Bruno Simões
Declan O’Donovan disse ao
presidente da Câmara de Lisboa que já andou de táxi em todo o mundo e que não
encontrou taxistas como os portugueses.
António Costa recebeu um pedido
inesperado do embaixador da República da Irlanda em Portugal, Declan O’Donovan.
Durante uma ronda de perguntas, no final do almoço-conferência de hoje, do
American Club of Lisbon, em que o autarca lisboeta foi orador, o embaixador
irlandês começou por dizer que Lisboa “é uma cidade magnífica”, com um “óptimo
turismo”. O embaixador sublinhou que viaja, na capital, de “metro, de comboio,
de autocarro”.
Depois desta introdução,
O’Donovan fez um pedido inesperado a Costa: “pode fazer alguma coisa para educar
os taxistas?”. O embaixador sustentou que conheceu alguns em “Nova Iorque, Nova
Deli, Goa, Bombaim, Londres, Dublin, Tóquio, Varsóvia”, e em nenhum desses
locais viu taxistas como os portugueses.
Declan O’Donovan sugeriu que
esse programa educativo pudesse resolver alguns problemas “terríveis”. Costa,
que se riu com a pergunta, foi telegráfico a responder. “É uma excelente
sugestão. Ainda esta semana a AR aprovou um novo diploma que regula o acesso à
actividade de taxista, e acho que isso vai criar boas oportunidades para
podermos melhorar o serviço de táxis na cidade de Lisboa”.
Título e Texto: Bruno Simões, Jornal de Negócios, 25-01-2013
Comentários:
“Noutro dia eu e um colega de
trabalho norueguês entramos num táxi, no aeroporto, e como falávamos em norueguês,
eu aproveitei e disse a morada com sotaque estrangeiro, o taxista para ir para
o Tivoli, no Parque das Nações, estava a ir pela Segunda Circular e depois
cortou para a Av. da República. Quando lhe perguntei, em português, a razão de
tal trajeto, ficou todo atrapalhado e parou o taxímetro. Por isso defendo, como
em muitas cidades, um preço fixo do aeroporto para qualquer hotel em Lisboa.”
“Os taxistas de Lisboa são
muito maus. Mas os que estão no aeroporto são os piores: Malcriados, recusam
serviços, protestam por uma pessoa ir para o centro da cidade, pois estão
sempre à espera de alguém que vá para Leiria, ou para Beja. São pessoas reles,
que muito prejudicam o turismo em Portugal. Prejudicam-se também a eles
próprios. Só quando se é exposto à macriação, mal disposição, e arrogância dos
taxistas é que se compreende porque é que com um aeroporto tão central tanta
gente insiste em ter a família a ir buscar ao aeroporto. É que a experiência é
mesmo muito má.”
Sempre que regresso de viagem, opto por apanhar o táxi no piso das partidas. O facto de viver perto do
ResponderExcluirlargo do Saldanha, não aconselha a outra alternativa
Alberto Freitas