negociar com os líderes partidários a votação da proposta que obriga o governo federal a pagar as emendas de bancada, que custeiam obras nos estados e nos municípios (PEC 2/2015). O senador Major Olimpio (PSL-SP) vai aguardar um posicionamento do governo sobre a aprovação repentina da proposta. 

Já o senador Humberto Costa (PT-PE) avalia que o Orçamento ficará engessado. Ouça a reportagem de Hérica Christian, da Rádio Senado.
Agência Senado Notícias, 27-3-2019, 14h20

Relacionados:

Alexandre Garcia: Projeto anticrime reeditado e Maia sem histeria


Título e Vídeo: Brasil Agora - Política, 27 de março de 2019

Eliziane Gama propõe que pacote anticrime comece a tramitar pelo Senado
"O Senado iniciaria o debate, e a Câmara o papel revisor", enfatizou a senadora Eliziane Gama. Ela destacou que regimentalmente essa proposta é possível e pode otimizar o processo legislativo.


Relacionado:

[A Verdade Política] 50 anos de corrupção


A compra do NAel Minas Gerais no governo de Juscelino Kubitschek

Vanderlei dos Santos Rocha



Brasil já vai a guerra, comprou um porta-aviões
Um viva pra Inglaterra de oitenta e dois bilhões
Mas que ladrões

Comenta o zé povinho
Governo varonil
Coitado coitadinho
Do banco do brasil
Haha, quase faliu

Enquanto uns idiotas
Aplaudem a medida
E o povo sem comida
Escuta as tais lorotas
Dos patriotas

A classe proletária
Na certa comeria
Com a verba gasta diária
Em tal quinquilharia
Sem serventia

Porém há uma peninha
De quem é o porta avião
É meu diz a marinha
É meu diz a aviação
Ahhhh! Revolução!

Brasil, terra adorada
Comprou um porta aviões
Oitenta e dois bilhões
Brasil, oh pátria amada
Que palhaçada

(A música de Juca Chaves denunciava a corrupção do governo.)


A UDN feito o PSDB de hoje NA ÉPOCA SOMENTE DENUNCIAVA, MAS GALHARDAMENTE PARTICIPAVA DAS FALCATRUAS, NADA DIFERENTE DO QUE ACONTECE HOJE.

A falta de pagamento da contribuição da União e a sonegação por parte dos empregadores do setor privado (por exemplo, estima-se que em 1956 as contribuições não-recolhidas aos IAPs foram da ordem de Cr$ 10 bilhões ou R$ 1,173 bilhão de junho de 1998) foram fatores determinantes na frustração das previsões atuariais para o funcionamento equilibrado do sistema de previdência social. Até 1944, a taxa de contribuição em vigor no IAP dos industriários (IAPI, principal instituto de aposentadorias e pensões) era de 3% sobre o salário. A partir de 1945, passou a 5%, chegando a 6%, em 1950 e a 8% em 1959.

Nem mesmo coautores do Green New Deal votaram a seu favor: Ocasio-Cortez sai ridicularizada

Rodrigo Constantino

Eis um fato que venho expondo faz tempo: a esquerda vive da estética, da narrativa, não de resultados concretos. Eis outro fato que mostro com frequência aqui: a esquerda americana está cada vez mais radical. Juntando as duas coisas, temos o Green New Deal, uma proposta ridícula, patética, infantil e autoritária, apresentada pela “fresh face” Alexandria Ocasio-Cortez [foto]. Fosse apenas o devaneio de uma jovem de 29 anos que até ontem era atendente de bar, tudo bem.


Mas eis o problema: o projeto teve vários coautores, praticamente todos os pré-candidatos democratas apoiaram o troço publicamente, e a mídia tratou a proposta como uma visão ambiciosa da democrata sonhadora, um ato de ousadia para despertar mentes e corações – mais corações do que mente – para o risco do apocalipse se nada for feito contra o aquecimento global. Em suma, resolveram – democratas e imprensa – levar a palhaçada a sério.

E como reação, os republicanos deram o troco da forma mais inteligente possível: também levando a sério a coisa! Como a Câmara agora tem maioria democrata, coube ao senador Mitch McConnell apresentar o projeto para votação no Senado, de maioria republicana.

Era uma troça com os democratas, uma forma de expor o ridículo do projeto, endossado em discurso por quase todos os “progressistas”. A atitude gerou revolta: como assim votar o projeto?! Não era para acontecer isso! Era só para “iniciar um debate”. Era só para enganar trouxas, para a mídia enaltecer a ousadia da jovem democrata!

Mas os republicanos foram mais espertos e levaram o Green New Deal para votação. Resultado: nenhum voto a favor! Isso mesmo: zero! Mais de 40 senadores democratas se recusaram a apoiar na prática o troço, e isso inclui Bernie Sanders e Kamala Harris, que defenderam publicamente o projeto de Ocasio-Cortez. É claro que a moça ficou chateada, e é óbvio que os republicanos tiraram sarro da situação. É política, ora bolas!

Prova de vida: Resolução cria nova opção para segurados idosos e com dificuldades de locomoção

Segurados devem realizar o procedimento nas agências bancárias a cada 12 meses.


resolução 677/2019 do INSS, publicada hoje (26 de março), estabelece mais uma alternativa para que o idoso faça a fé de vida, sem excluir a possibilidade de que esse procedimento seja feito pela rede bancária. Com a nova resolução, os segurados do INSS com idade igual ou superior a 60 anos poderão, a partir de agora, agendar para serem atendidos em uma das agências do órgão. Já os segurados acima de 80 anos e beneficiários com dificuldades de locomoção podem agendar para que um servidor do INSS vá a residência ou outro local em que estiverem, para que seja realizado o procedimento. O agendamento pode ser feito pela Central de Atendimento 135 e pelo Meu INSS ou outros canais a serem disponibilizados pelo Instituto.

No caso de pessoas com dificuldade de locomoção, o agendamento da visita de um servidor para o procedimento deve ser feito perante apresentação de atestado médico ou declaração emitida pelo hospital em uma das agências, com agendamento prévio (telefone 135 ou site).

Vale destacar, porém, que o procedimento para os demais segurados continua sem alterações, e deve ser feito através da rede bancária, dentro do período de 12 meses. Os bancos fazem os comunicados da necessidade de realizar o procedimento anual por meio de mensagens informativas, disponibilizadas nos terminais eletrônicos de autoatendimento e sites na internet. A prova de vida tem como principal objetivo dar mais segurança ao cidadão e ao Estado brasileiro, pois evita pagamentos indevidos de benefícios e fraudes.

Quando devo fazer a prova de vida?
A rotina é cumprida anualmente pela rede bancária, que determina a data da forma mais adequada à sua gestão: existem bancos que utilizam a data do aniversário do beneficiário, outros utilizam a data de aniversário do benefício, assim como há os que convocam o beneficiário na competência que antecede o vencimento da prova de vida.

Religiões

Nelson Teixeira

Dentro de cada um de nós existe algo de fundamental e grandioso. Quer você possua uma religião ou não, certas ações e atitudes têm muito a ver com seu caráter. Mesmo porque a religião não irá salvar ninguém, mas aquilo que viermos a pensar ou fazer, pode nos ajudar ou comprometer.

Nunca imagine que esta ou aquela religião dará a você o passaporte para ser recebido na eternidade.

O que na verdade importa é o que fizemos e o que deixamos de fazer para o nosso próximo.

“Não faça aos outros aquilo que não gostaria que os outros fizessem a você” é, com certeza, a melhor das religiões.
Título e Texto: Nelson Teixeira, Gotas de Paz, 27-3-2019

Charada (795)

Uma árvore tem
dez galhos.
Cada galho tem
dois ninhos.
Cada ninho tem
três ovos.
Quantos serão
os passarinhos?

terça-feira, 26 de março de 2019

Jornalismo, isto??



[Varig/Aerus] Parecer completo sobre destino da DT, ainda não modificado até à presente data

Paizote Marques, ex-funcionário da Varig, nos privilegia com o Parecer da PREVIC sobre o destino da DT (Defasagem Tarifária).

Em tempos conturbados de Acordo Sim/Acordo Não, Vai pra lá/Vem pra cá, é um valiosíssimo documento cuja leitura integral permitirá ao leitor compreender melhor alguns ‘senões’ e ‘empurrões’ e, portanto, tirar a SUA própria conclusão.

Boa leitura!

Quadro: Gustavo Rosa

ADVOCACIA GERAL DA UNIÃO
PROCURADORIA-GERAL FEDERAL
PROCURADORIA FEDERAL JUNTO À PREVIC – BRASÍLIA (DF)

PARECER Nº 3/2018/PF-PREVIC/PGF/AGU
SEI No 44011.006838/2017-18
Processo SEI no: 44011.006838/2017-18
Interessado: Coordenação Geral de Regimes Especiais, Instituto AERUS de Seguridade Social Em
Liquidação Extrajudicial
Assunto: Pedido de assessoramento jurídico acerca da atuação processual de EFPC em processo de liquidação extrajudicial no tocante a ação ordinária movida por patrocinadora em face da União.

RELATÓRIO:
1. Trata-se de encaminhamento da Diretoria de Fiscalização, de correspondência da EFPC - Instituto Aerus de Seguridade Social, que se encontra sob regime especial de liquidação Extrajudicial
(Carta LIQ 043/17, de 21 de agosto de 2017, protocolada no SEI sob o no 44011.006838/2017-18, em 25 de agosto de 2017), em que solicita à Procuradoria Federal junto à Previc resposta ao
questionamento jurídico se o Aerus - EFPC deve “promover, em nome próprio, execução judicial da sentença condenatória proferida nos autos da Ação Ordinária movida pela Massa Falida de S/A Viação Aérea Rio Grandense (antes denominada Varig S/A – Viação Aérea Rio Grandense) contra a União Federal”.

2. Vale registrar que sobre o assunto o liquidante solicitou a elaboração de pareceres por três bancas de advogados, ligadas diretas ou indiretamente à ação, cujas cópias foram anexadas à sua correspondência:
Parecer do Escritório Tavares Paes;
Parecer do Escritório Leonardo e Lobo Advogados; e
Parecer do Escritório Chazale, Castro & Gomes Advogados Associados

3. Tem-se que nos três opinativos acima referidos não se chegou a um consenso quanto à via processual que melhor contemple os interesses da EFPC e, como consequência, o legítimo interesse dos participantes e assistidos da entidade liquidanda. Daí o motivo da consulta a nós
dirigida.

4. A Coordenação de Representação Judicial desta Procuradoria emitiu a COTA Nº 200/2017/DRJ/CGRJ/PF-PREVIC/PGF/AGU, na qual faz abordagem no sentido de que o senhor Liquidante detém plena autonomia para optar pela solução jurídica que entenda ser a mais adequada ao caso sob exame, e que não cabe à Previc, ou à sua Procuradoria, imiscuir-se em assuntos que não se relacionem direta ou indiretamente a atos administrativos produzidos pela própria Autarquia.

5. Entendeu-se por bem em colher manifestação desta Coordenação-Geral de Consultoria e Assessoramento Jurídico.

6. É o breve resumo, sendo certo que a COTA antes referida faz um detalhado relato dos fatos e circunstâncias relativas ao processo, ao qual nos reportamos em complemento, que ficam fazendo parte integrante da presente manifestação.

7. Passemos à análise.

FUNDAMENTAÇÃO:

8. De fato, concordamos com a posição da coordenação de representação judicial no que diz respeito à assertiva de que o Liquidante designado pela Previc detém plenos poderes, aliás, conferidos por Lei, para atuar livremente e com autonomia enquanto representante da entidade
liquidanda, conforme preceitua o art. 54, da Lei Complementar 109, de 2001:

Patrão santo, funcionário posto fora da loja

José Diogo Quintela

Estou chocado. Nunca pensei que o PCP não cumprisse a lei laboral. Mas o PCP está ainda mais chocado: nunca pensou ser obrigado a cumprir a lei laboral. É que escrevê-la é uma coisa, obedecer, outra.

Quando os caubóis brasileiros querem atravessar um rio cheio de piranhas, escolhem uma vaca velha, põem-na na água e esperam que os peixes se banqueteiem com ela. Chamam-lhe o “boi de piranha”. Com as piranhas distraídas, passam o resto da manada em segurança. Foi isso que Jerónimo de Sousa [foto] fez na entrevista da semana passada. Lançou o já batido tema da Coreia do Norte como “boi de piranha”, a atenção mediática atirou-se a isso como, lá está, piranha a boi, e o resto das declarações passaram incólumes.


Como toda a gente, sucumbi ao anticomunismo primário e foquei-me no já habitual amparo do PCP à ditadura coreana, quando devia ter tido calma e ouvido o meu anticomunismo sofisticado, que me dizia para prestar atenção à disputa laboral entre o PCP e Miguel Casanova. Casanova é um ex-funcionário do Partido que foi assediado pelo patronato, castigado por delito de opinião e, posteriormente, despedido – ou, como sumarizou o Secretário-Geral do PCP, “questões internas”.

Com a manobra de diversão, Jerónimo sacrificou a já esgaçada coerência em questões de democracia, por um bem maior, a postura do PCP nas relações laborais. E lá fui eu, como patinho, apontar impostura no extremo-oriente, quando a tinha aqui tão perto, na margem sul.

Miguel Casanova, filho de um antigo dirigente comunista (o que significa que não tem a desculpa de ter sido apanhado de surpresa pela tolice ideológica) era funcionário da Organização Regional de Setúbal. A partir de 2015 começou a criticar abertamente a opção do PCP em apoiar o Governo do PS. Em retaliação, o PCP transferiu-o para a Quinta da Atalaia, no Seixal. De um trabalho burocrático, passou para uma “função técnica” no recinto da Festa do Avante.

Casanova recusou a transferência, continuou a apresentar-se no posto antigo e acabou despedido. Agora, está tudo no Tribunal do Trabalho. (Quer dizer, tudo, tudo, não: Jerónimo, apesar de arrolado como testemunha, aproveitou-se do seu estatuto de deputado para se furtar a comparecer).

Fernando Santos convocou atacante para "resolver"

Fernando Santos, selecionador de Portugal, afirmou hoje em entrevista exclusiva ao 'Cão que fuma', que convocou um atacante, "para resolver", frisou o treinador.

António Costa e a portugalização da Europa

Rui Ramos

Em vez de “europeizar Portugal”, o governo tem-se ocupado sobretudo com fantasias de “portugalizar a Europa”, isto é, de reduzir a UE à redistribuição de rendimentos através do poder político.


Durante anos, a modernização de Portugal foi sugestivamente expressa pela ideia de “europeizar” o país, isto é, de o aproximar dos padrões de organização e das maneiras de ser da Europa ocidental. Nos primórdios da democracia, europeizar significou não apenas recusar a ditadura e a pobreza do passado, mas também a ditadura e a pobreza daqueles que, em vez da Europa ocidental, tinham como referência a Europa soviética ou as tiranias de folclore e de miséria do Terceiro Mundo.

A decisão de Cavaco Silva sobre a adesão portuguesa à moeda única, na década de 1990, resume o sentido dessa “europeização”: tratava-se, num Estado e numa sociedade minadas por défices e por desvalorizações, de fazer da integração europeia um princípio de disciplina orçamental e o incentivo para desenvolver uma competitividade que não passasse simplesmente por salários baixos.

Sabemos que acabou por não ser assim. Em 1995, o poder caiu nas mãos dos atuais ministros, então ainda só secretários de Estado ou assessores e com menos parentes para empregar no Governo. A partir daí, a ideia de aumentar o bem-estar no país através da criação de riqueza foi substituída pelo projeto de aumentar o poder do Estado através da apropriação e redistribuição dos recursos existentes.

A atitude para com a integração europeia também mudou: já não era vista como um fator de mudança, mas, antes, como um meio de evitar mudanças. Foi neste novo contexto que o euro, a partir de 2000, serviu sobretudo para facilitar o endividamento do Estado e dos bancos e empresas na sua órbita. Assim pôde o regime compensar socialmente a estagnação que afetou a economia logo que, terminada o protecionismo inflacionista e alfandegário, não se cuidou de melhorar a sua competitividade.

Em vez de “europeizar Portugal”, o poder socialista tem-se ocupado sobretudo com fantasias de “portugalizar a Europa”, isto é, de reduzir a União Europeia a um mecanismo de redistribuição de rendimentos através do poder político. Nessa união de “apoios”, “transferências” e “mutualizações”, cada Estado funcionaria como uma espécie de federação nacional dos clientes e dependentes que, dentro das suas fronteiras, lutam entre si para disputar uma fatia do bolo do Estado e que, fora das fronteiras, lutariam juntos para obter uma fatia do bolo da UE. É esta inspiração que atravessa a entrevista de António Costa sobre a Europa, publicada no passado domingo.

Reforma da Previdência dará segurança fiscal a futuras gerações, afirma Davi

Agência Senado

O presidente do Senado, Davi Alcolumbre [foto], disse nesta segunda-feira (25) que a reforma da Previdência é uma pauta do país, aguardada pelos brasileiros, e fundamental para ajustar as contas do Estado. Em entrevista coletiva, Davi voltou a assegurar que os parlamentares estão empenhados na análise do texto, a fim de apresentar uma alternativa que garanta o ajuste das contas públicas e segurança fiscal para as futuras gerações.

Foto: Jonas Pereira/Agência Senado

— A PEC 6/2019 é “a mãe” de todas as reformas, e os parlamentares estão atentos a essa pauta, que é do Brasil, e não do governo.

Para Davi, as recentes polêmicas envolvendo o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, e o presidente da República, Jair Bolsonaro, são “matéria superada”. Ele afirmou que todos têm direito de manifestar opinião, especialmente num momento de recessão como vive o país, e que as divergências são naturais no processo político.

— Ainda bem que temos a liberdade de falar o que pensamos. O presidente da República já disse que vai dialogar com o Congresso e o presidente da Câmara também garantiu que a reforma é prioridade na pauta.

Onyx
Davi Alcolumbre comentou a interlocução do governo com o Congresso por meio do ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni. O senador afirmou que o ministro sempre exerceu bem esse papel de intermediação. Davi ressaltou, no entanto, que agora o governo conta com as lideranças, no Senado e na Câmara, para estabelecer o diálogo com os parlamentares.

— Como parlamentar e como ministro, ele [Onyx] sabe do papel importante que tem nesse momento decisivo para o Brasil. E todos nós, líderes, parlamentares com mandato, também sabemos da nossa atribuição.

DEM
O presidente do Senado ressaltou que alguns pontos da reforma da Previdência ainda estão sendo discutidos junto ao seu partido, o Democratas. Segundo Davi, os aspectos de maior preocupação estão relacionados ao Benefício de Prestação Continuada (BPC) e à aposentadoria rural.

— Logicamente, isso será debatido e deliberado com a sociedade, no momento oportuno.
Título e Texto: Agência Senado, 26-3-2019

Perguntar (ainda) não ofende?

Helena Matos

Patrões responsabilizados pelos "olhares insinuantes" trocados entre os seus empregados. Registos e mais bases de dados. Um Estado acima da lei. Portugal está entregue aos ativismos. Até quando?

Como estará Portugal quando a frente de esquerda for derrotada? Valha a verdade que a pergunta – Como estará Portugal quando a frente de esquerda for derrotada? – não está bem formulada pois, como a experiência por esse mundo fora mostra, dificilmente uma frente de esquerda aceita ser derrotada pelas oposições. Convém, contudo, que perguntemos uma e outra vez – Como estará Portugal quando a frente de esquerda for derrotada? – porque essa é a pergunta-chave da questão.

Seremos um país com dois sistemas? Nas próximas semanas milhares de empresas – mesmo aquelas que só têm um trabalhador – terão de entregar o Relatório Único de Higiene e Segurança no Trabalho mais os seus seis anexos (vá lá, é só clicar e tentar preencher os ditos anexos!), obrigação de que sabiamente o Estado isentou os seus serviços. A isto junta-se o Registo Central de Beneficiário Efetivo (RCBE), nova obrigação também a cumprir com a chegada desta primavera, justificada com o magno propósito de  identificar todas as pessoas que controlam uma empresa, fundo ou entidade jurídica de outra natureza. (Não deixa de ser extraordinário que no país em que o nome dos grandes devedores do banco público quase se tornou segredo de Estado tenhamos esta exigência de registo da identidade dos sócios para toda e qualquer empresa, seja ela um fundo imobiliário ou a churrascaria da esquina).

E que dizer da lengalenga da proteção de dados que agora se acrescenta a qualquer contrato, sob a ameaça de multas até vinte milhões de euros, multas essas de que o Estado mais uma vez se dispensou?…  Lei a lei, decreto a decreto, regulamento a regulamento o Estado torna-se, em Portugal, uma cidadela acima da lei, devidamente sustentada por esses seres de segunda, sempre sob suspeita, que dão pelo nome de privados e de quem o Estado exige aquilo de que a si mesmo se isenta.

A burocracia crescente, as exigências de relatórios, planos e registos, tornam cada vez mais difícil a vida das empresas, sobretudo das mais pequenas (o socialismo sempre preferiu ter como interlocutores grandes patrões). Há exigências como a do Código de Boa Conduta para Prevenção e Combate ao Assédio Sexual – qualquer empresa com mais de sete trabalhadores tem de ter um código destes – que claramente transformam num inferno a vida de um pequeno ou médio empresário equiparado por força  destes códigos a uma espécie de vigilante dos atos, palavras e até “dos olhares insinuantes” trocados pelos seus funcionários (sobre a temática dos “olhares insinuantes” consultar a página 4 do “GUIA PARA A ELABORAÇÃO DE CÓDIGO DE BOA CONDUTA PARA A PREVENÇÃO E COMBATE AO ASSÉDIO NO TRABALHO“).

Tudo isto vai acontecendo sob o silêncio de boa parte das organizações empresariais mais dadas a discutir subsídios e apoios do que a defender a livre concorrência. Quando a frente de esquerda for derrotada ou mais provavelmente quando deixar de reunir as condições para governar, Portugal será um país em que o setor privado estará transformado numa espécie de franchising que o Estado licencia e tolera pois só assim consegue obter os impostos sempre insuficientes. A excepção, como sempre, serão os empresários amigos e os banqueiros íntimos.

Aparecido rasga o verbo] “Operação Descontaminação??!!”. Kikikikikikikikikikikiki...

Aparecido Raimundo de Souza

ESTAMOS, DEFINITIVAMENTE, passando o brazzzil a limpo. A partir de hoje, não há mais dúvidas quanto a isto. A merda da Laja Jato acaba de provar que não está para brincadeira. Não lava mais jatos. De hoje em diante, dará banhos com perfumes franceses também em jatinhos, helicópteros, Boeing e outras aeronaves. A partir de hoje, caros amigos, não teremos mais nenhum avião sujo. Isto é brazzzil. Vivemos a era da DESCONTAMINAÇÃO.

Mesmo bueiro das putas, o brazzzil não é mais o país da impunidade, da justisssa cega. A justisssa foi levada a um oculista de renome internacional.  O médico que veio do país do pato Donald Trump, olhou perdão, vasculhou seus “0cu-Olhos” de tudo quanto é lado. Virou literalmente do avesso. Conclusão: a justisssa, agora, enxerga maravilhosamente bem. Tirou o bar dos olhos, perdão, a venda. Fazia anos que a coitada da justisssa usava uma birosca na fuça. Isto acabou. A OPERAÇÃO DESCONTAMINAÇÃO DESCONTAMINOU TUDOOOOOO...

Todos nós, brasileiros, a partir de hoje, teremos como nos orgulharmos do nosso judiciário. Não só dele, dos nossos juízes, promotores, desembargadores, ministros, oficiais de justiça, meirinhos, porteiros, enfim... toda esta leva faz parte de um bando de pessoas de fibra, de vergonha na cara, etc.

A partir de hoje, senhoras e senhores, pobre não será mais preso. Pai de família não será levado para a cadeia, se roubar um pão. Só irão purgar no xilindró, os ladrões de colarinho branco. Portanto, Michel Jackson Temer, Moreira Franco, Coronel Lima e outras figuras sérias, devem voltar imediatamente a seus lares. Nada há contra eles.  O que falam “pela ai” são intrigas da oposição.

A porra da justisssa que manda prender manda soltar horas depois. E por que isto ocorre? Simples. Dependendo das conversas por baixo dos panos... no geral, uma putaria sem precedências. Sem precedências? Sim! Uma babel para trouxas e babacas. Aliás, senhoras e senhores, somos todos, sem exceção, TROUXAS E BABACAS. Isto é brazzzil. O País da OPERAÇÃO DESCONTAMINAÇÃO. Falta, para completar o quadro, DESCONTAMINAR A PREVIDÊNCIA, REFORMANDO-A IMEDIATAMENTE. Só assim teremos um brazzzil transpa...papapa... papapapaparente.

Os “esquerdanetes” voltam a atacar: vozes do BE e do PS apelam a um “apartheid” contra Israel e o povo judeu

João Lemos Esteves

João Lemos Esteves
Qual é a verdadeira natureza da esquerda? Já a conhecemos: autoritária e totalitária, explorando as modernas formas de comunicação e os novos movimentos sociais para instituir uma teia de controlos inorgânicos que visam cercear a liberdade e impor a sua visão do mundo. Quem não é pelos “esquerdanetes”, é contra os “esquerdanetes”.

1. Mais um episódio da (triste e lamentável) telenovela “a esquerda sai do armário e revela a sua verdadeira natureza”, protagonizada cimeiramente por Catarina Martins e os seus “esquerdanetes” e contando hoje com o alto patrocínio do PS geringonçado de António Costa.

Qual é a verdadeira natureza da esquerda? Já a conhecemos: autoritária e totalitária, explorando as modernas formas de comunicação e os novos movimentos sociais para instituir uma teia de controlos inorgânicos que visam cercear a liberdade e impor a sua visão do mundo. Quem não é pelos “esquerdanetes”, é contra os “esquerdanetes”.

Os esquerdanetes – convém recordar – são os que ainda se iludem com o BE (Banhada e Balelas de Esquerda; em rigor, dever-se-ia chamar “BBE”) e todos aqueles que trabalham para esse monumento da informação nacional que é o inenarrável site “Esquerda.net”. Atenção, caríssimas leitoras e caríssimos leitores, o “Esquerda.net” virou revista vendida em banca, com uma qualidade gráfica que não está ao alcance da maioria dos médias (verdadeiramente) independentes portugueses (atendendo aos custos financeiros que comportaria) – custando a módica quantia de… 4 euros!

Podemos, pois, com propriedade, afirmar que o BE tem lucrado com a geringonça… Vários movimentos sociais e com vontade de intervir cívica e politicamente já estudaram a possibilidade de lançar uma nova publicação moderada, fiel aos valores da democracia e da liberdade – tendo concluído, porém, pela inviabilidade do projeto (por ora) face à recusa dos empresários portugueses em apoiar projetos que não sejam amigos da maioria política de esquerda.

O que é certo é que o dinheiro parece brotar na sede do Bloco: o partido trotskista (ou melhor: trotskostista) é exemplar na atração de capitalistas.


2. Pois bem, dinheiro também não foi um obstáculo para os “esquerdanetes” organizarem, na semana que hoje termina, a edição de 2019 da “Semana do Apartheid Israelita”. O que é esta brincadeira de mau gosto – como vem sendo hábito – da nossa esquerdinha radical, com o beneplácito do PS (traidor dos seus valores históricos) de Costa?

[Aparecido rasga o verbo] Hoje em dia se “encaixa”

Aparecido Raimundo de Souza

GORGÚNDIO BITOLA LARGA recebeu um baita de um envelope postado com AR trazendo seu novo manual de endereços com todas as especialidades médicas, bem como um cartão magnético de identificação do plano de saúde que vinha pagando há mais de dez anos. Como estava de férias e sem nada para fazer, resolveu ligar para ver se a coisa funcionava de verdade, como anunciava aquele amontoado de papéis, ou tudo não passava de propaganda enganosa para engabelar trouxas.

Pegou o livreto azul, de capa dura. Quase uma centena de folhas coloridas. Abriu ao acaso. Por coincidência, caiu num geriatra que conhecia de longa data, desde os tempos em que levava sua falecida mãe para se consultar com ele. Passou a mão no telefone e ligou para o número indicado.  Uma moça de voz adocicada atendeu prontamente:
- Clínica ASSUMIAMEG, bom dia.
- Bom dia jovem. Gostaria de marcar uma consulta com o doutor Koffer.
- Um minuto, por favor.

Depois do que pareceu uma eternidade a atendente retornou:
- Desculpe pela demora.
- Em absoluto.
- O senhor é cliente dele?
- Não.
- Ah, sim. Veja bem, senhor. Só dispomos de horários vagos para o ano que vem.
- Nossa!
- Infelizmente. Deseja mais alguma coisa, senhor?

Enquanto permaneceu com o telefone no ouvido, Gorgúndio Bitola Larga observou que logo abaixo do doutor Koffer outro médico da mesma especialidade atendia naquele endereço. Como se propusera a testar a qualidade dos serviços seguiu adiante, resoluto, disposto a levar a coisa a ferro e a fogo:
- E para o doutor Hãhnchen haveria possibilidade?
- Um instante por obséquio.

Nesse “um instante por obséquio” se foram mais cinco minutos cravados.
- Senhor, também está lotado. Só para começo de janeiro.
- Que loucura! Estamos no final de novembro!...
- Sinto muito, senhor.

Charada (794)

Qual o
desporto
que se confunde
com um tipo de
calçado?

segunda-feira, 25 de março de 2019

[Estórias da Aviação] O início da Varig e o pensamento de Ruben Berta

Alberto José

A VARIG começou em 22 de junho de 1927, quando recebeu autorização para fazer voos entre Rio Grande e Santa Maria (RS).

Em 1945, quando a empresa já estava operando em muitas rotas no Brasil, o seu presidente Ruben Berta cultivava o desejo de mudar a relação entre os proprietários da empresa e os seus funcionários. Então, idealizou um modo de defender a independência e otimizar o controle da empresa. Por isso, na Assembleia Geral de 29 de outubro de 1945, inspirado na encíclica “Rerum Novarum” do Papa Leão XIII (1891), ele sugeriu que fosse transferida 50% das ações da Varig para uma fundação de funcionários. Seria uma fundação de direito civil, subordinada ao Ministério Público, o que precisaria ser aprovado pelo Conselho da empresa.

Em 27 de setembro de 1945 o presidente do Conselho Fiscal, Adroaldo Mesquita da Costa, recomendou que a proposta fosse aprovada. Em 29 de outubro de 1945 a proposta foi ratificada na Assembleia Geral Ordinária, que determinou a transferência de 50% das ações da Varig.

Em 29 de dezembro de 1945 ocorreu a primeira Assembleia da Fundação com a aprovação dos estatutos e constituição do Colégio Deliberante com sessenta e quatro membros escolhidos entre os funcionários, respeitados o mérito e tempo de trabalho na empresa.

Na época, Ruben Berta pensava o seguinte: “Este pessoal merece mais do que lhe temos dado ou estamos dando. Merece pelo menos um amparo bem mais completo do que proporciona a Caixa de Aposentadoria e Pensões”, o que se traduziu no Artigo 1º dos Estatutos da Fundação: “a Fundação dos funcionários da Varig criada por Escritura Pública em 7 de dezembro de 1945, se destina a assegurar aos funcionários da Varig que àquela pertencerem e às suas famílias, de acordo com o mérito e o tempo de trabalho dos primeiros, o bem-estar social e a proteção contra a velhice, a invalidez, a viuvez e a orfandade, secundando a atuação e os benefícios da respectiva Caixa de Aposentadoria e Pensões.”

Em 14 de dezembro de 1966, Ruben Berta não resistiu à imensa carga de trabalho e teve um infarto fatal em sua sala de trabalho.

Em 2002, o presidente Fernando Henrique Cardoso determinou que fosse elaborado um plano de reestruturação (com a ajuda do BNDES) para a Varig; a Fundação Rubem Berta votou contra o plano oferecido pelo governo.

Em 2003, o Lula mandou que o ministro José Dirceu oferecesse ajuda à Varig recomendando um acordo operacional com a TAM, o que foi prontamente recusado!
A VARIG acabou, mas a Fundação Ruben Berta funciona até hoje.