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Imagem de um profissional ético. Foto: DR |
Plínio Sgarbi
Vivemos
nessa tal democracia onde o exercício da autoridade na prática da disciplina e
ordem foi confundida e se confunde com autoritarismo, inclusive com a imprensa
que detonou as atitudes de homens capacitados de ontem contra a guerrilha e
violência urbana.
Esse
processo de deterioração do Estado em toda a sua estrutura iniciou-se com essa
tal democracia em que vivemos. Com as vitórias do PMDB nas eleições em quase
todo o Brasil. Com Quércia e Fleury (esse, o único feito merecedor de
aplausos foi a sua ordem de que a Tropa de Choque da Policia invadisse o
Carandiru) no Estado de São Paulo, e depois com o PSDB de Covas e Alckmin
que ocupou o governo. Esse mesmo Alckmin de hoje na governança de SP que fez e
contribui com a milionária campanha contra o desarmamento, esse mesmo Alckmin,
gerente das autoridades que afastaram dois policiais que tiveram a ousadia de
denunciar em uma emissora de rádio, a falta de coletes balísticos e o
revezamento do uso desse equipamento de proteção que eram obrigados a fazer;
com o mesmo PSDB que ocupou a Presidência da República durante oito anos e mais
oito intermináveis anos do PT que chegaram ao Poder para formar quadrilhas e
lapidar os cofres da nação.
Soma-se a
essa deterioração o Congresso Nacional que durante esse período fez as leis que
facilitam a vida dos bandidos. O Povo precisa com urgência da reforma da
legislação (o código penal com algumas adaptações data de 1940) com leis
severas que estejam de acordo com a vontade popular. A população clama por um
Estado punitivo, com leis mais duras, punitivas e mais severas como a prisão perpétua
nos moldes da Alemanha ou então, a pena de morte como há nos Estados Unidos,
(será que a democracia brasileira é mais avançada do que nos Estados Unidos,
onde essa pena é aplicada?).
Tempos duros
exigem leis mais severas e aqui no Brasil os juizes ficam de mãos atadas diante
das leis de execução penal que permite visitas íntimas, saídas temporárias,
cumprimento de 1/6 da pena que possibilitando o regime semi-aberto que nada
mais é do que rua e no excesso de prazo, passados 81 dias o réu aguardando
julgamento é colocado na rua, na Alemanha o réu pode ficar preso por quatro
anos e nos Estados Unidos, por oito anos. Aqui, o Congresso não se movimenta
para promulgar leis de acordo com a vontade da população.
Nesse
processo deteriorante a Igreja Católica sempre se colocou a favor dos bandidos
e considerou os criminosos como vítimas da sociedade. Algumas ONGs prestam
serviços de assistência médica, odontológica e de nutrição alimentícia aos
bandidos criminosos. E o povo que através dos impostos paga tudo, permanece em
estado de miséria e os nossos aposentados, depois de toda uma vida de trabalho,
agonizam em filas previdenciárias e são duramente agredidos com declarações das
autoridades que acham que as filas são problemas de cultura do brasileiro, que
gosta de amanhecer em filas.
Soma-se mais
ainda, os condutores de nossa política econômica que concentra renda e
multiplica a miséria e a corrupção envolvendo a banda podre de nossas polícias,
onde o Ministério Público e o sistema judiciário, com seus efetivos abarrotados
de serviço, não responsabiliza ninguém pela entrada de celulares e armas nos
presídios, que possibilitam a coordenação sistemática e simultânea do comando
criminosos em todo o Estado (os advogados e religiosos, defensores dos
bandidos não passam por revistas ao entrar nos presídios). Podemos enumerar
outras variadas causas e acrescentar nelas as 900 faculdades de direitos que
abrigam professores sem qualificações e sem títulos de doutores, que formam uma
parte considerada de bacharéis como esse do vídeo que pegam qualquer causa e
alguns desses, chegam a exercer funções no Ministério Público, aproveitando nas
falhas das leis e da justiça para se auto-promoverem.
Todas as
ações que estão acontecendo de natureza desse terror, que a população revoltada
está presenciando, é um claro atestado de incompetência plena das autoridades.
As forças policiais são refém da falta de autoridade de um governo incompetente
que se coloca a mercê dos direitos dos "manos" que afasta das ruas o
policial envolvido em duas ocorrências de enfrentamento e combate ao crime com
balas contra os bandidos e, impede a polícia de dar respostas a altura quando
um sujeito que se diz líder dessa quadrilha organizada, foi capaz, sentado em
frente do então diretor do DEIC-SP, de pronunciar o seguinte: "eu posso
entrar na sua delegacia e matar o seu policial, você não pode entrar na penitenciária
para me matar". É a proliferação das comissões dos defensores dos
direitos humanos contra a polícia entregue a própria sorte. Como reagir diante
dessas agressões se a legitima defesa está amparada na própria lei?
Prendemos
nossa respiração diante do espanto ao perceber que as ruas de São Paulo não são
mais do povo. Vivemos o Estado de Caos.
Texto: Plínio
Sgarbi, 13-08-2011
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