
No entanto, pespegar a palavra
elite à classe pobre (no caso, a ‘desgraçada’), ou à ‘vetusta’ (os idosos), é
um contrassenso, uma vez que esta palavra denota, sociologicamente falando,
superioridade ou prestígio social. Às classes marginalizadas, portanto, não se
poderia aplicar, em rigor, o termo elite. Caberia melhor o termo ‘arraia-miúda’
ou ‘gentaça’.
Mas, em se tratando do regime
petista, cabe, sim, o termo elite às classes inferiores, pois as considera
também privilegiadas. A classe pobre tem o privilégio das bolsas de tudo quanto
é tipo, além de ‘minha casa, minha vida’... Os velhinhos aposentados ganham sua
merreca para não morrer de fome – um
privilégio e tanto, considerando que a vida é um dom, mesmo que ela é penosa na
idade avançada quando o dinheiro da aposentadoria é curto para viver com
dignidade. Assim, o governo petista sente-se à vontade em retalhar a sociedade
brasileira em elites e poder. Desse modo,
mais facilmente retaliar aquelas que se opõem aos seus intentos políticos,
aplicando o famoso adágio maquiavélico: “dividir para governar”.
O tratamento que o PT dá à
elite ‘afortunada’ (empresariado) sabemos qual é: Faz de conta que a trata bem
com incentivos fiscais, mas no fundo visa seu capital e, assim, poder achacá-la
com pesados impostos no futuro. A elite ‘branca’ (classe média trabalhadora),
por sua vez, se diferencia da elite ‘afortunada’ por não receber incentivo
algum, mas tão somente ser achacada por impostos insuportáveis. A elite ‘desgraçada’
é a filha predileta do deus-pai petista, e é ela que merece os quinhões
provenientes das elites ‘afortunada’ e ‘branca’, pois rende os votos da
sustentabilidade petista no poder.
E o que dizer da elite
‘vetusta’ (os velhinhos aposentados)? Bem, só saberá dizer quem está inserido
nela. Em alguns casos é pior da dos membros da elite ‘desgraçada’, por se
encontrarem – os velhinhos aposentados –, na maioria das vezes, doentes, e os
proventos da aposentadoria não serem
suficientes para os remédios e consequente tratamento.
Sabem do sistema de castas na Índia? No sistema de classes sociais daquele país havia, ou há ainda, uma
que é totalmente desprezada e anatematizada. São os ‘párias’. Eles simplesmente
são abandonados à própria sorte. A nossa elite ‘vetusta’ aqui no Brasil se
situa neste contexto. Somos os párias brasileiros, velhinhas e velhinhos aposentados;
somos vermes desprezíveis.
Não estamos mais inseridos nos
projetos e planos do governo por uma vida satisfatória e digna. Os longos anos
de serviço à pátria nada significam; a amnésia proposital do governo os fez
desaparecer e os destituiu do significado histórico de contribuição à grandeza
do Brasil.
Já pertencemos, velhinhos amigos,
à assim chamada elite ‘branca’ (como o PT quer que se diga da classe média) no
passado. Literalmente fomos atropelados anos a fio com as exigências
contributivas de impostos que nos revoltava, não pela força de direito do
procedimento governamental, mas pela má aplicação desses recursos para um
Brasil melhor. Em qualquer nação o povo está sujeito a pagar impostos, mas é revoltante
pagar e ver que este dinheiro é malversado, sem um retorno para o benefício da
população. Daí nossa mágoa, velhinhos, porestarmos numa situação
deplorável, com uma mão na frente e outra atrás, tendo contribuído com nossos
deveres de cidadãos, e, agora, na idade vetusta, sermos párias na
estratificação social.
Nós, velhinhos e velhinhas do
Aerus, sabíamos que os proventos da aposentadoria estatal seriam miseráveis e
insuficientes para uma vida satisfatória na idade vetusta. Quais foram, pois,
nossos planos para complementar as migalhas dos proventos dessa aposentadoria?
Fundamos o nosso próprio instituto de aposentadoria privada, com o aval e garantia
do governo. Todos sabemos o que aconteceu com ele. Essa garantia do governo foi
uma falácia.
Estamos agora sem eira nem
beira, desesperados para reaver o que perdemos. E nossos apelos por justiça parecem
em vão. Este governo faz questão de tratar-nos como párias.
É notório que a aposentadoria
estatal não tem previsão de melhorias; pelo contrário, é fadada a ser cada vez
mais escassa e precária em valores, pelo aumento, e prolongamento em anos, de
pessoas que se aposentam e, principalmente, pela utilização do dinheiro do INSS
pelo governo para outros destinos escusos. Nada mais justo, pois, que os institutos
de aposentadoria privada fossem incentivados e garantidos.
Mas, como vemos, e como
vítimas que somos com o caso Aerus, isto não se confirma com a política
desastrosa do governo.
É preciso, pois, repensar e
reinventar um novo governo que faça valer as leis e as garantias da democracia,
sem distinguir a população em elites favoráveis ou desfavoráveis aos propósitos
do governo. A única elite que deveria existir com plena autenticidade e
vigência é a democrática com seus ideais de bem-estar para todos, e nada de
párias amargurando um destino deplorável e à margem da sociedade.
As eleições de outubro podem
ser um bom começo para um novo rumo para um destino mais condizente a todos os
brasileiros... Não desperdicemos a oportunidade... Digamos não aos PTiscos
oferecidos como prato principal para matar a fome da inserção social. Queremos
comer sofregamente fatias justas do bolo Brasil, e não apenas contentar-nos com
as migalhas.
Não quero mais a Dilma como
presidente do Brasil!
Excelente.
ResponderExcluirjanda
Concordo totalmente com Valdemar com relação à assaltante/guerrilheira Dilma. Mas vamos imaginar que essa maldita vença as eleições, o que poderá ocorrer porque o "zé povinho" vota nela para agradecer pela bolsa família e pelo programa de concessão de casas. Óbvio que ela dará continuidade à sua ojeriza pelos aposentados do Aerus e não fará nada para nos tirar da situação crítica que estamos. Por outro lado, se Áécio vencer, o que acontecerá conosco? Dá para fazer os piores prognósticos se considerarmos que vários colegas já fizeram apelos para que ele resolva a situação do Aerus. Dentre eles o nosso amigo/guerreiro Paulo Resende já enviou diversos e-mails. Por acaso o nobre Aécio se dignou a responder? Claro que não. Foi incapaz de dar uma resposta, o que indica que nosso drama continuará " ad eternum", vencendo Dilma ou Aécio. E agora, o que fazer?
ResponderExcluirComo manter o otimismo????
Rubens de Freitas
Hora de demitir o PT.
ResponderExcluirSe esta corja não cair, podemos enterrar a democracia e voltar a sofrer om a inflação. Já considero sair do país.
circe aguiar
Na ocasião do meu acidente sofri na pele esta propaganda da coitadeza. O sujeit que quase me matou é um negro metido a coitadinho e que recebe só de INSS, mais do que o meu amigo Jim. Ele tb deixou escapar que tem dois automóveis na garagem e se recusou a pagar o que me devia alegando que eu sou rica porque moro na Zona Sul.
ResponderExcluirComo bem sabe o meu amigo Jim, tenho uma moto das mais baratas pq não posso nem arcar com despesas de um carro. Muito menos dois. Ah, não moro na Zona Sul.
Estes coitadinhos do Lula, ganham muito mais do que eu e sequer pagam impostos.
circe aguiar