sexta-feira, 11 de janeiro de 2013

Há que “matar“: o cão ou o dono

Foto: Eric Gaillard/Reuters
Alberto de Freitas
Tem provocado polémica a morte de uma criança por um cão “arraçado” de pitbull e consequente condenação à morte do animal.
Por princípio e vendo o assunto com distanciamento (quando nos toca a nós, sobrepõem-se as emoções), não concordo com a pena de morte seja de quem, ou do que for.
Mas ando na rua e observo. Vejo passearem-se os tais cães, conduzidos por indivíduos - penso que os donos - que o bom senso mandaria abater. No par, quem transmite mais perigo é quem leva a trela pela mão.
O argumento da "Animal" é assaz curioso: um cão que nunca foi violento durante 8 anos, ao sê-lo, teve razões para tal. É que tal argumento, serve para os humanos. Uma vida pacífica durante 60 anos, relevaria um tiro na cabeça, ou uma espetadela de faca, num qualquer passante, em momento de má disposição.
É normal o direito de um qualquer vira-lata, em momento emocional, ferrar uma dentada. Ferra a dentada e pronto: a coisa fica por isso mesmo. Mas ter um animal cuja dentada - uma só - é capaz de dilacerar o pescoço de um adulto, ou esfrangalhar o crânio de uma criança, é como jogar à roleta russa.
Quando passamos por um animal desses, nada nos garante que tenha sido ”bem educado” e não me recordo de os ver com açaimo, nem de assistir à preocupação de um agente da autoridade pela situação.
Eu entendo que os animais não têm direitos - por incapacidade de os exigirem - e os humanos é que têm obrigações para com os animais. Razão para os começar a responsabilizar, e só a eles: os humanos

5 comentários:

  1. realmente os donos eram bem presos..

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  2. Quando um gajo cheio de vinho atropelar uma criança, mata-se o carro. E de caminho acaba-se com os «carros assaassinos» todos.

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  3. Acrescento ao “Há que matar: o cão ou o dono” (não era para ser interrogação, mas é indiferente)
    Pela última resposta - sem dúvidas sobre a imbecilidade - fiquei crente de ser mal interpretado. Não, não sou um fanático da defesa dos animais. E recordo Hitler, esse sim, um fanático da Natureza e grande defensor de borboletas e andorinhas. A defesa da natureza, não representa humanidade.
    Entendo que um animal doméstico, tem que ser isso mesmo: um animal em perfeita convivência com os humanos. Caso contrário, não podendo ser devolvido à natureza, tem que ser “afastado” ou, não sendo possível, abatido.
    Para acabar (ou, no mínimo, reduzir) com a repetição já trivial de incidentes semelhantes, há que responsabilizar os humanos. Todos. Dos legisladores aos proprietários. Ou se proíbem tais raças, ou se determina quem e em que condições se podem possuir. Em que cada proprietário saiba que é responsável criminalmente, pelos actos do animal.
    Não posso generalizar, mas posso particularizar: todos os indivíduos que vejo a passear tais animais, têm, sem excepção - azar meu - perfil de “raça perigosa”. Razão para o título, pois temos que decidir quem “abater”
    Alberto de Freitas

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  4. Obrigado, Alberto!
    Devidamente corrigido ;)

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  5. Absolutamente sintético e brilhante o post deste comentador anónimo. Está lá tudo o resto, apenas converssa de gentinha de baixa extracção, como aliás é o caso d amioria absolutas dos proprietários de semelhantes bestas.Demandados judicialmente sem apelo nem agravo, com pena máxima por assassínio, pois é disso mesmo que se trata, é o que se pretende, e nada mais. Já agora, a maioria dos defensores do "cãozinho" nem uma palavra dizem sobre o crânio esfacelado da criança. Certamente que apoiam e batem palmas, o "cãozinho" limitou-se a mostrar as suas capacidades assassinas.

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