"Só quem caiu na fogueira sabe o que é carvão...”
Ditado húngaro
Waldo Luís Viana
Atualmente – e por problemas
emocionais – estou escrevendo cada vez menos. E escrevendo menos porque escrevi
demais e qualquer um que escreveu muito sabe que fica repetitivo. Vide a
Bíblia. Acaba até ficando chato...
Não quero ser assunto de
pastor, aquele ser mefistofélico que só fala em diabo, com gumex no cabelo,
terno e gravata, com prendedor, e sempre ao final de longa e fortuita carreira
acaba comprando um jatinho para falar de Jesus.
Jesus era um mendigo que comia
com as prostitutas e com os cobradores de impostos. Não sei como não foi ele o
inventor do taxímetro.
Já eu, pobre escriba acabo
ficando solitário em minhas reflexões. Casei sete vezes e as pessoas acham
graça, achando que sou uma boa bisca ou que tenho algum defeito físico ou
mental. Mas não é assim.
Mulher é detalhe: olha, ela percebe tudo o que você
tem e também percebe o que você não tem. É atenta a tudo e não gosta de três
coisas: bêbado, futebol e peido. Peidar diante de uma mulher bonita é como
sentença de morte. Pode arranjar a forca e um Napoleão qualquer, de preferência
de hospício, como sentenciador...
Bem seguros são os italianos
que definem o casamento muito bem: é chateação todo dia e transar quando não se
tem vontade. E o homem entra nessa, achando que logo depois não haverá
separação, divórcio, pensão gravosa para os filhos.
Tudo isso aconteceu comigo,
mas isso não importa, porque quando passo na rua todos querem me ver impávido,
fagueiro e forte como um touro, não como uma águia sem penas, pronta para o
asseio da próxima transição.
Pois estou na dura transição
das águias, achando que sou mesmo um homem que não presta, descendente do pythecantropus erectus e do crotalus terrificus...
Homem só gosta de falar de
mulher, de cerveja, futebol e contar vantagem. Já a mulher é muito mais
complicada e matreira. Fala de tudo um pouco, inclusive é especialista em
contabilidade.
Faz as reivindicações para o
homem, catorze ou quinze minutos antes do sexo; o homem, então, num arroubo de
voracidade a come como um touro e, após o orgasmo, uns quinze minutos depois –
ela volta com a mesma lista, e com a cara mais limpa. Por isso recomendo a
tática do fusquinha para os meus amigos: – olha, gente, sabendo usar, não vai
faltar!
Sei que sou homem e não
presto, mas vejo essa estória de gay e alguns dizendo que é abominação e
aberração. Se Deus os fez, porque rejeitá-los. São cidadãos, pagam impostos,
existem pois, são uma realidade. Não são cancro nem doença. Os que os rejeitam
acho que no fundo querem mesmo é aderir...
No entanto a minha apreciação
é a de que o gay adora uma televisão, aparecer, a alma feminina predomina em
exageração, um paroxismo de plumas, paetês e outros bichos entranhados...
Sou mais tímido, apenas não
presto, mas eles têm orgulho de si mesmos. Os detalhes femininos eles elevam a
um alto grau – n + kapa –, como dizia um dos meus professores de matemática,
quando tentava explicar um problema de formação bruta de capital líquido
(ops!).
Os gays não são problema,
aliás aqui podem existir porque segundo o presidente do Irã lá não existem:
claro, são exterminados! Em que sociedade, queridos, vocês querem viver?
Eu prefiro viver na bagunça brasileira
em que mulher é detalhe, homem não presta e gay é mídia...
Não sou um cara fofo?
Título e Texto: Waldo Luís
Viana é escritor, economista, poeta e em matéria de mulher ainda não aprendeu
nada...
Edição: JP, 23-08-2011
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