Miguel Castelo Branco
A sondagem hoje saída merece
algumas considerações. Aceitando de barato que as empresas de sondagens não
obedecem a ditames estranhos à ciência estatística e que os interrogados foram
aleatoriamente interpelados através de um racional que exprime a constituição
do universo social português, estamos perante espantosos resultados. A
coligação PSD/PP iguala o PS no momento mais crítico da legislatura, deixando
supor que, de facto, o PSD+PP sairão com vantagem concorrendo em lista única ou
candidaturas separadas. Os 3% do PP serão, como em repetidos actos eleitorais,
o dobro das intenções expressas em inquérito, pelo que o PP do táxi será, no
mínimo, um desses novos táxis-carrinha. Os 3% de "outros" e 9% de
brancos e nulos não são, decididamente, eleitores desafectos ao governo, tudo indicando
encontrarem-se em reserva expectante perante o executivo reconfigurado.
Concorrendo em listas
separadas, os 32% do PSD e os 6% do PP abeiram os 40%. Se, porém, as duas
forças que apoiam a actual maioria concorressem em listas conjuntas, esses 39
ou 40% permitiriam aspirar a uma nova maioria, dada a fragmentação da oposição.
A palavra de ordem para a
maioria deverá ser "aguentar", perseverar; ou, em maré de hegemonia
germânica, ausharren.
Título, Imagem e Texto: Miguel Castelo Branco, Combustões,
02-8-2013
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