segunda-feira, 28 de julho de 2014

Guerra israelo-palestina: Um dia sangrento e a ladainha macabra de sempre

Reinaldo Azevedo
O primeiro-ministro israelense, Benyamin Netanyahu, criticou o pedido incondicional de cessar-fogo feito pelo Conselho de Direitos Humanos da ONU. E fez muito bem. Na prática, o Conselho ignora os ataques de que Israel é vítima e atribui ao país a responsabilidade única pelo conflito. Não dá mais para aceitar esse tipo de delinquência política.

Nesta segunda, cinco palestinos foram mortos no sul de Israel. Ataques a um campo de refugiados e a um hospital, em Gaza, fizeram pelo menos 12 mortos e 40 feridos. O Hamas acusa Israel. O governo israelense, por sua vez, nega a responsabilidade e diz que se tratou de fogo amigo: os mísseis teriam sido disparados pela própria Jihad Islâmica, um dos grupos terroristas que atuam em Gaza. Israel não costuma mentir sobre suas ações.

No dia com o maior número de baixas civis israelenses, quatro pessoas morreram no distrito de Eshkol em razão da queda de um míssil: oito outras estão feridas, quatro em estado considerado “crítico”, com risco imediato de morte, e quatro em estado grave. O Hamas comemorou com entusiasmo o seu feito, coisa que, obviamente, não vai chamar a atenção de ninguém, nem da ONU.

É uma tolice e uma perda de tempo imaginar que o esforço para isolar Israel, jogando contra o país a opinião pública mundial, irá demovê-lo de se defender. A hesitação em dar início à incursão terrestre em Gaza levava em conta o desgaste certo. Àquele que não resta alternativa a não ser se defender, a margem de manobra se estreita brutalmente.

Se Israel se vergasse a esse tipo de pressão, já não existiria como país. Também mentem os tolos — ou os de má-fé — ao sustentar que o país precisa do sinal verde dos EUA para se defender. A esta altura, está claro para a sociedade israelense que há um de dois caminhos: enfrentar o inimigo ou sucumbir. Parte considerável do mundo prefere fechar os olhos para os mísseis do Hamas, para a natureza da sua luta — que recorre a escudos humanos — e para seus propósitos: quer o fim de Israel. Está em seus estatutos.

A Israel cabe ficar de olhos bem abertos. Para enfrentar, inclusive, o hábil trabalho de manipulação de opinião pública que coloca o país como vilão.
Título e Texto: Reinaldo Azevedo, 28-07-2014

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