Imagine a seguinte situação:
um local de reverência às vítimas do Holocausto é invadido por um skinhead, com
o único intuito de escarnecer a tragédia que se abateu sobre os judeus.
Após ser duramente criticado por frequentadores do lugar, o skinhead se diz
vítima de “intolerância”.
Também podemos realizar outro
cenário: um local de culto aos escravos é invadido por um militante da Ku Klux Klan. Expulso do
ambiente, o racista reclama de “falta de democracia”.
Se você achou tais situações
hipotéticas descabidas, saiba que algo assim ocorreu no dia 18 de julho, quando
um auto-denominado “artista baiano”, Yuri Tripodi, invadiu uma Igreja com uma calcinha enfiada no rabo. Tanto
a calcinha como o rabo são dele, mas a Igreja, a Catedral da Sé, em São Paulo,
é com certeza um lugar importante para seus fiéis.
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O segurança abordou Yuri e
pediu que ele se retirasse Foto: Rafael Amambahy/Divulgação
|
Obviamente, Yuri praticou um crime de ultraje a culto, conforme previsto no Art. 208:
Escarnecer de alguém
publicamente, por motivo de crença ou função religiosa; impedir ou perturbar
cerimônia ou prática de culto religioso; vilipendiar publicamente ato ou objeto
de culto religioso:
Pena – detenção, de um mês a
um ano, ou multa.
Parágrafo único – Se há
emprego de violência, a pena é aumentada de um terço, sem prejuízo da
correspondente à violência.
É claro que, mesmo cometendo
uma mistura de crime com afronta, Yuri ainda teve o cinismo de dizer o
seguinte:
Recebi mensagens no Facebook
com discurso de ódio e violência, além de homofobia, me chamando de “viado”,
“aidético”. Dizem que se estivessem lá, eu não teria saído vivo, entre outras
coisas. Que paz e amor cristãos são esses, se não respeitamos uma ideia
diferente sobre a forma de lidar com o mesmo material simbólico? O ato não foi
agressivo, não escarneci ninguém em sua crença. Simplesmente estava vestido com
uma roupa que não é considerada adequada, mas o que é adequado? E se eu tivesse
a fé que eles têm e estivesse de luto por alguém com aquela roupa?
A sordidez impera no discurso acima. Depois de fazer uma provocação acintosa aos sentimentos dos religiosos, o sujeito consegue o efeito desejado: atrair a ira de parte dos que foram ofendidos. Tudo para que ele possa se fingir de vítima e esconder seu crime, além, é claro, de usar uma instância de chantagem emocional ao falar “E se eu tivesse a fé que eles têm e estivesse de luto por alguém com aquela roupa?”. Fico imaginando que pessoa gostaria de ser homenageada por “luto” com uma palhaçada dessas. Ademais, o nível de cretinice segue à estratosfera, pois qualquer pessoa pode estar de luto em qualquer momento, ofendendo outras pessoas ou não, praticando crime de ultraje a culto ou não. Isso não muda o fato de que não há justificativa moral para invadir ambiente alheio e ofender as pessoas do recinto, principalmente quando há lei para protegê-las disso.
Claro que não se deve endossar
ameaças à integridade física de ninguém, mas também deve ser óbvio para
qualquer pessoa intelectualmente honesta que Yuri fez de tudo para ofender
pessoas ao máximo, a ponto de fazer algumas delas lançarem ofensas e ameaças
contra ele. É evidente que ele não é nenhum “coitadinho”, mas um
estrategista que entende as reações de pessoas provocadas como se fosse um
prêmio. É o mesmo naipe de gente que ofende a polícia para ser preso e depois
se dizer “vítima de fascismo”.
Yuri é um retrato dos
militantes de extrema-esquerda que partidos deploráveis como PT, PCdoB e PSOL têm
conseguido amealhar em suas sessões de doutrinação escolar em áreas de Humanas
nas universidades. O exército montado por esses partidos socialistas é
perigoso por conter gente como Yuri: pessoas que se submetem às maiores
baixarias possíveis e são capazes de fazer uma expressão angelical até enquanto
estão cometendo um crime. Para piorar, indivíduos assim, especialmente quando
são funcionais, agem como se nada tivessem a perder.
Título, Imagem e Texto: Luciano Henrique, Ceticismo Político, 26-07-2014
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