quinta-feira, 31 de julho de 2014

Putin: o novo líder bolivariano?

O presidente da Rússia, Vladimir Putin, confessou à agência cubana “Prensa Latina” que no momento atual uma “aliança estratégica” com a América Latina é absolutamente “chave” para a política externa da Rússia.
Como se sabe, o governo russo está isolado internacionalmente por sua agressão contra a Ucrânia.

Em Fortaleza e Brasília, na recente cúpula “Brics 2014”, Putin [na foto ao lado de Cristina Kirchner] reuniu-se também com mandatários bolivarianos

O herdeiro do império soviético empreendeu então um giro pela América Latina, à qual enigmaticamente qualificou como “espiritualmente muito próxima” da Rússia, lembrou o sanguinário “Che” Guevara e o socialista Salvador Allende, entrevistou-se em Cuba com os irmãos Castro, prestando homenagem ao “soldado internacionalista soviético” e perdoou 90% da dívida cubana com a União Soviética, prometeu ajuda financeira à presidente da Argentina e ofereceu equipamentos militares à presidente do Brasil.

Assim como no mundo da moda se usam as passarelas, Putin, no mundo da política latino-americana, se pavoneou ao longo da passarela publicitária cuidadosamente preparada, para se projetar como uma espécie de substituto “espiritual” do falecido líder bolivariano Hugo Chávez, do decrépito Fidel Castro, de um Lula cada vez mais amarelado, de Rousseff e Kirchner declinando nas pesquisas e de um Mujica repugnante.

Putin veio à América Latina para procurar apoio, apresentar-se como um aliado regional e incentivar o decadente “eixo do mal” chavista-bolivariano. Tudo correu para ele em céu de brigadeiro, praticamente sem sobressaltos. De repente, pouco depois que o líder russo partiu da América Latina, produziu-se na Ucrânia a brutal derrubada do avião da Malaysia Airlines.

Os principais suspeitos do brutal crime aéreo são separatistas pró-russos apoiados e armados por Moscou.

Para os habitantes de América Latina, que acolheram Putin sem sobressaltos, de uma maneira bastante indolente, a tragédia do avião derrubado presumivelmente por separatistas pró-russos deveria constituir um tema de reflexão sobre os riscos de uma aliança socialista anti-ocidental e anti-norte-americana com o herdeiro do império soviético e pretendente à sucessão do império chavista.
Título e Texto: Destaque Internacional
Tradução: Graça Salgueiro, ABIM, 31-07-2014

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