Tenho acompanhado os
acontecimentos no mundo tanto na mídia eletrônica quanto na mídia televisiva.
Tem sido desanimador ver como os nossos valores culturais e civilizacionais têm
sido relativizados e a nossa moral tem sido enxovalhada pelo marxismo cultural
que trabalha contra os interesses do Ocidente, como se vivessem nos países que,
velada ou abertamente, agem contra nós.
Um cenário típico que mostra
com nitidez o que afirmo é o conflito no Oriente Médio e a atitude da mídia
global em relação à reação de Israel contra a agressão sistemática e crescente
dos países antissemitas e antissionistas (os que querem ‘varrer Israel do
mapa’) usando o grupo terrorista do HAMAS e a gente palestina como “bucha de
canhão” em sua luta decadente contra os judeus.
A mídia internacional
ocidental é unânime em dizer que “Israel tem direito a se defender, mas...”, ou
seja, sempre um ‘mas’, sempre uma ressalva, que, no fim, dá a impressão que é o
estado judeu que agride e não o que se defende.
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Jornal "Estado de S. Paulo", 30-07-2014 |
É também desanimador ver
porta-vozes e autoridades de países que estão do outro lado do mundo e que,
amplamente desinformados do que se passa na realidade da região, saem em defesa
dos fanáticos islâmicos e contra os interesses ocidentais apenas por motivos
políticos e ideológicos. Foi o caso da vergonhosa posição do Itamaraty –
outrora uma chancelaria respeitada em todo o mundo – em relação ao conflito,
que gerou protestos dos israelenses com o Ministro das Relações Exteriores
judeu, perdendo a paciência e afirmando num desabafo que “o Brasil é um anão
diplomático irrelevante”.
Nosso governo acha que Israel
está cometendo um “massacre” ou um “genocídio” em Gaza, mas não diz a mesma
coisa da quantidade muito maior que está sendo morta no Brasil por ano, numa
guerra civil surda e não declarada ou do mesmo que ocorre na Venezuela.
Chega a dar nojo quando a
mídia diz que Israel “bloqueia a Faixa de Gaza”, quando todos os dias mais de
seis mil toneladas de mercadorias, de alimentos e remédios a materiais de
construção e eletrodomésticos são entregues diariamente a endereços nesse
território palestino.
E Israel sabe muito bem que
grande parte desse material é usada para a construção de tuneis que passam por
baixo das fronteiras com Israel e o Egito e por onde são contrabandeadas armas
e peças de mísseis enviadas principalmente pelos iranianos, além de servirem
para que milicianos do HAMAS os usem para sequestrar civis israelenses,
geralmente crianças.
Ninguém menciona, por exemplo,
nada a respeito do bloqueio egípcio da passagem de Rafat, um país muçulmano que
não deixa passar nada para esse pequeno território litorâneo do qual Israel
abriu mão em 2005 justamente para dar uma chance de os palestinos construírem
um estado de direito próprio, para isso removendo até com o uso da força todos
os israelenses que lá moravam e tinham construído suas casas.
A própria cidade de Gaza foi
em grande parte construída com dinheiro israelense para servir de dormitório
aos palestinos que trabalhavam no país, mas não queriam assumir a nacionalidade
israelense.
Chega a ser revoltante ver a
esquerda festiva tupiniquim e sul-americana – a mesma esquerda do Partido dos
Trabalhadores do Nacional Socialismo da Alemanha de Adolf Hitler, os
socialistas nazistas, e que nunca deixaram de odiar os judeus, deitarem falação
sobre a reação de autodefesa israelense como sendo um “massacre”, um
“genocídio” ou, na melhor das hipóteses, uma “ação desproporcional” no uso da
força militar.
Outra coisa é a interpretação
que dão ao termo “guerra assimétrica”, como se a assimetria no caso fosse a
infinita superioridade militar das Forças de Defesa de Israel em relação à do
grupo terrorista HAMAS, Jihad Islâmico, Irmandade Islâmica e outros que são
franquias da Al Qaeda, quando a “assimetria” consiste apenas no fato de Israel
ter Forças Armadas de um estado regular de direito e ter que lutar contra
grupos que não defendem estado algum, a não ser aqueles que financiam a luta
contra Israel usando a população palestina como bucha de canhão porque não têm
coragem de eles mesmos enfrentarem o país judaico numa guerra simétrica e
declarada. Mesmo porque, quando fizeram isso uma vez, foram fragorosamente
derrotados em seis dias.
Também é nauseante o fato de
dizerem que as FDI ferem e matam civis em Gaza, quando ali todos são civis,
inclusive os militantes terroristas desses grupos que não constituem um
exército regular. E, pior, esses terroristas covardes usam velhos, mulheres e
crianças como “escudo humano” para “protegerem suas armas” escondidas em
escolas, igrejas e até hospitais, locais de grande afluxo de pessoas.
Para esses grupos, quanto mais
pessoas morrerem melhor será para criar a má vontade de um ocidente
desinformado com relação aos judeus.
Essa mesma esquerda
carnavalesca no Brasil não se considera antissemita, mas agora mudou o termo e
se considera “antissionista”.
Ora, o sionismo é justamente o
movimento que criou o estado soberano de Israel, com todo o seu direito a
autodeterminação. O que mais estimula o ódio esquerdopata aos judeus é o fato
de esse pequeno país no Oriente Médio ter domado tão espetacularmente o deserto
e o clima muito semelhante ao nosso nordeste e ter criado ali, nessa pobre
‘Terra Prometida’ por Jeovah, um oásis de progresso e desenvolvimento humano e
conquistas científicas pelas quais o mundo atual e futuro serão eternamente
gratos.
Na verdade, para sermos
justos, temos que admitir que Israel é, hoje, um país que a comunidade
internacional não pode se dar ao luxo de perder.
Fico perplexo e apreensivo em
ver o Ocidente aceitar em seu convívio social uma multidão de muçulmanos e de
outras religiões, num pluralismo total de crenças, e não ver o resto do mundo a
ter uma atitude correspondente. Uma boa parte da sociedade israelense atual é
constituída de palestinos que lá vivem, formam famílias e prosperam. Assumiram
a nacionalidade judaica, embora não sendo israelitas, ou seja da religião
majoritária dos judeus. No entanto, essa parcela não judia tem toda a liberdade
de professar sua fé maometana com toda a liberdade nas inúmeras mesquitas
existentes em quase todas as cidades israelenses. A recíproca não é verdadeira
para judeus e cristãos. Por quê? Isso sem falar naqueles que preferem não
professar religião alguma, para os quais não há espaço no mundo islâmico. Como
isso, são mais de dois milhões de árabes que vivem e prosperam em Israel, algo
impensável ocorrer com judeus e cristãos em países muçulmanos.
Não é nada fácil lutar contra
terroristas que querem que haja o maior número de “mártires” possível. Chega a
dar náuseas quando ouço e vejo a mídia e governos de esquerda a se propor a dar
lições de moral a Israel sobre a pobre população de Gaza, quando os próprios
líderes do Hamas, eleitos por essa população, buscam o derramamento de seu
sangue para alcançar seus objetivos políticos incutindo nelas a cultura da
imolação por Allah...
Mas também começo a constatar
que tais absurdos começam também a afetar a opinião de muitos países árabes e
muçulmanos da região que estão se dando conta de que o antissemitismo violento
do Hamas e de seus grupos jihadistas, é o mesmo que age no Iraque, na Síria, no
sul do Líbano e que isso, no futuro, poderá desestabilizar a ordem interna
dentro dos seus próprios países.
O Egito, como nunca antes,
começa a dizer na mídia que o Hamas, a Irmandade Muçulmana, o Jihad Islâmico e
outros grupos terroristas que operam no Sinai, são uma ameaça a sua segurança
nacional, com a elite intelectual egípcia começando a acusar o Hamas pelo
sofrimento dos palestinos em Gaza. Só não vê isso quem está com o espírito
embotado pelo antissemitismo ou pelo esquerdismo do relativismo marxista.
Já vemos mídias árabes, como o
jornal Al-Ahram, a elogiar até o Primeiro-ministro Benjamin Netanyahu por sua
conduta na operação “Segurança da Orla”. Seu Presidente Abdel Fattah al-Sisi
bem que tentou conseguir um cessar-fogo, que foi totalmente rejeitado pelo Hamas.
Já Mahmoud Abbas, chefe da AP,
antes contrário ao Hamas, cooptou seu Fatah a assinar um acordo de unificação
com o Hamas que foi solenemente ignorado por este na primeira oportunidade,
enviando a Abbas uma mensagem de que seu “governo de faz-de-conta” é um anão
tão inexpressivo e irrelevante quanto o Itamaraty petista.
Abbas, fazendo o jogo do
Hamas, está a viajar pelo mundo a advogar sem sucesso em favor desse grupo
terrorista, a difamar Israel acusando-o de supostos “massacres”, provando mais
uma vez de que lado se situa a sua lealdade.
O Hamas já começou a frustrar
e assustar as nações árabes. Seu porta-voz, Sami Abu Zuhri declarou que “não
tem havido uma atividade oficial árabe para salvar Gaza”. O site oficial do
Hamas diz que o grupo se sente “traído pelos regimes árabes”.
Zuhri fez esta declaração
depois de uma sessão de emergência da Liga Árabe, em que a Arábia Saudita e o
Egito mandaram os palestinos resolverem suas diferenças políticas com Israel e
buscasse uma unificação com o Fatah para possibilitar direcionar a população
palestina em Gaza e na Cisjordânia a concentrar suas energias na produção de
riquezas para dar aos palestinos um PIB capaz de pelo menos suportar os
compromissos e despesas de um Estado Palestino de direito a partir da
Autoridade Palestina.
O Rei da Jordânia, por seu
lado, tem sido ameaçado há anos pela Irmandade Muçulmana e hoje pelo grupo
islâmico ISIS, uma franquia da AL Qaeda, que está na sua fronteira com o
Iraque. O seu rei, Abdullah, não permitiu que o Hamas abrisse escritório em
Amã, pois sabe que um Hamas enfraquecido é sinônimo de uma Irmandade Muçulmana
fraca.
Quando, em Camp David, nos
EUA, Israel e OLP concordaram em agir no sentido de construir na Faixa de Gaza
um Estado Palestino, que prometiam ser a “Singapura do Oriente Médio”, ao invés
de concentrarem seus esforços nesse sentido, preferiram de deixar levar pelo
nazismo incutido por sírios, turcos e iranianos e de dedicarem ao culto à
morte, ao atraso e à destruição. Preferiram concentrar suas energias,
alugando-as aos países antissionistas, e usá-las para contrabandear armas,
munição, e explosivos, construindo para isso centenas de túneis para dentro de
Israel. A liderança do Hamas poderia ter usado tais recursos para melhorar a
vida miserável da paupérrima população de Gaza. E é Israel que tem que levar
lição de moral…
Para coroar a coleção de
absurdos que tenho visto e ouvido na mídia internacional, vem a ‘pérola’, intensivamente
repetida, de que “não existe uma solução militar para o conflito
árabe-israelense”. Só mesmo um ignorante total da realidade local pode dizer
tamanha estupidez.
A única solução possível, para
o conflito – como os árabes trataram de convencer a todos – só pode ser pela
via militar, uma vez que a guerra é a única via que se segue ao fracasso da
diplomacia. A solução só surgirá com um ganhador e um derrotado que aceite os
termos da rendição, como sempre ocorreu na história da humanidade. Não houve um
só conflito na História que tenha sido resolvido de forma diferente. E Israel
custou a se convencer disso, mas agora parece decidido a resolver o problema de
uma vez por todas. Mesmo porque é impossível viver ou falar de paz com foguetes
caindo sobre suas cabeças como tem ocorrido na última década.
Os fundamentalistas islâmicos
sabem disso e se agarram desesperados à sua convicção suicida em busca de
qualquer coisa a que possam apelidar de “vitória”. Para eles, tal “vitória” seria
agora Israel tentar um improvável armistício, ou mesmo a morte do maior número
possível de “inocentes” palestinos colocados em massa nos locais onde escondem
seus arsenais e mísseis, capaz de levar a comunidade internacional a uma
intervenção que impeça Netanyahu de exterminá-los do território.
Como disse o Primeiro-ministro
Netanyahu, de forma grave e firme, “Israel só vai parar quando se convencer que
erradicou da Faixa de Gaza e da Cisjordânia, todas as pessoas comprometidas com
a destruição do Estado judaico”, e completou: “Se Israel se convencer que todas
as pessoas desse território estiverem assim comprometidas, suas forças de
defesa só pararão quando não mais existir qualquer delas vivas por lá”.
Não sou judeu, mas isso é o
que acredito que irá acontecer e com inteira justiça.
Título e Texto: Francisco Vianna, 30-07-2014
Watch this first person video on our troops as
they search a civilian house. This is how Hamas exploit the civilian arena,
this is what it looks like when our guys run in behind the terrorists. This
is what we meet.
Israel Defense Forces, Facebook, 30-07-2014
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