Todos que me conhecem sabem
que eu sou “apartidário”. Isso não significa, contudo, que eu esteja alienado
de tudo o que acontece ao meu redor e que não esteja atento a essa enxurrada de
ações administrativas, todas elas voltadas a suprimir direitos. Abriu-se o
“Saco de Maldades” banalizando a sacanagem. Essas pessoas que estão sendo
atingidas têm famílias, tem aspirações, tem desejos, tem necessidades e,
principalmente, “direitos”.
A cada semana tomamos
conhecimento de novas medidas tomadas pelo Banco (Banrisul) e pela Fundação
(Fundação Banrisul de Seguridade Social), todas elas sobrepondo a diluição de
riscos e a manutenção de cenários, para que tudo continue exatamente como está,
ao bem-estar e tranquilidade de funcionários do Banco e participantes e
assistidos da Fundação.
Estamos atravessando uma fase
de pós-modernidade, com gente reinventando a roda, apostando na reengenharia,
gestão, governança e outros tra-la-lás da neo-gestão. Convém lembrá-los: -
Anotem os nomes desses gênios da maldade para que nunca sejam esquecidos desses
seus feitos e malfeitos. Qualquer hora cruzarão com você na rua. Eles estão
contando com a sua habitual alienação e com a banalização de suas maldades e do
seu esquecimento.
O período de festas de fim de
ano já acabou. O período de férias forenses está terminando. As férias
escolares estão quase no fim. O período de Carnaval está quase chegando. Enfim,
estamos praticamente retomando um novo Ciclo.
Portanto, caro colega,”
Acorde” ou “A Corda”… Está tudo se encaminhando para o errado, com o “capim
comendo a vaca”, “o poste fazendo xixi no cachorro”, “a banana comendo o
macaco”, “o rato correndo atrás do gato”, “os técnicos contratados mandando no
patrão”.
Não é a toa que, em
determinados momentos, o meu cérebro, supostamente ainda racional, se recusa a
compreender tudo isso que está acontecendo à minha volta, aos olhos (cegos?) de
quase todos os representantes sindicais.
O primeiro choque de realidade
sobre os efeitos não tão profiláticos dessas medidas que vêm sendo tomadas,
virá quando a “Lei” falar mais alto e os interesses dos colegas atingidos,
assim como dos participantes e assistidos forem trazidos de volta ao primeiro
plano.
Sem dúvida, esse olhar
“estrangeiro e passageiro” com comprometimentos políticos, que ganhou muita
força nesses últimos anos, contribuiu muito para desvalorizar, simbolicamente,
“a pessoa e o espírito da previdência”. Há um universo complexo de questões
específicas relativas ao Sistema Previdenciário que precisa ser mais bem
debatido e entendido e enfrentado e que nem sempre se presta a
generalizações ou simplificações, como se pretende dar.
Para fazer frente a esse
quadro de esquartejamento que se avizinha, do “descompromisso”, do “saco de
maldades” e, para criar um campo favorável para que todos os envolvidos
aprendam, é fundamental que as Entidades Sindicais e Representativas atuem como
tal – e não como mais um braço ou correia de transmissão política – e sejam
incorporados como interlocutores importantes nessa construção – do direito
adquirido, do respeito à pessoa e as Leis.
Isto certamente trará o foco
para o que ocorre de fato neste momento com a nossa Fundação. Quando se
iniciaram esses estudos técnicos (?) a respeito desse derradeiro “golpe” a ser
aplicado na Fundação, com a criação desses já famigerados novos planos
previdenciários, em um primeiro instante fiquei abalado e não acreditando em
tudo o que ouvia. Aos poucos fui reorganizando a minha cabeça e resolvi agir. O
resultado dessa reação está chegando com a Ação Cautelar já em curso.
A política adotada pela
Direção da Fundação e do Banco - sugerida pelos técnicos de plantão - para
consertar as inconsistências atuariais do nosso Plano Previdenciário, motivadas
pelos DESCARADOS DESVIOS DE NOSSOS RECURSOS GARANTIDORES, com improvisações,
remendos e puxadinhos, está nos levando a um beco sem saída e que deve atingir
em torno de 13 mil famílias. Ninguém está se importando com isso, com os
reflexos causados e com as milhares de novas ações judiciais que estão sendo
plantadas pelos atuais dirigentes da Entidade e do Banco e que estourarão já no
próximo ano. Vão dizer e alegar que a culpa é dos aposentados.
Embora sejam o instrumento mais
preciso de comunicação que a humanidade já produziu, as palavras permitem um
largo espaço de interpretação e utilização. Quando ouvimos alguém, tratamos de
entender o que pretende transmitir. Aí então o diálogo se inicia e prossegue.
Se, ao contrário, o locutor só admite a forma que considera ideal e
conveniente, omitindo as “falcatruas” e desvios de recursos, o diálogo se
rompe.
É a recusa da verdade no
debate! É a recusa da fala do outro! É a negação da sua palavra!... Resta então
somente o caminho do Judiciário!
Grande abraço!
Wilson Verissimo, 23-01-2013
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