segunda-feira, 28 de julho de 2014

Um país de futuro incerto e duvidoso

Valmir Fonseca Azevedo
Numa rápida análise, quando olhamos a imensidão do território nacional, as suas inúmeras riquezas minerais, a existência de uma única língua, a ausência de confrontos internos e de hecatombes e uma série de outras obviedades, qualquer indivíduo de curta inteligência poderia afirmar que um dia o País estaria entre as grandes nações.

Recordamos que na década de 40 do século passado, a alcunha de "País do Futuro", criada por Stefan Zweig, escritor, romancista, poeta, jornalista e biógrafo austríaco de origem judaica, se tornaria um apelido para o Brasil...

Como tantos, imaginávamos que apesar de carnavalescos, jeitosos ao absurdo, amantes dos feriados, com damas de imenso traseiro e sensual rebolado, iríamos futuramente nos destacar entre as grandes potências.

Contudo, lá vamos nós aos trancos e barrancos.

Por quê? Não somos sérios? Só Deus sabe.

Fomos a última nação da América do Sul, quiçá do mundo, a abolirmos a escravidão. Idem, com o Plano Real, fomos o último país da área a vencer a inflação galopante que assolava em particular a região Sul.

Lembramos que em priscas eras o Brasil foi um dos batalhadores pela criação do Estado de Israel, e um dos primeiros países a reconhecê-lo em 1949.
Hoje, nos bandeamos para o outro lado, somos contra Israel e, portanto, favoráveis às muçulmanas entidades terroristas.

Para os israelenses hoje somos um “anão diplomático”, um arremedo que acredita ser o porta- voz do comunismo e defensores do Hamas, do Hesbollah, do Jihad, das FARCs e outras organizações terroristas. Nada a estranhar, pois temos paixão pelos nossos honoráveis terroristas.

Acreditamos que a repulsa de Israel para as providências nacionais em relação aos seus últimos confrontos com os palestinos, não decorra apenas dos atuais destemperos, pois as relações exteriores de Israel devem ter acumulado com ojeriza uma série de procedimentos da nossa política externa, que através da abominável diplomacia do ex-presidente cerrou simpatias com outras ditaduras e com o ex-presidente do Irã, aquele que afirmou que o “holocausto não existiu”.

Assim, em diversas oportunidades, ficou nítida a intenção do Brasil atual em desmoralizar o estado israelense.

Acreditamos que a contundente resposta de Israel traduziu a sua revolta por várias posturas nacionais, que explicitamente atacavam aquele governo.

Portanto, quando analisamos as razões de não atingirmos no cenário internacional uma posição de destaque, verificamos que somos sadomasoquistas e, seguidamente, pela má escolha de nossos representantes, damos tiros em nossos pés.

Sabemos que no início deste século, as oportunidades para o desenvolvimento econômico do País foram auspiciosas, tanto que apesar das péssimas gestões, conseguimos alguns índices favoráveis em nosso PIB, mas nada mais do que o da maioria dos BRICs, e, pelo contrário, com as proverbiais incompetências, ficamos na sua rabeira.

Contudo, a seguir foi tal o marcar passo econômico, que hoje se discute se estamos ou não entrando em recessão.

Ao que tudo indica, se a neurônio for reeleita, continuaremos a ser um País de futuro incerto e duvidoso, e como declarou à época o embaixador brasileiro na França, Carlos Alves de Souza, “O Brasil não é um país sério”, confirmando que seremos o “eterno País sem seriedade”, do navio que não navega, do trem-bala invisível, do abominável Doutor Honoris Causa, do...
Título e Texto: Gen. Bda Rfm Valmir Fonseca Azevedo Pereira, Brasília, DF, 28 de julho de 2014

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