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Pouco tempo
depois da minha chegada a Brazzaville comecei a trabalhar nos Établissements Vaz. Depois, e à noite, trabalhei também num escritório de
contabilidade.
Trabalhei nos
Armazéns Miranda (comércio grossista) e nos últimos anos da minha estada numa
das lojas dos meus pais.
Estive em
Brazzaville de 1967 a 1972.
Estudei
Contabilidade e Filosofia (Iniciação às Grandes Doutrinas e aos Grandes
Problemas). Neste último curso tive excelentes notas e elogios que incharam o
meu ego.
Casei em abril
de 1971.
Já escrevi
alguns flashes sobre a minha estada
no Congo. Escreverei outros, com certeza. Mas, como já disse, sem observância
da cronologia.
Foi depois da expulsão dos americanos e o fechamento da Embaixada, em 1968, salvo erro, que o Congo se tornou marxista-leninista. Eu estava lá e apercebi de longe a multidão em fúria em frente à Embaixada dos EUA. O golpista era o Capitão Marien-Ngouabi que virou presidente, ídolo, mudou o hino, mudou a bandeira, etc… e a “foule” o aplaudia… se é que me entendem...
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A bandeira da
República do Congo inicialmente adotada a 18 de Agosto de 1958. Foi
descartada em 1970
e readotada a 10 de Junho de 1991. A bandeira é composta
pelas tradicionais cores Pan-Africanas.
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Bandeira da República Popular do Congo entre 1º de janeiro de 1970 e 10 de junho de 1991
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Eu morava numa
cidade capital de um país marxista-leninista - ou socialista-científico. A
“discurseira” era diária. Era cidadão reconhecível de um país sob ditadura
política – como o Congo – envolvido em guerras coloniais. Era em Brazzaville a
sede internacional do MPLA – Movimento Popular de Angola. E era do Congo-Brazzaville que entravam no território de Angola pelo enclave de Cabinda. O
MPLA tinha um (ou mais, não sei) campo de treinamento na Floresta do Mayombe. A
República Popular do Congo não tinha nenhum tipo de relações diplomáticas com
Portugal. Os cidadãos portugueses tinham que ir à Embaixada em Bangui,
República Centro-Africana. Ou a Kinshasa, onde a Embaixada da Espanha tinha um bureau que representava os interesses
portugueses.
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