Diretor digital da campanha de Donald Trump
acredita "que as pessoas querem ouvir os seus líderes" e questiona:
"Qual é a melhor maneira de o fazerem que não seja falarem diretamente com
as pessoas?"
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Brad Parscale falou no palco
central da Web Summit e, depois, aos jornalistas portugueses. Foto: João
Porfírio/Observador
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O antigo diretor digital da
campanha eleitoral de Donald Trump, Brad Parscale, defendeu a política seguida
pelo presidente norte-americano nas redes sociais. Em declarações à imprensa
portuguesa, no final da conferência que decorreu no palco central da Web
Summit, Parscale disse ainda ser um “fã” da utilização que Trump faz do
Twitter.
“Sou um fã de ele [Trump] usar
o Twitter. Toda a gente me pergunta: devíamos tirá-lo do Twitter? E eu
digo: quero que ele tweete o mais que conseguir, acredito que as
pessoas querem ouvir os seus líderes e qual é a melhor maneira de o fazerem que
não seja com eles falarem diretamente com as pessoas? E espero que
eles nos dêem a todos 280 caracteres para serem mais longos“, disse Parscale,
questionado pelo Observador sobre qual é a visão que tem relativamente à
utilização que o presidente Donald Trump faz da rede social.
Veja aqui as declarações de
Brad Parscale aos jornalistas portugueses:
Parscale não vê problema no
facto de Donald Trump anunciar decisões presidenciais através do Twitter. “Ele
é o presidente, a escolha é dele. Ele faz o que quiser. Se é assim que ele
pensa, deve fazê-lo dessa maneira“, disse o homem que aconselhou Trump na
campanha eleitoral, e que quer continuar a trabalhar com ele.
“Acredito na agenda 'América
Primeiro', e espero ajudar a fazer com que ela dure oito anos em vez de quatro”,
sublinhou, dizendo que gostaria de ser contactado por Trump para a próxima
campanha. “Infelizmente, ele é o meu chefe, não sou eu que sou o chefe dele.
Espero que ele me ligue. Mas se não ligar não tenho problema com isso”,
garantiu.
“Pude gastar 300 milhões de
dólares em publicidade e marketing em três meses, com um bom candidato. Que
profissional do marketing não ia querer isso? Fui abençoado e foi uma
das melhores oportunidades da minha vida“, destacou o publicitário.
Parscale deixou também duras
críticas à imprensa norte-americana por aquilo que considerou ser as “notícias
enviesadas” sobre Trump. “Acredito que os jornalistas de política, agora, se
tornaram em analistas políticos. Temos análise e opinião em vez de notícias e
informações. Não sei como é na Europa, mas nos Estados Unidos, abrimos um
jornal e em 18 artigos, 14 são de opinião”, sublinhou.
Antes, na conferência em que
participou no palco central, recordou como pediu ajuda ao próprio Facebook para
“perceber como conseguir melhores alcances e chegar aos quase 100 milhões de
dólares que conseguimos angariar através dessa rede social”. E garantiu que
Trump “é o melhor presidente que tivemos em muito tempo, mas ainda precisa de
tempo para concretizar”.
Parscale deixou ainda um
conselho para Trump, caso queira ser reeleito em 2020. Ou melhor, dois:
primeiro, continuar a fazer tweets. Segundo: “contratem-me” outra vez.
Título e Texto: João Francisco Gomes, Observador, 8-11-2017
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