Muitas pessoas precisam cair e
se levantar, cair novamente, tentar se reerguer, passar fome e até sede, antes
de adquirir a humildade de fazer perguntas. Elas não entendem que, quanto mais
perguntarem, lerem e se informarem, em menos tempo e com menos dificuldades
atingirão seus objetivos.
Fazendo perguntas ficariam
sabendo qual o caminho para a nascente da água, as terras mais férteis e o
pomar, com menos rampas, desertos e pedreiras a serem transpostas até o
destino.
Em uma conversa recente com
amigos nos lembramos de outro, extremamente inteligente e que enquanto vivo
fazia muitas perguntas a todos com quem mantivesse qualquer tipo de diálogo,
sobre qualquer assunto.
Uma vez, conversando com ele,
brincando me disse: “Meu departamento de fofocas me informou que…”. Ele ficara
sabendo de algo sobre mim e só queria uma confirmação. Ou seja, até sobre
fofocas ele sabia, pois alguém a quem ele também fazia perguntas o informava
até sobre pequenas coisas, sem nenhuma importância.
Pessoas assim são raras,
diferentes, vivem com mais facilidade, cometendo menos erros e acertando mais,
por se aproveitarem das experiências já vividas pelos outros, que estão à
disposição de todos os que procuram saber.
Outros caminham sem nada questionar
e normalmente ficam tristes ou até culpam outros por não terem conseguido
enxergar pedras ou buracos no caminho e neles haverem tropeçado, quando bastava
ter perguntado qual o melhor caminho.
Existem respostas para tudo o
que já ocorreu na história da humanidade e raramente faremos uma pergunta sobre
um assunto ainda não ocorrido, o que só é comum a cientistas em busca de algo
ainda desconhecido.
No passado alguém certamente
já passou por experiências, situações ou fatos iguais ou bastante parecidos com
o que agora pretendemos saber e perguntando encontraremos alguém que nos dará
explicações sobre como ocorreram, os motivos e as alternativas encontradas.
A inibição e o orgulho são
apontados como as principais dificuldades das pessoas em perguntar, mas
qualquer que seja ela provoca prejuízos, pois as respostas certamente levariam
ao destino com mais facilidade e com menos riscos, gastos de energia e
financeiros.
Nenhum motivo é forte o
suficiente para impedir que deixemos de nos orientar sobre escolhas e caminhos
que poderemos tomar. A falta de orientação, que poderia nos ser dada em
resposta a uma simples pergunta, poderá nos levar a opções erradas.
Diariamente temos diversas
oportunidades de aprendizado e de superação, que invariavelmente nos levam a
amadurecimentos em diversos campos, inclusive o de quebrarmos nossas próprias
barreiras, como a inibição e o orgulho, se existirem.
Superando nossas dificuldades
em perguntar facilitaremos muito nossa caminhada que poderá ser realizada com
menos tropeços ou quedas e com menor distância até o destino.
Quando você pergunta, pode até ouvir muita coisa sem importância ou que
já sabia, mas sempre aprende algo. No mínimo, que aquele a quem perguntou nada
sabe sobre o assunto.
Título, Imagem e Texto: João
Bosco Leal, 22-08-2011
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