Lula compareceu ao lançamento
de livro sobre cinco espiões cubanos, em Havana
Francisco Vianna
A agência de notícias
espanhola EFE (*) diz que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, foi à
Havana em companhia do jornalista Fernando Morais, para o lançamento do seu
livro “Os Últimos Soldados da Guerra Fria”, que versa sobre os cinco agentes
cubanos condenados nos Estados Unidos por espionagem. Durante o ato, na “III
Conferência Internacional Pelo Equilíbrio Mundial”, o ex-governante brasileiro
não abriu a boca para dizer qualquer coisa e nem tampouco fez declarações à
imprensa.
Lula, o “intelequitual”... |
Para ontem, quarta feira,
estava programado um pronunciamento seu numa conferencia magistral antes do
encerramento da conferência do foro, que reúne em Havana uns 600 assistentes
estrangeiros de 44 países, entre eles, os ex-presidentes da Guatemala, Álvaro
Colom, e o da República Dominicana, Leonel Fernández, além de intelectuais e
especialistas.
Na apresentação do livro de
Morais, o representante do politiburo comunista cubano, Ricardo Alarcón,
destacou que “Lula sempre esteve e sempre estará onde as causas de nossos povos
da América Latina reclamarem a sua presença”.
Com relação à obra do
jornalista brasileiro, Alarcón destacou que esta primeira versão em espanhol
castelhano “surge quando dela se requer mais urgência”, quando o caso dos
agentes cubanos vai passar pelo procedimento de apelação extraordinária ou
“habeas corpus”, o último recurso perante o sistema judicial estadunidense para
se recorrer à anulação ou modificação de suas condenações. Segundo o
funcionário cubano, a essência dessa última instância judicial “é a de exigir
do governo estadunidense que ponha fim à ocultação de provas que o obligariam a
por os condenados em liberdade sem maiores protelações, a todos e a cada um
deles sem exceção”.
Os cubanos: René González,
Gerardo Hernández, Ramón Labaniño, Fernando González e Antonio Guerrero foram
presos nos EUA em 1998 quando o FBI desmantelou a rede “AVISPA” e foram
condenados com altas penas de prisão em 2001 por conspirar e agir como agentes
estrangeiros sem notificar o governo estadunidense. No caso de René González,
após cumprir 13 anos de sua sentença, saiu da prisão em outubro de 2011, mas
ainda não pode regressar a Cuba porque cumpre três anos de liberdade
condicional nos EUA.
Os “cinco”, como são chamados
em Cuba, onde são considerados “heróis antiterroristas”, admitiram ter sido, de
fato, agentes do governo cubano, mas que espionavam “grupos terroristas de
exilados que conspiravam” contra o regime comunista da ilha-cárcere dos
Castros.
Título e Texto: Francisco Vianna, 31-01-2013
(*) A agência EFE é um serviço de notícias internacional fundado em 1049, na Espanha. É a quarta maior agência de notícias do mundo, primeira em idioma espanhol e principal provedor de serviços informativos para os meios de comunicação (imprensa escrita, rádio, TV e Internet) nos países de língua espanhola. A agência emprega mais de três mil profissionais de 60 nacionalidades e distribui cerca de 3 milhões de notícias ao ano a mais de dois mil meios de comunicação nos cinco continentes, através de uma rede de mundial de jornalistas, 24 horas por dia, de mais de 180 cidades de 110 países com quatro redações centrais em Madri, Bogotá, Cairo e Rio de Janeiro. Em 2001, lançou um serviço em português, comandado da redação central do Rio de Janeiro. É uma S/A cujo controle acionário é do estado espanhol. Em 1995, recebeu o Prêmio Príncipe das Astúrias de Comunicação e Humanidades.
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