Numa rápida análise, quando
olhamos a imensidão do território nacional, as suas inúmeras riquezas minerais,
a existência de uma única língua, a ausência de confrontos internos e de
hecatombes e uma série de outras obviedades, qualquer indivíduo de curta
inteligência poderia afirmar que um dia o País estaria entre as grandes nações.
Recordamos que na década de 40
do século passado, a alcunha de "País do Futuro", criada por Stefan
Zweig, escritor, romancista, poeta, jornalista e biógrafo austríaco de origem
judaica, se tornaria um apelido para o Brasil...
Como tantos, imaginávamos que
apesar de carnavalescos, jeitosos ao absurdo, amantes dos feriados, com damas
de imenso traseiro e sensual rebolado, iríamos futuramente nos destacar entre
as grandes potências.
Contudo, lá vamos nós aos
trancos e barrancos.
Por quê? Não somos sérios? Só
Deus sabe.
Fomos a última nação da
América do Sul, quiçá do mundo, a abolirmos a escravidão. Idem, com o Plano
Real, fomos o último país da área a vencer a inflação galopante que assolava em
particular a região Sul.
Lembramos que em priscas eras
o Brasil foi um dos batalhadores pela criação do Estado de Israel, e um dos
primeiros países a reconhecê-lo em 1949.
Hoje, nos bandeamos para o
outro lado, somos contra Israel e, portanto, favoráveis às muçulmanas entidades
terroristas.
Para os israelenses hoje somos
um “anão diplomático”, um arremedo que acredita ser o porta- voz do comunismo e
defensores do Hamas, do Hesbollah, do Jihad, das FARCs e outras organizações
terroristas. Nada a estranhar, pois temos paixão pelos nossos honoráveis
terroristas.
Acreditamos que a repulsa de
Israel para as providências nacionais em relação aos seus últimos confrontos
com os palestinos, não decorra apenas dos atuais destemperos, pois as relações
exteriores de Israel devem ter acumulado com ojeriza uma série de procedimentos
da nossa política externa, que através da abominável diplomacia do ex-presidente
cerrou simpatias com outras ditaduras e com o ex-presidente do Irã, aquele que
afirmou que o “holocausto não existiu”.
Assim, em diversas
oportunidades, ficou nítida a intenção do Brasil atual em desmoralizar o estado
israelense.
Acreditamos que a contundente
resposta de Israel traduziu a sua revolta por várias posturas nacionais, que
explicitamente atacavam aquele governo.
Portanto, quando analisamos as
razões de não atingirmos no cenário internacional uma posição de destaque,
verificamos que somos sadomasoquistas e, seguidamente, pela má escolha de
nossos representantes, damos tiros em nossos pés.
Sabemos que no início deste
século, as oportunidades para o desenvolvimento econômico do País foram
auspiciosas, tanto que apesar das péssimas gestões, conseguimos alguns índices
favoráveis em nosso PIB, mas nada mais do que o da maioria dos BRICs, e, pelo
contrário, com as proverbiais incompetências, ficamos na sua rabeira.
Contudo, a seguir foi tal o
marcar passo econômico, que hoje se discute se estamos ou não entrando em
recessão.
Ao que tudo indica, se a
neurônio for reeleita, continuaremos a ser um País de futuro incerto e
duvidoso, e como declarou à época o embaixador brasileiro na França, Carlos
Alves de Souza, “O Brasil não é um país sério”, confirmando que seremos o
“eterno País sem seriedade”, do navio que não navega, do trem-bala invisível, do
abominável Doutor Honoris Causa,
do...
Título e Texto: Gen. Bda Rfm Valmir Fonseca Azevedo Pereira,
Brasília, DF, 28 de julho de 2014
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