António Costa e Rui Rio |
A primeira estranheza foi ver
António Costa numa conferência sobre "A política, os políticos e a gestão
dos dinheiros públicos", (?!) organizada pela TSF e pela Ordem dos
Técnicos Oficiais de Contas. E previsivelmente, sendo que de «gestão de
dinheiros públicos» Costa conhece apenas a alínea que conhecem todos os
socialistas, de atirar dinheiro sobre os problemas invocando a «solidariedade»
e «as pessoas», foi sobre outras coisas que se pronunciou.
Já nos tinha explicado que ser
rico é melhor que ser pobre. Já esclarecera que quer outra política que não
esclarece qual seja. Agora, explicou que uma maioria absoluta é melhor que uma
maioria relativa, porque a experiência lhe recomenda que só deve negociar em
posição de força.
Com quem? Ora, com Rui Rio,
que ali estava de iludido útil, de braço dado com Costa, e, afinal, saiu
menorizado.
Precalço, triste figura, sem
dúvida. Mas pouco importa: Rio ama os consensos mesmo negociados em fraqueza.
Consensos a todo o custo. Consensos que empastelem a política, eliminem a
alternativa, façam crescer os extremos, e gastem sem contraditório.
Já não bastava o desastre que
nos garante a alternativa a Passos Coelho. Temos, também, no partido do
governo, quem se preste a subscrevê-la.
Título, Imagem e Texto: José Mendonça da Cruz, Corta-fitas,
22-07-2014
O cara à esquerda está como presidente da Câmara de Lisboa,
e de lá ele é candidato a secretário-geral do Partido Socialista – no caso
deste partido vencer as próximas eleições legislativas o SG será nomeado
primeiro-ministro – quer dizer, não faz outra coisa do que campanha eleitoral.
Além disso continua como comentarista (ou coisa que o valha) num programa
televisivo… super exposição midiática, pegou?
Ninguém questiona a moral e
ética desta peça… sabem? Ele é socialista, de esquerda, uma pessoa boa. Portanto, acima de questiúnculas
paroquiais. Afinal, vale tudo para derrotar a Direita, que só tem pessoas más.
Se fosse uma pessoa má que estivesse agindo como essa peça
socialista, pessoa boa, já estaríamos
cansados de assistir logo na abertura dos telejornais à “denúncia” da
imoralidade… o BE já teria requisitado a audição da mãe Joana… o PCP e a sua
filial sindical já teriam lotado autocarros para vir manifestar em Lisboa
contra, sei lá!, pode ser Pacto de Agressão contra a Moral e os Bons Costumes
Nacionais… ah! e não esqueçamos a revista Visão que, com toda a certeza, já
teria publicado uma extensa e profunda matéria, de dez páginas, assinada por
Miguel de Carvalho, que nos revelaria que o Fulano (a pessoa má em questão) quando tinha uns dez
anitos furtara da Tasca do Seu Almeida Saqueiro, três berlindes!
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