Caros participantes e
beneficiários do AERUS,
Suportei nestes últimos
dias uma pressão enorme por parte de amigos e beneficiários do AERUS, com a
finalidade de que este presidente da APRUS viesse a comparecer em assembleias
promovidas pela FENTAC e SNA em alguns estados do BRASIL…
Existem ações tomadas que somente
quem tem a certeza e convicção do que faz, assume com a tranquilidade do
seu conhecimento, visto que a angústia, insegurança,
ressentimento em que nos encontramos, nos faz há muito tempo, caminhar por devaneios
ao sermos apresentados a um conjunto de fatos e palavras que são novas
para nós, e é parcialmente substituído por novas fantasias que podem tender
para o pessimismo ou para o otimismo mas dificilmente para a realidade.
Tendo recebido as informações
oriundas de colegas que considero de seriedade ímpar, não me surpreendi do que
ocorreu em cada assembleia, pois o “conjunto de informações” que foram passadas
quanto a parte técnica processual não poderia deixar de ser a que tenho
conhecimento por acompanhamento obrigatório que o estatuto da APRUS me
obriga, isto é, zelar pelos interesses dos participantes e beneficiários do
AERUS.
Outros comentários
infelizmente ocorridos tais como:
- de que o desembargador
poderia entender que nossa urgência na análise dos nossos processos poderia ser
prejudicada pela divulgação pelo Sr. Pereira quanto aos pagamentos do plano I
até dezembro de 2014;
- que a defasagem tarifária
está parada porque o governo teme a jurisprudência que permitam novas ações
pelos mesmos motivos e outras falhas de ações governamentais;
- de que existem vários fundos
em igual situação e de que a UNIÃO se fosse atender a todos iria ter que
dispender cento e cinquenta bilhões de reais;
Como sempre deixei claro
a todos, que a APRUS sempre trabalhou com informações sérias e reais, e
exatamente por isto, não julga prudente participar nem alimentar antigos e
novos devaneios.
Os argumentos emanados nos
três itens acima por si só já demonstram sua fraqueza, eis que o Sr. Pereira
ainda não divulgou os pagamentos do plano I até dezembro de 2014 pela inexistência
de fundos no momento atual que lhe permita assumir tal compromisso. O fato
irá ocorrer quando o fundo vier a existir, e ele está trabalhando como sempre
para isto.
O processo da defasagem
tarifária em elaboração quanto ao acordão é normal de ocorrer e está sendo
feito da mesma forma que muitos outros já ocorreram no SUPREMO, isto é, com
extrema lentidão, o que não nos permite dizer que o GOVERNO está retardando
para evitar uma jurisprudência que já foi determinada pela maioria do
SUPREMO e não pode ser alterada.
Deixo de comentar quanto a
outros fundos, pois quando é o caso, o SUPREMO obriga a quem de direito assumir
os compromissos contratuais conforme o próprio escritório do Dr. Castagna Maia
ventila em seu blog do sucesso de suas ações.
A APRUS participa de
movimentos que considera produtivos e pertinentes a nossa causa e
exatamente por isto encaminhou
desde 15 de julho de 2014 para o Secretário da PREVIDÊNCIA SOCIAL e a PREVIC,
uma proposta com a seriedade que sempre tratou nossos problemas e que buscava
evitar manobras de recusa tais como “não temos mais dinheiro este ano”
“o valor total é muito alto e não temos condições de assumir” e
assim sendo, elaboramos a proposta baixo que elimina argumentos acima, e outros;
Propomos assim de forma geral
uma solução para o problema AERUS, buscando em troca da eliminação das ações
hoje ainda existentes, obter o compromisso por parte do govêrno de assumir
via entidade a ser definida, o pagamento a partir de fevereiro de
2015, referente janeiro/15, dos valores abaixo:
a) Valores das
dívidas relativas aos participantes ativos de forma parcelada
em até 60 meses, com seus valores mensais corrigidos pela SELIC;
b) Valores das
dívidas referentes ao passado, dos assistidos e pensionistas,
até a presente data, parceladas em até 36 meses (dada a idade avançada
dos beneficiários, em sua grande maioria acima de 70 anos), com seus
valores mensais corrigidos pela SELIC;
c) Todos os planos
AERUS passariam a receber seus benefícios (complementação)
atualizados de acordo com a situação dos seus contratos.
Com a proposta acima não
haveria custos altos imediatos ao Governo e cessariam os milhares de processos
hoje existentes, desde que a proposta em questão seja aceita e decretada
(decreto lei, medida provisória, etc.) devidamente aprovada pelas áreas
competentes e com previsão orçamentária.
Salientamos que estamos
propondo um acordo geral de abrir mão de cerca de R$ 14 bi (4,5 bi da
tarifária, em fase final do acordão no STF + R$ 9,5 bi, valor estimado da terceira
fonte), em troca de R$ 8,1 bi, parcelados em até 60 meses (cerca de menos que
1% ao mês), ou seja uma folha de assistidos no valor estimado de R$ 38 milhões
mensais somados por valores estimados de R$ 65 milhões nos primeiros 36 meses e
de R$ 16 milhões nos 24 meses restantes quando voltaria aos valores da folha
inicial observando os reajustes normais anuais, valor este decrescente, visto
os óbitos esperados nesse período.
Esta proposição leva em
consideração também àqueles que na época em 2006 tivessem 52 a 55 anos ou mais
e que não tivessem solicitado sua aposentadoria, o que diminuiria os pagamentos
para os restantes dos ativos.
Caso seja considerado prudente
aguardar o julgamento do processo da terceira fonte, restará apenas a
concretização do pagamento referente a tarifária na forma proposta acima,
direcionado apenas aos planos 1 e 2 da VARIG,
recuperando parcialmente as perdas dos assistidos o que, obviamente, não
afastará do Judiciário, as milhares de ações em andamento, visto deixar em
aberto as pendências ainda dos planos VARIG planos I e II e
demais planos do AERUS inclusive TRANSBRASIL.
Não podemos deixar de
comentar para os menos esclarecidos que faz tempo que o AERUS solicitou
ao SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL, a mudança falada do polo positivo no processo de
defasagem tarifária, somente tendo sido aceita sua assistência no referido
processo. Não existe novidade que não esteja sendo observada nem pela APRUS nem
pelo AERUS que é obrigado por lei a defender nossos interesses, fato sempre
fiscalizado e observado pela APRUS que cumpre com seu papel estatutário.
Nem por isto deixamos de nos
comunicar e marcamos assim uma reunião com o AERUS e nosso advogado Dr. Eduardo
para que dúvidas fossem dirimidas.
Continuamos assim nossos
trabalhos com a mesma FÉ que nos
embala.
Título e Texto (formatação
original): Thomaz Raposo de Almeida
Filho, Diretor Presidente APRUS, 26-07-2014
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É realmente BRILHANTE o plano proposto pela APRUS. MAS, PORÉM, TODAVIA, CONTUDO, NO ENTANTO, não vejo nenhuma razão para o governo aceitar, já que para o governo, tanto faz aceitar como não, nada vai lhe acontecer.
ResponderExcluirESPERO SINCERAMENTE ESTAR ERRADO.
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