
Almocei com a TV a me mostrar
a invasão terrestre do exército israelense à Faixa de Gaza, um pequeno
território marítimo do mar Mediterrâneo que, há alguns anos, Israel abriu mão e
até retirou os israelenses de lá usando a força, na esperança de que ali
pudesse se concretizar a construção de um “estado palestino” de direito. Agora
que, graças ao HAMAS, ao “Jihad islâmico” e outros grupos antissemitas e
antiocidentais, Israel chegou à conclusão de que isso não será possível e que o
território praiano serviu apenas para a instalação de um foco de agressão
permanente ao estado judeu, suas tropas avançam em direção à cidade de Gaza, já
semidestruída – e que, em grande parte, fora construída pelos judeus como
cidade dormitório para as populações palestinas que trabalhavam em Israel, mas
não quiseram adotar a cidadania judaica –, para retomar o território e varrer
de lá seus inimigos que são usados como “bucha de canhão” por países como a
Síria e o Irã, entre outros, dedicados a ‘varrer o estado judeu do mapa’.
A derrubada de um avião de
carreira comercial por um míssil militar russo causou, de fato, um impacto
muito maior do que o avanço terrestre israelense para a retomada da Faixa de
Gaza e eliminação dos grupos terroristas que, de forma
rampante, disparam uma quantidade absurda de foguetes de “fabricação
caseira” contra a população civil de inúmeras cidades israelenses, inclusive
Tel Aviv, a sua capital. Não fosse pela eficiência do sistema de defesa dos
judeus, que fez explodir no ar quase todos os mísseis que cairiam em locais
populosos, e o número de vítimas do conflito teria decuplicado no lado
israelense.
Primeiro porque o abate de um
avião de carreira, onde os passageiros eram todos envolvidos com pesquisas
científicas sobra a AIDS, é uma ação tão estúpida e despropositada que jamais
alguém poderia prever que isso pudesse acontecer. Segundo, porque a invasão
terrestre da Faixa de Gaza era perfeitamente esperada pelo mundo que está
razoavelmente informado, uma vez que ao estado sionista não foi dada
alternativa de defesa própria e até de subsistência.
Na verdade, tanto o crime de
assassinato coletivo, desmotivado e despropositado, perpetrado ou possibilitado
pelo governo de Vladmir Putin, o envenenador – ainda não se sabe ao certo em
que categoria incluir o crime –, bem como a invasão de uma área densamente
populada onde os agressores de Israel usam a população civil como ‘escudo
humano’, são iniciativas difíceis de qualquer pessoa civilizada aprovar, apesar
de no primeiro caso ela ser amplamente ultrajante e, no segundo, pelo menos,
mais compreensível, bastando que se coloquem no lugar dos israelenses.
Em ambos os casos, o que nos
deixa perplexo é o fato de que a vida de muitas pessoas está em perigo e é
ceifada sem que elas possam fazer qualquer coisa para se defender, embora, no
caso da Palestina, qualquer um pode ter previsto o que iria ocorrer em decorrência
da agressão constante de grupos terroristas contra Israel.
Se os palestinos cutucaram
muito a “onça com vara curta”, no caso do avião da Malásia, abatido covarde e
injustificadamente pelos russos (da Rússia ou infiltrados na Ucrânia), o
inusitado foi diretamente proporcional ao ultraje em todo o mundo, até mesmo na
Rússia e no Oriente Médio.
Bastou uma manhã para que o
Ocidente, muito melhor informado, sentisse que não é mais senhor do seu
destino. Na tarde que se seguiu, os EUA viveram mais um episódio de sua
“neurose antiterrorista”, quando foi anunciado que a Casa Branca estava
bloqueada pelas forças antiterroristas empregadas em caráter de urgência depois
que uma mochila foi deixada por possivelmente algum adolescente nas suas
imediações. Logo se apurou que não havia qualquer ameaça contra a sede do
governo estadunidense.
Os especialistas em
geopolítica se dedicam a encontrar algum tipo de método e de ordem dentro de
uma situação de aparente caos, mesmo que passageira. No caso da Ucrânia, o
avião abatido pelo míssil russo, que dizem ter sido disparado contra o avião
comercial da Malásia sob a orientação de militares russos experientes, tragédia
a parte, pode ser uma estupidez do governo Putin para desviar a atenção mundial
da luta legítima dos ucranianos, que já perderam boa parte do seu território
para Moscou, por autodeterminação, pressionada pelo alegado direito da Rússia
de intervir em sua “área de influência”.
Tal “argumento”, se for
considerado válido pelo resto do mundo, permitirá tranquilamente que os EUA,
por exemplo, invadam Cuba, Venezuela, e outros antros ditatoriais socialistas
que grassam na América latina, para restabelecerem a ordem política democrática
e econômica capitalista privada em sua “área de influência”, ou permitir que a
China, por outro exemplo, anexe imediatamente Taiwan à sua soberania, mesmo
tornando a desenvolvida ilha do Mar Amarelo uma de suas “áreas econômicas
especiais”, como ao receber Hong Kong, esse grande centro capitalista
mundial, da Inglaterra ao apagar das luzes do séculos XX. Afinal a ditadura de
Pequim não é estúpida ao ponto de inibir todo o progresso capitalista dessas
“áreas” forçando a instalação de um socialismo qualquer que todos já sabem –
inclusive os chineses – a que fim tenebroso poderia chegar.
O que está acontecendo em
torno da Rússia, principalmente na Geórgia e na Ucrânia, ex-participantes
forçadas da extinta União Soviética, e no conturbado Oriente Médio, com países
árabes usando as populações palestinas como buchas de canhão numa guerra
assimétrica contra o estado judeu – que eles mesmos não têm coragem de lutar –
pode definir, no futuro mediato, qual será a atitude das potências mundiais em
relação às suas respectivas “áreas de influência”.
A se estabelecer esse conceito
como “politicamente correto”, a OTAN e a Europa terão que esquecer os países do
leste europeu e deixá-los à sua própria sorte por serem considerados dentro da
“área de influência” da “grande mãe Rússia”, um país habituado a perpetrar
grandes chacinas, seja pela fome ou pelas balas, desde seus impérios
monárquicos absolutistas até suas sangrentas e miserabilizantes ditaduras
socialistas.
Da mesma forma, o Ocidente
terá que esquecer sua vocação libertária e desistir de promover a democracia em
países que nunca a experimentaram e que provavelmente não estão preparados para
isso sob o ponto de vista de desenvolvimento humano.
Terão que se contentar em
intervir nos estados que estão sob a sua “área de influência” e acabar com os
focos de pobreza e miséria socialista como os existentes, por exemplo, em Cuba
e na Venezuela. Mesmo porque Vlad Putin e os aiatolás do Irã já estão a atuar
nesses “focos” do mesmo modo que a OTAN atua no leste europeu e na China.
Talvez o conceito de “área de
influência” seja uma saída mais segura para o mundo quanto à segurança
geopolítica e geoeconômica. O que acha o leitor?
Fica apenas a ameaça latente
de que “o socialismo acabe quando acabar o dinheiro... Dos outros”, e a
qualquer momento, no futuro, nações inteiras se tornem hordas miseráveis e
famintas produzidas pela doença socialista – como sói acontecer – disseminada
no mundo, partindo ferozmente sobre os países ricos e produtivos pela adoção do
capitalismo privado e de regimes meritocráticos, numa ação desesperada e final
que antecederá o seu desaparecimento ou, talvez, o da própria espécie humana.
Título e Texto: Francisco Vianna, 25-07-2014
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Não publicamos comentários de anônimos/desconhecidos.
Por favor, se optar por "Anônimo", escreva o seu nome no final do comentário.
Não use CAIXA ALTA, (Não grite!), isto é, não escreva tudo em maiúsculas, escreva normalmente. Obrigado pela sua participação!
Volte sempre!
Abraços./-