Olá!
Hoje, sábado, já se passaram dois
dias da reunião em São Paulo e como ninguém aqui se manifestou, tentarei fazer
um resumo sobre o que "rolou" na quinta-feira. Em primeiro lugar,
quero informar que não era para ir e cheguei a conversar com o Décio sobre isso,
devido ao problema que ainda tenho que resolver e que "mexeu" com a
minha ansiedade. Como já vem provocando "certo estrago", em princípio
achei que era melhor não ir, isso porque acreditava que não ocorreriam novidades
e, me conhecendo...! Porém, pouco antes do início da reunião, vesti a velha
camiseta do movimento AERUS/AEROS e para lá me dirigi.
A reunião não foi na sede do
SNA e para mim foi até melhor porque o local ficou mais próximo de casa. A primeira
coisa que me surpreendeu foi o número de participantes, isso porque acostumado
às reuniões passadas, realmente desta vez fui surpreendido, sendo que ao final
o Zoroastro informou que estávamos em cerca de 155 participantes. Tal número
foi bom, considerando que havia um número de participantes da TRANSBRASIL,
porém, poderia ter sido maior, pelo fato de sermos um número aproximado de 2 000
participantes na base SAO. Daí fica o alerta e o convite: sentadinhos nos sofás,
esperando a banda passar, não dará certo (logicamente excluo aqueles que
realmente não possam se locomover).
Feito este preâmbulo, vamos ao
que interessa. A reunião começou praticamente no horário com a apresentação do
Honorato., foi a vez Em seguida da fala da Graziella e foi muito longa, tanto é
que eu sem o querer querendo, pela primeira vez interrompi, dizendo que no meu
caso – e não era o único –, estava cansado de ouvir as mesmas coisas e que o
melhor era entrar no porquê havia ocorrido a convocação. Disse que para mim e
outros, o que interessava era saber o que seria feito em seguida, isso porque
estava demonstrado que o governo não nos queria pagar, e isso ficou mais
patente quando ela citou o fato (para mim já conhecido e até sobre isso já
escrevi), que não éramos os únicos nessa tragédia, e o que me surpreendeu foi
saber que o problema atinge uma quantidade enorme de planos de previdência
(cerca de 360) e que a dívida total é enorroommmeee!
Daí se pensar no fato de ao
tentar passar um boi numa porteira, acabar passando toda uma boiada.
Em seguida, foi a vez do advogado do escritório do Dr. Castagna Maia se apresentar e falar, sendo que, mais uma vez, por talvez desconhecer que já conhecíamos toda a história, mais uma vez ele foi fazendo uma retrospectiva a respeito, falando das inúmeras repactuações havidas e, infelizmente, mais uma vez eu interrompi a explanação, pelo fato de praticamente conhecermos a história e também que o tempo estava passando e assim sendo"algo"deveria ser proposto. Pedi ao advogado para que olhasse uma faixa logo atrás dele, onde estava escrito que até aquela data, já havia ocorrido cerca de 1 050 mortes e que sabíamos que as mesmas estavam acontecendo quase numa projeção logarítmica e, aproveitei para questionar a mesa, sobre o porquê não estava sendo pleiteado o envio do nosso caso à OEA.
Sobre a questão da OEA, o
advogado falou que ainda não era a hora para fazê-lo, isso porque ainda não
haviam esgotado todos os recursos jurídicos e mesmo que fosse feito, haveria dois
problemas:
1) o governo poderia alegar
impossibilidade em efetuar os pagamentos, isso porque não éramos os únicos;
2) o tempo que levaria para
todo o trâmite, isso porque a denúncia teria que começar a ser feita em Washington,
para depois ser levada à sede na Costa Rica. Inclusive o advogado citou o caso
de Carajás, exatamente para ilustrar seu raciocínio. Neste caso, apenas não
quis (e errei), argumentar que nós temos a nosso favor os direitos previstos no
Estatuto do Idoso, aliás, exatamente esse ponto foi levantado por dois
advogados conhecidos.
Outra coisa que foi abordada
de forma subjetiva, foi a questão de um acordo com o governo – ou então, o que
é muito difícil –, o governo promover o acordo no ano que vem, por exemplo. (Este
ano, esquece, devido às eleições). Quase certo dizer que seria com deságio e
inclusive tal "possibilidade" foi questionada, e diante disso como
ficaríamos? A Graziella lembrou a questão da RIO SUL e da NORDESTE quando da
liquidação, onde todos receberam um comunicado sobre reservas matemáticas e o
que cada um desejava fazer: receber a reserva com o desconto de 27,5 % para o
I.R., ou a migração para um outro fundo. De acordo com a Graziella, apenas dois
optaram pela migração. É aquilo, no dito popular: "gato escaldado, tem
medo de água fria".
Perguntariam: isso é possível
acontecer conosco? De acordo com a Graziella e advogado, será difícil
acontecer, isso porque o nosso caso é diferente, mas não impossível e que
apenas o tempo, poderá responder. Ficar atento a essa possibilidade e o que
fazer depois é de foro íntimo.
Para encerrar, a Graziella por
vezes pediu que nos mantivéssemos unidos e que haveria um maior número de
reuniões para discutir o nosso problema e que espera um número maior de
participantes para um futuro próximo. Na minha modesta opinião, o que faltou
foi um pedido de socorro a nível do que acrescentar ao que aí temos, isso
porque as negociações, com um desembargador do tipo Moreira Alves, o que
esperar?
Até mais.
Título e Texto: Waldo Deveza, 26-07-2014
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