Rafael Correa demanda a EL UNIVERSO
El Presidente de Ecuador Rafael Correa ha presentado una querella criminal contra el periodista Emilio Palacio, los directores del Diario ecuatoriano El Universo, señores Carlos Pérez Barriga, Cesar Pérez Barriga y Nicolás Pérez Lapentti, y contra la compañía anónima El Universo, que edita Diario El Universo. A todos ellos los acusa del de ser los autores del delito de injuria grave a la autoridad, por un artículo de opinión firmado por Emilio Palacio, “No a las mentiras”, publicado en diario El Universo el 6 de febrero de 2011.
Luis Felipe Pondé
Ao contrário do que pensam os
paleontólogos, fósseis estão renascendo na América do Sul
O DITADOR do Equador, Rafael
Correa, "mandou prender" alguns jornalistas de seu país porque eles o
chamaram de ditador. Será que vai mandar um grupo secreto de
"Kommandos" equatorianos me prender também porque eu estou dizendo
que ele é ditador?
Ao processar os jornalistas
(com a ajuda de seu criado, "o juiz"), provou que a hipótese do
periódico "El Universo" (sobre ele ser um ditador) estava certíssima.
Aliás, o mesmo caso de poder judiciário vítima de um ditador ocorre na
Venezuela.
Ainda bem que o Brasil (ainda)
é uma democracia e não uma ridícula república bolivariana como alguns anões
políticos estão querendo criar na América do Sul.
Devemos ficar atentos aos
abusos de poder que este "señor" está praticando em seu país porque,
ao contrário do que pensam os paleontólogos, fósseis estão renascendo nas
Américas. Duvidas?
A democracia não é um regime
baseado na "aprovação popular", ou como dizia o ancestral de todo
populista de esquerda, Jean-Jacques Rousseau, "vontade popular".
Democracia é um regime que
busca institucionalizar as tensões múltiplas de uma sociedade criando condições
históricas de um convívio o menos violento possível (em termos físicos) entre
os diversos grupos de interesse.
E, neste sentido, criar órgãos
de controle da mídia baseados em ideias vagas como "preconceitos",
"justiça social", "honra", "igualdade política",
"consciência social", e outros croquetes ideológicos é papinho de
fascista.
O novo "gênero" de
fascismo é se travestir de "fascismo do bem". Um bom governante não é
alguém que se acha redentor de um povo, pelo contrário. Quanto menos
"ideia" tiver sobre "o que deveria ser" a sociedade que
governa, melhor, diz o filósofo inglês Michael Oakeshott, morto em 1990.
Redentores políticos
facilmente corrompem a liberdade, como é o caso de Rafael Correa e Hugo Chávez,
em nome do que eles chamam "justiça social" -tenho alergia a esse
mantra.
Ou mesmo no caso do Partido
dos Trabalhadores no Brasil, que corrompe a máquina do governo ideologizando a
corrupção, realizando-a sob a desculpa de que quem os critica é porque são da
elite.
Corrupção sob a tutela da
ideologia é "pior" do que corrupção pura e simples porque os
corruptores neste caso se julgam acima da lei porque representam o
"povo" contra "as zelite".
Gente mal informada acha que
"festa da democracia" é quando um bando de caras pálidas corre pelas
ruas quebrando tudo ou berrando palavras de ordem (o nome já diz... palavras de
ordem... coisa de fascista). Não, "festa da democracia" é quando você
vai a uma balada e não lembra que o governo existe.
Um bom governo é aquele que
você não se lembra que existe porque quase nunca precisa dele. A competência de
um governo se revela em sua quase invisibilidade ideológica.
O teor religioso e alienante
de governantes como os anões bolivarianos do tipo Chávez, Evo Morales e Rafael
Correa salta aos olhos. Chama-me atenção como muita gente dita
"politicamente consciente" ainda adere a tais fósseis políticos.
Veja, por exemplo, a veneração
que a bela musa da primavera estudantil chilena confessou cultivar pelo anão
bolivariano Morales da Bolívia. Não foi ele que decidiu legalizar carros
roubados? A ideia, mesmo que não se realize, deve se alimentar em sua cabeça
pré-histórica da noção de que "toda propriedade privada é um roubo",
logo, legalizar carros roubados dos outros é um ato de "libertad"...
Daí eu supor que estamos todos
enganados quando supomos que fenômenos como esses (refiro-me a este croquete
ideológico chamado "socialismo do século 21") seriam objetos da
ciência política ou da filosofia política. Não, deveriam ser estudados por
paleontólogos da política.
Quando soube que uma das
instituições políticas por trás da primavera estudantil chilena era o partido
comunista, me perguntei: "Em que século estamos mesmo?"
Não consigo não ver nesses
caras personagens como aqueles xamãs do neolítico (ou paleolítico?) que tinham
crises histéricas e gritavam que males aconteceriam aos nossos ancestrais caso
eles não rezassem para algum deus do fogo.
Título e Texto: Luiz Felipe Pondé, Folha de
São Paulo, 01-08-2011
Colaboração: Rafael Picate
(Resistência Democrática)
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