Gerhard Erich Boehme
A questão das drogas no Brasil
é apontada como uma das principais causas da violência, não é seguramente a
principal como querem nos fazer acreditar, entre outras podemos debater sobre
as que considero como principais. Antes, porém recomendo que todo pai, todo
professor, todo padre ou pastor leia o livro “Drogas e Internet”,
onde na sua primeira parte é relatado o fácil acesso, na Internet, a
conhecimentos sobre o álcool, tabaco, maconha, cocaína e crack. E na segunda
parte aborda a relação da família com o usuário de drogas. É um livro que
desafia a sociedade a proteger seus jovens e a buscar respostas. Da série temos
também o livro: “Violência e
Internet”.
1. Discriminação
espacial -
conjuntos similares ao "Minha casa, minha vida", favelas, ocupações
irregulares e toda sorte de falta de planejamento que somente um Plano Diretor
bem elaborado, implantando, implementado e mantido e uma Agenda 21 Local eficaz
poderia evitar.
Vale lembrar que nas
periferias das cidades, sejam grandes, médias ou pequenas, nas quais a presença
do Poder Público é fraca, o crime consegue instalar-se mais facilmente. É a
ausência do Estado onde de fato deveria atuar e não servir de cabide de
empregos a políticos e sindicalistas, que assim torna a sociedade refém, ou
melhor, escrava da incompetência.
São os chamados espaços
segregados, áreas urbanas em que a discriminação
é feita primeiro pelo tamanho dos lotes e espaço comunitário, assim como a
infraestrutura urbana de equipamentos e serviços (saneamento básico, sistema
viário, energia elétrica e iluminação pública, transporte, lazer, equipamentos
culturais, segurança pública e acesso à justiça) é precária ou insuficiente.
2. Baixa qualidade da educação
fundamental, o que inclui a falta de prioridade que é dada por todos os
brasileiros à educação fundamental e os entraves às entidades privadas,
confessionais, cooperativadas e étnicas por parte do Estado.
3. Baixa valorização da família
e valores familiares, com a perda de compromissos com a maternidade e
paternidade responsável.
4. Cultura da lombada, esta
marcante entre os brasileiros. Da cultura da lombada – cultura própria de quem
atua nos efeitos e não nas causas – e dela decorrente é favorecida a tolerância
cultural aos desvios sociais e pelas deficiências de nossas instituições de
controle social: polícia ineficiente, legislação criminal defasada (o que gera impunidade),
estrutura e processos judiciários obsoletos, sistema prisional caótico. A
interação entre essas deficiências institucionais enfraquece sobremaneira o
poder inibitório do sistema de justiça criminal.
5. Vulgarização da violência,
em especial pela mídia e a forma com que cadáveres são expostos nos cenários de
violência em todo o Brasil, não havendo orientação, competência e estrutura
para evita-la por parte das polícias, em especial da Polícia Militar ou Polícia
Rodoviária que se encarrega pela preservação e pela Polícia Técnica que realiza
o exame perinecroscópico.
O exame perinecroscópico não
deve ser confundido com a autópsia, esta realizada pelo IML - Instituto Médico
Legal e aquela pelos peritos criminais.
6. Exemplo de nossas autoridades
com o ilícito, sendo o exemplo dos corruPTos e sua base afilhada o principal.
7. Falta do exercício da do princípio
da subsidiariedade.
8. Falta da aplicação e
reconhecimento do direito de propriedade, que cria uma insegurança
jurídica enorme, com perda significativa do patrimônio das famílias e que leva
a falta de planejamento familiar no longo prazo. O mais grave são as famílias
de baixa renda que na maioria das vezes possuem a propriedade, mas o direito a
ela não é reconhecido pelo poder público, como no caso dos lotes em favelas ou
áreas de ocupação, mesmo depois de décadas. http://www.ordemlivre.org/node/80
9. Falta de uma atuação policial
eficaz - De maneira geral as polícias têm treinamento deficiente, ou
melhor, competência deficiente, onde competência deve ser entendida por
educação, formação, habilidade e experiência adequada, salários incompatíveis
com a importância de suas funções, poucos recursos e padecem de grave
vulnerabilidade à corrupção. A ineficiência da ação policial na prevenção aos
crimes, assim como o excessivo número de mortes de civis e de policiais,
decorre dessas deficiências e do emprego de estratégias policiais meramente
reativas e frequentemente repressivas, sem contar as deficiências das polícias
judiciárias, as quais concorrem para a impunidade crescente. A este caldo se
soma a confusão entre os papeis das polícias, da Polícia Militar ou Brigada
Militar, Guardas Municipais e Polícia Rodoviárias, que são subsidiárias ao
cidadão e à iniciativa privada, ao passo que a Polícia Judiciária é
essencialmente pública.
10. O não entendimento por parte da
população do que é púbico e do que é privado, ou ao menos deveria ser.
Assim as múltiplas carências das populações de baixa renda, precariamente
assistidas nas periferias das grandes cidades, tornam seus integrantes,
especialmente os jovens, suscetíveis de escolha de vias ilegais como forma de
sobrevivência ou adaptação às pressões sociais.
"Bens e serviços públicos
têm como característica essencial a impossibilidade de limitar o seu uso
àqueles que pagam por ele ou a impossibilidade de limitar o acesso a eles
através de restrições seletivas, com uma única exceção eticamente aceitável: o
privilégio ou benefício dado aos portadores de deficiência física ou mental,
incluindo as advindas com a idade ou aquelas resultantes de sequelas de
acidentes ou fruto da violência." (Gerhard Erich Boehme)
Mas a frase acima desagrada
toda uma gama de brasileiros ideologicamente estressados, dos
sociais-democratas, passando pelos keynesianos e os socialistas, sejam eles
internacional-socialistas ou nacional-socialistas.
Estes não se dão conta que
devemos saber responder a três perguntas básicas:
a) Quais são as tarefas
autênticas do Estado para que ele possa ser eficaz nos seus resultados?
b) Em que nível, federal,
estadual ou municipal, deve ser realizado? E qual é o papel de cada poder?
c) Como controlar os gastos
estatais e impedir que eles se expandam continuamente e não sejam retirados ou
desviados por políticos e sindicalistas os recursos que deveriam ser destinados
aos bens e serviços públicos?
A pobreza
não é causa, é efeito
A pobreza
não é causa a violência, quando muito é consequência dos fatores apontados,
além do que os mais pobres são mais vulneráveis a ela. Este é um discurso das
esquerdas que não querem se responsabilizar, seja através do poder público,
pois são sedentas por uma infinidade de demandas sociais ou por serem
contrárias às iniciativas onde se observa de fato maior compromisso e maior
eficácia e que são menos vulneráveis à doutrinação.
Se assim fosse, áreas
extremamente pobres do Vale do Ribeira em São Paulo e Paraná, o Vale o
Jequitinhonha e muitas áreas no Nordeste apresentariam índices de violência
muito maiores do que aqueles verificados em áreas como São Paulo, Rio de
Janeiro e outras grandes cidades. E o País estaria completamente
desestruturado, caso toda a população de baixa renda ou que está abaixo da
linha de pobreza começasse a cometer crimes.
Vale lembrar que a discriminação
espacial leva à impessoalidade das relações nas grandes metrópoles e a
desestruturação familiar. Esta então passa a ser causa e também efeito. É causa
porque sem laços familiares fortes, a probabilidade de uma criança vir a
cometer um crime na adolescência é maior. Mas a desestruturação de sua família
pode ter sido iniciada pela maternidade e paternidade responsáveis, quando a
mãe e o pai não assumem suas responsabilidades, seja por interesse pessoal ou
pela impossibilidade, como quando do assassinato do pai ou da mãe, ou de ambos.
Um dos mais graves
problemas no Brasil é que o pobre tem sua propriedade, mas não pode
comercializá-la, pois existem entraves e muita burocracia para sua titulação.
Ele é dono, mas não pode se desfazer dela. Dezenas de milhões de pessoas no
Brasil vivem em propriedades sem segurança jurídica. Isto é uma afronta ao
direito de propriedade, este que é universal, previsto na Declaração dos
Direitos Humanos da ONU.
E isso deve ser sempre
lembrado aos socialistas quando relativizam o direito de propriedade, é quando
não observam os Direitos Humanos, posto que promovem falsos direitos ou raciocinam em termos da coletivização, e
por uma oligarquia que se implantou no Brasil com a quartelada que muitos
chamam de “Proclamação da República”, que agem sob a proteção de leis que são
uma afronta aos direitos à vida, à propriedade e a liberdade. Filosofia da
Liberdade:
Artigo XVII da Declaração
dos Direitos Humanos da ONU
1. Todo ser humano tem
direito à propriedade, só ou em sociedade com outros.
2. Ninguém será
arbitrariamente privado de sua propriedade.
A discriminação,
não apenas a espacial, posto que esta exige boas políticas públicas como Planos
Diretores, Agenda 21 Local e o fortalecimento do direito de propriedade, pois o
pobre na sua quase totalidade possui de fato sua propriedade, mas por conta da
incompetência pública, esta não é de direito, sem contar que inibimos a
alternativa mais eficaz para assegurar a habitação digna a todos os
brasileiros, assegurando o direito de propriedade e incentivando a construção
de imóveis para fins de aluguel, desonerando esta forma de poupança e renda,
mas incentivando-a.
Para entender melhor a discriminação
espacial recomendo a leitura dos textos:
A desestruturação familiar não é
causa, é efeito
Desestruturação familiar, por
exemplo, não quer dizer, necessariamente, ausência de pai ou de mãe; ou modelo
familiar alternativo. A desestrutura tem a ver com as condições mínimas de
afeto e convivência dentro da família, o que pode ocorrer em qualquer modelo
familiar. O que nos falta são valores familiares, os quais foram sendo
destruídos em nossa sociedade, principalmente pela mídia, com forte
contribuição por parte das telenovelas.
O desemprego não é causa, é
efeito
Também não é o desemprego.
Mesmo o desemprego de ingresso – quando o jovem procura o primeiro emprego,
objetivando sua inserção no mercado formal de trabalho, e não obtém sucesso –
tem relação direta com o aumento da violência, porque torna o jovem mais
vulnerável ao ingresso na criminalidade. Na verdade, o desemprego, ou o
subemprego, mexe com a autoestima do jovem e o faz pensar em outras formas de
conseguir espaço na sociedade, de ser, enfim, reconhecido.
Mas o desemprego possui forte
relação ou é principalmente decorrente da baixa qualidade ou ausência de um
ensino fundamental de qualidade. E vale sempre lembrar que não só o poder
público é incompetente ou ausente quanto a esta questão, mas principalmente as
igrejas, uma vez que hoje vemos os clérigos, principalmente os barbudinhos,
mais voltados ao proselitismo político-ideológico que com o compromisso com a
educação fundamental e a evangelização. E não apenas estas duas entidades, o
Estado e a Igreja Católica, esta voltada ao prosélytus por conta da CNBB e sua
pregação alinhada com a doutrina marxista via teologia da
"libertação".
Sem conseguir entrar no
mercado de trabalho, recebendo um estímulo forte para o consumo, sem modelos
próximos que se contraponham ao que o crime organizado oferece (o apoio, o
sentimento de pertencer a um grupo, o poder que uma arma representa, o
prestígio) a um indivíduo em formação, fazendo com que este se torne mais
vulnerável.
O crescimento do tráfico de
drogas, por si só, é também fator relevante no aumento de crimes violentos. As
taxas de homicídio, por exemplo, são elevadas não apenas pelos "acertos de
conta", chacinas e outras disputas entre traficantes rivais, mas
principalmente por serem uma forma eficaz de cobrança, seja das contas vencidas
ou por uma melhor e mais fiel produtividade nas vendas.
E, ainda, outro fator que
infla o número de homicídios no Brasil é a disseminação das armas de fogo, não
das legais como mal intencionados nos querem fazer acreditar, mas que tem
origem no tráfico de drogas, principalmente que aqui entram devido a
permeabilidade de nossas fronteiras, principalmente das armas leves.
"O controle das armas com
a população não tem como objetivo o controle das armas, mas sim o controle da
população" (Gerhard Erich Boehme)
A maconha como porta de entrada
A maconha é porta de entrada
para outras drogas mais pesadas, e isso se dá devido a vários fatores:
a) Utilizam os mesmos
ambientes, com os mesmos ilícitos penais quanto a sua produção, tráfico e
principalmente seu consumo;
b) Utilizam o mesmo canal de
distribuição, e temos hoje mais de um terço da maconha batizada com cocaína e
seus derivados: temos assim a craconha, criptonita, desirée ou zirê, muitas
vezes sem que o usuário da maconha perceba;
c) Os jovens que consomem
estes tipos de droga possuem os mesmos desajustes ou possuem o mesmo
comportamento de risco, por eles entendidos como de “aventura” ou de ingênua
rebeldia;
d) Há muito empenho por parte
dos traficantes para que o consumo seja de crack ou cocaína, pois assim os
jovens tornam-se mais dependentes, aumentando os lucros;
e) O convívio social passa a
ser mais restrito, deixando o jovem de ter um convívio acadêmico, religioso –
principalmente este, familiar, etc.;
f) Entre os vários motivos que
levam o jovem a fumar maconha, há alguns mais frequentes: desequilíbrio
familiar, necessidade de autoafirmação perante um grupo de amigos e também a
curiosidade;
g) Os usuários de drogas são
marginalizados, ou melhor, optam e oPTam por atuar à margem da lei, fogem de
suas responsabilidades, e o sujeito usa a maconha tem uma certa pré-disposição
ao uso de drogas mais pesadas. Procura fugir da realidade, mas tem certa
consciência do perigo das drogas pesadas, o que somente ocorre talvez no
início. Então ele vai para a maconha e pensa que não vai viciar. Mas os outros
fatores acima apresentados concorrem para que ele opte por drogas mais pesadas.
Veja que o uso do álcool
também preenche alguns destes fatores acima, principalmente entre adolescentes,
menores de idade.
Nesta última década, o consumo
de maconha cresceu quatro vezes entre os adolescentes de 16 a 18 anos. E o
consumo de crack e cocaína mais de cinquenta vezes, muito se deve à oferta
crescente, principalmente por parte da Bolívia. E a tolerância aumentou.
Policia, Justiça e escola têm punido menos os usuários.
Infelizmente a maconha é a
droga ilícita mais tolerada pelos brasileiros. Embora o consumo tenha aumentado
regularmente nos últimos anos, a polícia prende menos usuários, a Justiça
condena pouco e a escola, bem a escola não é que aceita mais, mas ela está cada
dia mais refém do "politicamente correto" e dos movimentos ditos
sociais, onde temos a oclocracia predominando com toda sorte de restrições a
uma autonomia e exercício de autoridade. Idiotas ainda continuam a confundir
autoridade com autoritarismo, mesmo passados 40 anos de um período de exceção
que não entenderam o porquê veio a ocorrer.
Embora sempre desatualizados e
politicamente subestimados os dados da Secretária de Segurança Estadual do Rio
de Janeiro mostram que o número de pessoas flagradas com maconha vem diminuindo
consideravelmente. Em apenas um ano, houve uma redução de 60% no Estado de São
Paulo, foi de 30%. Em Porto Alegre, os casos caíram pela metade. A Situação é
semelhante em outras capitais brasileiras. A análise dos últimos censos
penitenciários não deixa margem de dúvidas; o volume de condenações por uso de
drogas caiu nos últimos 20 anos. Entre as maiores escolas particulares do país,
o número de expulsões relacionadas com o uso de maconha também baixou. Hoje, em
apenas um de cada dez casos, o estudante é convidado a se desligar do
estabelecimento. Geralmente, quando fuma dentro das dependências do colégio.
A realidade é que temos a
impunidade crescendo exponencialmente no Brasil. Nas escolas os professores
perderam ou estão perdendo a autoridade e muito se deve à cultura da lombada do
brasileiro. Não enfrentam as causas, optam e principalmente oPTam, por atuar no
efeito.
De acordo com um calculo
aproximado, mais de 700 toneladas de maconha são consumidas todos os anos no
país. Especialistas estimam em um valor três vezes superior. Mas considerando
estes números “oficiais”, convenhamos, é uma quantidade suficiente para
confecção de 700 milhões de cigarros e para deixar satisfeitos algo como 5
milhões de usuários – um sétimo do número de fumantes de tabaco.
No ranking do consumo das
drogas, elas vinham quilômetros à frente de crack, cocaína, heroína ou o MDMA,
chamado de ectasy, mas estão alcançando e superando a maconha. Um levantamento
de uso de drogas entre os estudantes em dez capitas brasileiras, realizado pelo
CEBRID - Centro Brasileiro de Informações sobre Drogas Psicotrópicas, da
Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP), revelou que o consumo frequente da
maconha quadruplicou em apenas dez anos. O dado mais impressionante, no
entanto, é outro. Conforme uma tendência também observada em outros países,
esse aumento é maior entre adolescentes e jovens na faixa que vai dos 16 aos 18
anos . Nessa comunidade muito jovem, 13% das pessoas fazem o uso da maconha no
Brasil. Outro fato surpreendente; algumas estimativas extra oficiais informam
que até 50% dos jovens brasileiros experimentaram a Cannabis Sativa, nome
cientifico da erva , pelo menos uma vez na vida. Isso significa que chegou
perto de uma situação em que a dúvida não é mais saber se uma pessoa vai
experimentar um cigarro de maconha. Agora a pergunta mais realista é quando ela
fará isso.
E ficará na experiência?
O problema desse avanço da
maconha, assim como da craconha, desirée ou zirê, é que estamos banalizando o
vício. A tolerância com o álcool e o cigarro produziu o fenômeno do
"cigarrinho" e da "cervejinha". Hoje, já há quem use a expressão
"baseadinho" para tratar de uma droga que, como o cigarro e o álcool,
tem efeitos colaterais maiores e maiores são as sequelas, principalmente as
sexuais.
Segundo os piadistas é uma
razão da crescente homossexualidade entre os brasileiros, com direito a
passeatas e tudo.
Segundo os especialistas, além
da perda do apetite sexual e perda de capacidade de ereção, a maconha
produziria uma perda da capacidade cognitiva. Ao fumar um baseado duas a três
vezes por semana, o consumo médio de um usuário, a pessoa passa a apresentar
alguma dificuldade para reter conhecimentos. Muitos usuários relatam uma perda
da capacidade de memorização e também de aprendizado. Mesmo depois da
interrupção do uso, o efeito pode persistir.
A Segunda característica é a
perda da motivação. E esta é preocupante, pois o que temos no Brasil é a
centralização das decisões, sejam elas políticas e administrativas e isso é
sinalizado ao jovem que ele deve ter maior participação, mas logo observa que
sua atuação é limitada, longe de seu alcance, pois não observamos o princípio
da subsidiariedade. Fica a certeza de que no jogo político a mobilização
política é tão somente o circo.
A maconha tem ainda sobre as
concorrentes a vantagem de já ser considerada uma droga relativamente leve
diante da devastação física e psicológica provocada pelas mais pesadas. Por
fim, ela é a mais barata. A erva consumida no Brasil vem de dois lugares, do
Nordeste e do Paraguai, transportada para os grandes centros em caminhões ou
pequenos aviões. Ao chegar às cidades grandes, é fracionada.
Apesar das diferenças das
rotas entre maconha e cocaína, a rede de traficantes é praticamente a mesma.
Segundo a Polícia Federal a erva foi uma etapa anterior à da distribuição da
cocaína. Quando passaram a ter contato com os cartéis colombianos de pó e a
rede de produção e tráfico dos bolivianos, os traficantes já tinham experiência
de distribuir a maconha pelo país e precisaram só fazer a adaptação do sistema
à mercadoria mais lucrativa que antes vinha dos cartéis e hoje principalmente
da Bolívia.
A maconha resistiu ao avanço
de varias outras drogas. Na década de 80, a cocaína se tornou uma coqueluche.
Em certos meios, como o mercado financeiro, com seu ritmo alucinante, o pó
prosperou muito nesse período. Mais tarde, veio o crack, um tipo de pasta de
cocaína para as camadas mais pobres da população e, recentemente, o ecstasy,
droga bastante utilizada pelos que gostam de passar a noite inteira sacolejando
em danceterias. Comparados aos efeitos dessas drogas, os da maconha são muito
mais brandos. Ninguém, por exemplo, vai morrer de overdose de maconha. Seu
poder viciante também não é tão alto.
De cada dez pessoas que
experimentam a erva, só uma desenvolverá dependência. Mas isso está mudando com
a craconha, desirée ou zirê ou a criptonita. Em usuários de cocaína, esse
número é cinco vezes maior. Os males mais frequentes da Cannabis são
comparáveis aos do cigarro e do álcool. Com a vantagem de não deixar a pessoa mais
agressiva ou propensa a algum tipo de ato violento, como no caso do álcool.
Muitos dos que se viciam em
maconha passam depois para drogas mais pesadas. Este não foi o caso de Lobão?
Os especialistas afirmam que essa passagem é bastante comum. A erva seria,
segundo eles, uma porta de entrada para outras drogas. Isso não significa que
toda pessoa que fuma maconha vai passar a cheirar cocaína no mês seguinte e a
fumar crack até o final do ano. No entanto, mais de 90% dos usuários dessas
drogas fizeram primeiro um estágio na maconha.
E temos que considerar a
questão da craconha. Um tema sempre evitado, mesmo pelas autoridades no
assunto, pois se assim o fizessem chegaríamos mais rapidamente à causa que é a
atuação do Foro San Pablo, com sua componente ideológica.
Estatísticas do Departamento
de Saúde e Serviços Humanos do governo americano mostram que um em cada quatro
consumidores de maconha já experimentou cocaína. O motivo é simples. As mesmas
razões que induzem ao baseado podem arrastar a pessoa para o pó ou fumar algo
mais “desafiador”.
A questão é que o brasileiro,
na sua idiotia, não se questiona de onde vem esta droga, que fatores
concorreram para que houvesse a escalada no tráfico a partir da Bolívia.
A resposta tenho pronta:
Muito se deve ao chamado Foro San Pablo, ao ex-presimente e ao seu então
chanceler Amorim, hoje premiado para a condução do Ministério da Defesa.
Nessa idiotia não se questiona
como foi o apoio dado ao índio cocalero para que se elegesse, e que hoje
preside aquele país.
Não se questiona Chávez e
Lula. Os idiotas os aplaudem.
Quando o cocalero, também
conhecido como "Evo Petrobale" ou "Evo Cocale", com seus
bem nutridos soldados de 1,90m de altura, invadiram as instalações da PETROBRAS
na Bolívia e tomaram no grito a propriedade brasileira, Celso Amorim, então
ministro das Relações Exteriores, disse a Lula que Morales estava no direito
dele. Parece que Lula gostou do que ouviu e nada fez em defesa da estatal
brasileira e dos interesses dos brasileiros por detrás dela e de sua atuação.
Como "prêmio" à "coragem" de "Cocale", Lula
perdoou dívida de 52 milhões de dólares da Bolívia para com o Brasil e ainda
aceitou que o invasor aumentasse o preço do gás que vende para nós. Esqueceu
que o gás concorre com a gasolina e o etanol, e eles são responsáveis pelo
aumento do custo de vida.
Estávamos muito bem
representados. E como será agora frente ao Ministério da Defesa?
“Que país é este que junta
milhões numa marcha gay, outros milhões numa marcha evangélica, muitas centenas
numa marcha a favor da maconha, mas que não se mobiliza contra a corrupção?”
(Juan Arias - Correspondente do El País/España)
E igualmente aguardo as
respostas a alguns questionamentos, principalmente dos jornalistas:
A questão que precisamos
descobrir é porque esses índices aumentaram tanto nos últimos anos. Onde
estaria a raiz do problema?... E isso nos leva ao debate, mas a um debate
sério, sem ideologias ou defesa de um grupo ideológico.
Infelizmente, o governo tem
usado ferramentas erradas e conceitos errados na hora de entender o que é causa
e o que é efeito. A violência que mata e que destrói está muito mais para
sintoma social do que doença social. Aliás, são várias as doenças sociais que
produzem violência como um tipo de sintoma.
Portanto, não adianta pensar
em combater os criminosos e dar tratamento aos viciados.
Já é tempo de a sociedade
brasileira se conscientizar de que, violência não é ação. Violência é, na
verdade, reação. O ser humano não comete violência sem motivo. É verdade que
algumas vezes as violências recaem sob pessoas erradas, (pessoas inocentes que
não cometeram as ações que estimularam a violência). No entanto, as ações
erradas existiram e alguém as cometeu, caso contrário não haveria violência.
É entendido em todo o Mundo as
principais causas da violência são: o desrespeito -- a prepotência -- crises de
raiva causadas por fracassos e frustrações -- crises mentais (loucura
consequente de anomalias patológicas que, em geral, são casos raros).
Exceto nos casos de loucura, a
violência pode ser interpretada como uma tentativa de corrigir o que o diálogo
não foi capaz de resolver. A violência funciona como um último recurso que
tenta restabelecer o que é justo segundo a ótica do agressor. Em geral, a
violência não tem um caráter meramente destrutivo. Na realidade, tem uma
motivação corretiva que tenta consertar o que o diálogo não foi capaz de
solucionar. Portanto, sempre que houver violência é porque, alguma coisa, já
estava anteriormente errada. É essa “coisa errada” a real causa que precisa ser
corrigida para diminuirmos, de fato, os diversos tipos de violências.
Em uma sociedade como a nossa,
onde o princípio da subsidiariedade é desconhecido ou ignorado, onde a
responsabilidade individual não é cobrada, a principal “ação errada”, que
antecede a violência é o desrespeito. Começa com o desrespeito com nossas
autoridades, e assim temos a eleição de populistas ou palhaços como nossos
representantes, quando não estes terceirizam.
O desrespeito é consequente
das injustiças e afrontamentos, sejam pelo desrespeito às leis, sejam sociais,
sejam econômicos, sejam de relacionamentos conjugais, etc. A irreverência e o
não entendimento da liberdade, que a confundem com libertinagem - estimuladas
principalmente pela TV - também produzem desrespeito. E, o desrespeito, produz
desejos de vingança que se transformam em violências.
Nas grandes metrópoles, além
da pressão para sustentarem o vício, onde as injustiças e os afrontamentos são
muito comuns, os desejos de vingança se materializam sob a forma de roubos e
assaltos ou sob a forma de agressões e homicídios.
Já a irreverência e a
libertinagem estimulam o comportamento indevido (comportamento vulgar), o que
também caracteriza desrespeito e produz fortes violências.
Observe que quando um cidadão
agride o outro, ou mata o outro, normalmente o faz em função de alguma situação
que considerou desrespeitosa, mesmo que a questão inicial tenha sido banal como
um simples pisão no pé ou uma dívida de centavos. Em geral, a raiva que
enlouquece a ponto de gerar a violência é consequência do nível de desrespeito
envolvido na respectiva questão. Portanto, até mesmo um palavrão pode se
transformar em desrespeito e produzir violência. Logo, a exploração, o calote,
a prepotência, a traição, a infidelidade, a mentira etc., são atitudes de
desrespeito e se não forem muito bem explicadas, e justificadas (com pedidos de
desculpas e de arrependimento), certa mente que ao seu tempo resultarão em
violências. É de desrespeito em desrespeito que as pessoas acumulam tensões
nervosas que, mais tarde, explodem sob a forma de violência.
Sabendo-se que o desrespeito é
o principal causador de violência, podemos então combater a violência
diminuindo os diferentes tipos de desrespeito: seja o desrespeito com o direito
de propriedade, sem relativizá-la, seja o desrespeito econômico, o desrespeito
social, o desrespeito conjugal, o desrespeito familiar e o desrespeito entre as
pessoas (a “má educação”). E principalmente o desrespeito com os pagadores de
impostos, hoje escravizados. Em termos pessoais, a melhor maneira de prevenir a
violência é agir com o máximo de respeito diante de toda e qualquer situação.
Em termos governamentais, as autoridades precisam estimular relacionamentos
mais justos, menos vulgares e mais reverentes na nossa sociedade. O governo
precisa entender a diferença entre o público e o privado, diminuir as
explorações econômicas beneficiando grupos de interesse como foi o caso da
Sadia, Telemar/Oi e toda sorte de empréstimos do BNDES e podar o excesso de
“liberdades” principalmente na TV e no sistema educativo do país.
A vulgaridade, praticada nos
últimos anos vem destruindo valores morais e tornando as pessoas
irresponsáveis, imprudentes, desrespeitadoras e inconsequentes. Por isso,
precisamos, também, restabelecer a punição infanto-juvenil tanto em casa quanto
na escola. Boa educação se faz com corretos deveres e não com direitos
insensatos. Precisamos educar nossos adolescentes com mais realismo e seriedade
para mantê-los longe de problemas, fracassos, marginalidade e violência. Se
diminuirmos os ilusórios direitos (causadores de rebeldias, prepotências e
desrespeitos) e reforçarmos os deveres, o país não precisará colocar armas de
guerra nas mãos da polícia para matar nossos jovens (como tem acontecido tão
frequentemente).
Bem, se não gostou e tem
criticas a fazer, ou tem dúvidas sobre o que escrevi, ou queira me passar mais
informações sobre os três principais temas (discriminação
espacial, drogas e violência), favor encaminhe-as para:
Título, Texto (formatação):
Gerhard Erich Boehme
Skype: gerhardboehme
Caixa Postal 15019
80530-970 Curitiba - PR
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