Geraldo Almendra
A cumplicidade ou a omissão
diante da corrupção do poder praticada pelos canalhas esclarecidos que montaram
seus barracos da imoralidade na administração pública tem sido uma
característica marcante de postura dos presidentes da República depois da
devolução do poder aos civis. Ninguém que tem a honestidade como valor
fundamental de sua vida elege um presidente para manter ou transformar o país
em um Paraíso de Patifes.
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Criação: Silsaboia |
As posturas e as faltas
de posturas dos presidentes da Fraude da Abertura Democrática contribuíram
definitivamente para degeneração moral do poder público.
Um verdadeiro presidente tem
que ter os mais rigorosos atributos da dignidade e da transparência dos atos do
poder público, não aceitando exercer o seu cargo com os instrumentos da
manipulação da miséria educacional e cultural que produz os ignorantes que se
tornam objetos humanos úteis para a prática de estelionatos eleitorais em um
ambiente de prostituição da política no jogo sujo do poder pelo poder.
Um presidente eleito para
defender os interesses do submundo comuno sindical e de oligarquias ou
burguesias corruptas, assim como dos praticantes do ilícito como valor
fundamental não passa de um delinquente que foi colocado no poder por um
estelionato eleitoral fundamentado na corrupção e pela ignorância das massas,
vítimas da falência educacional e cultural.
Colocar um presidente
despreparado no poder é o mesmo que responsabilizar um imbecil pela vida dos
cidadãos, isto é, alguém que nunca saberá avaliar corretamente o seu papel se
colocando no lado da mentira, da hipocrisia, da demagogia e do lado dos que
fazem do poder público um covil de bandidos.
Os presidentes civis têm
sistematicamente contrariado a famosa colocação de um dos mais notáveis homens
públicos dos EUA, Abrahan Lincoln: "Você pode enganar algumas pessoas
todo o tempo. Você pode também enganar todas as pessoas algum tempo. Mas você
não pode enganar todas as pessoas todo o tempo".
Já se passaram vinte e seis
anos do fim do Regime Militar e durante todo esse tempo a sociedade vem sendo
vergonhosamente enganada pela classe de políticos profissionais e amadores que,
com raras exceções, trabalham, não para a grandeza do país, mas,
principalmente, para o fortalecimento de oligarquias ou burguesias que têm na
prática do ilícito e no engodo do cidadão comum – os eleitores de seus
representantes espúrios –, o caminho preferencial para seu fortalecimento
político-prostituído.
Ou seja, estamos acompanhando
que a maioria da sociedade está sendo enganada pela prática da degeneração
moral das relações público-privadas há mais de vinte e seis anos.
Talvez o fato mais grave desse
processo esteja sendo o silêncio de “caras de paisagem” ou a omissão das
casernas, que nunca poderiam ter se posicionado como cumplices na colocação do
destino do país ao sabor do crime organizado da política, aceitando com uma
covarde resignação a subordinação aos canalhas da corrupção e da prevaricação,
tudo como se a Constituição não colocasse sobre seus ombros a responsabilidade
maior de defender o país de sua autodestruição pela necrose de um poder público
sendo transformado em um covil de bandidos.
O processo social-patológico
de desordem Jurídica que estamos presenciando exigiria por si só a retomada das
rédeas do país com uma intervenção civil-militar para destituir um Parlamento
transformado em um balcão de negociações espúrias colocando outro no seu lugar
através de eleições gerais, em que qualquer FICHA SUJA tenha vetada sua
candidatura. Depois seria feito uma verdadeira limpeza nos outros poderes por
tribunais especiais e não essa palhaçada de hipocrisia de limpeza protagonizada
pela presidente Dilma.
Um presidente eleito, mesmo
que seu mandato seja obtido por uma base partidária, no momento em que assume o
seu posto, deve ficar do lado da lei e da ordem em um patamar de
responsabilidades acima dos interesses menores ou inconfessáveis daqueles que
lutaram pela sua eleição com as “melhores” das desonestas intenções.
Um presidente não pode ser
eleito para viabilizar a continuidade da transformação do poder público em um
covil de bandidos e sim para desmantelar as estruturas públicas apodrecidas pela
corrupção.
A superposição de tapetes, a
cada desgoverno, para esconder a corrupção está levando o país para sua
autodestruição.
As formas de hipocrisias que
caracterizaram os dois mandatos do desgoverno Lula estão se mostrando mais
sofisticadas e mais graves no desgoverno Dilma, seja pelo elevado estado de
falência moral da Justiça e das Forças Armadas, seja pela sua postura mais
hipócrita ainda, ao solicitar para bandidos ou protetores de bandido que
investiguem outros bandidos, mesmo que a sociedade saiba que no desgoverno
anterior a atual presidente era a grande controladora da gestão pública e sabe
exatamente quem são e onde estão os bandidos.
O que fica claro é que a
presidente Dilma está preservando o castelo de cartas da corrupção estruturado
no desgoverno anterior para viabilizar a volta do seu padrinho ao poder diante
de uma sociedade absurdamente covarde e omissa, muito especialmente os milhares
de esclarecidos canalhas que encontraram nas relações públicas e privadas
degeneradas os caminhos do status social e da “segurança” financeira e
empresarial, tudo sendo fundamentado na corrupção do poder público, na
sonegação e no enriquecimento ilícito.
Se a sociedade dos patriotas
mortos não sair da letargia da omissão e da covardia não será mais possível
limpar o poder público pelo caminho da negociação e da paz social. A
alternativa que sobra é conhecida e a covardia da não violência corretiva pode
se transformar em um genocídio.
Título e Texto: Geraldo Almendra, 02-08-2011
Edição: JP
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