Aparecido Raimundo de Souza
LULA não está preocupado
com a previdência. A previdência que se exploda, ou que se foda. Lula está atucanado
ou sobressaltado com a providência. Claro, não a divina, mas aquela providência
(providente) ou provinda de atitudes necessárias que deveriam partir de seus
amiguinhos, companheiros e apaniguados. Ele, em vida, ajudou tantos malandros,
tantos juízes, uma caralhada de promotores e desembargadores e, no entanto,
agora, que está morto e enterrado, mais enterrado que morto os “amigos fiéis”, os
cafajestes e safados lhe deram, em troca, uma banana bem grande.
Lula não gosta de banana. Prefere o abacaxi. É mais ácido e de casca
grossa, além do caldo espinhosamente cítrico. A abrolhosidade da fruta machuca e fere. Com
certeza, se um dia puder ter ao alcance das garras as epidermes ou dito de
maneira mais povão, os “coiros” dos que não lhe deram ouvidos os “caras”
ficarão em maus lençóis. Lula por agora, de imediato, quer sair da cadeia. “Cadeia
não foi feita para presidentes, ainda que eles sejam tidos como EX”. E Lula, só
para lembrar, foi o trigésimo quinto que sentou o rabo no “Palhaço do
Planoalto”.
Os dezenove dedos peleja acirradamente numa guerra desigual. De unhas e
dentes, como Dom Quixote de La Mancha, pula para tudo quanto é lado para voltar
à ativa. Seus moinhos de ventos são muitos e traiçoeiros. Diz nas entrevistas
que consegue fazer (com ordens do STJ), que a terra de Cabral é governada por “pedros
e álvares malucos”. A começar por ele, logicamente. Talvez seu maior sonho, no
momento, não seja reaver o bendito sítio de Atibaia ou o tripreis, perdão,
tlipés, não, senhoras e senhores, tiprés, triplesss (não importa) que lhe
causou tantas aporrinhações e desassossegos no cálido e ensolarado
Guarujá.
Lula tem planos mais mirabolantes. Um deles, acasalar. Fazer amor. Voltar
a rever os metalúrgicos do ABCD paulista em seus devaneios (tentando arrancar
seus dedos para pleitear uma aposentadoria imediata), e contemplar a lua linda de
São Bernardo do Campo da varanda de seu apartamento onde morou tanto tempo com
dona Mariza. Lula quer largar de ser viúvo. Essa palavra afronta seu lado macho
desde os tempos em que atirava nas suas próprias caravanas para se posar de
vítima. O tiro saiu pela “culetra” da culatra. Entretanto, mais necessário que juntar
a sua rouquidão incurável ao novo cobertor de orelha, à bela e atraente
quarentona Rosangela Silva, vem, em primeiro lugar, agregar o salário de
dezessete mil reais da simpática psicóloga para aumentar a sua renda mensal.
Lula tem “gastado” muito com advogados e as suas defesas não são baratas.
Como é do saber geral, comprar a justiça brasileira requer muita, muita,
muita grana. Os entraves que ela traz à baila, por detrás da venda, nem devem ser
mencionados. Porém, o mais imprescindível
nesse dado momento histórico para Lula é ver os cachorrinhos da polícia federal
que agora farejam seus colhões, léguas e léguas longe de seus calcanhares. Afinal de contas, Lula não é Aquiles, nem
filho do rei Peleu e menos ainda nasceu das tripas da deusa Tétis. O ponto fraco de Lula é o mi’SI’nistro da
justiça Sergio Moro. Lula quer tirar a máscara de Moro. Vocês sabiam que o Moro
usa máscara? Dizem que de seda pura, importada do Paraguai. Mas isso não vem ao
caso. Lula almeja mais: quer viver até os cento e vinte anos escritos assim
mesmo, por extenso.
É pouco para quem é pudico e nunca roubou nada de ninguém, a não ser dele
mesmo, a começar pelas falcatruas que arregimentou em seu tempo de brincar de
chefe de Estado, ou seja, de 2003 a 2011. Dizem os espíritas e videntes de
plantão, sectários de Mãe Diná e outras brufárias que adivinham e fazem
previsões, que Lula fez um pacto de sangue com o Capeta e o tinhoso lhe
prometeu vida plena e longa até os trezentos. Mais que esse numerário, não
teria como, pois necessitaria de uma vez para sempre, foder, perdão, falir com
toda a galera do PT, ou Partido dos Trambiqueiros ou dos Trapaceiros, os
senhores podem escolher a opção mais delicada ao caso.
Lula está invocado. Invocadérrimo. Pê da vida. Soltando fogo pelas
ventas como o dragão de São Jorge, que o Djavan vive pedindo emprestado. Seus
desembargadorezinhos o traíram. “Safados! Vocês me pagam. Deixa eu sair daqui. Vou
comer um por um o fígado daqueles que armaram para minha “umilde” pessoa. Promete
veementemente, mesmo tabefe, o ilustre petista de Caetés, bem lá na puta que
pariu de Pernambuco, calçar as botas que Judas perdeu e “voltar com tudo”. Lula
quer nesse “tudo”, arrancar no tapa, ou às mordidas, o disfarce de Morro,
desculpem, de Moro, e, de roldão, a de “DD” ou Deltan Dallagnol.
Quem é Dallagnol? Amigo de Moro. E quem é Moro? Amigo de Dallagnol. Ambos
inimigos de Lula. Declarados e registrados em cartório com firma reconhecida e
tudo. Segundo Lula, a sua fundação (Não o Instituto Lula) a outra, a criança
esperança de Dallagnol, não passa de uma arapuca enorme, maior que a criada
durante a sua gestão indigesta que enfiou o Brasil no atoleiro em que se
encontra embrenhado até os dias presentes. Lula está amofinado, arreliado,
entristecido e alterado com o país. “É preciso tomar providências urgentes”. E
completa: “estou preocupado com a soberania do Brasil. Governei ‘onestamente’, recuperei
o orgulho e a autoestima de um povo sofrido e depauperado’”.
Persevera mesma batida da batuta, que “dorme com a sua consciência
tranquila”, lado a lado, dividindo o mesmo travesseiro. Ela, a consciência é
que não concilia o sono, ao se aconchegar à Lula, porque além de falar sozinho,
à noite, ela, a consciência, alega peremptoriamente que o sujeito baba, ronca, e
para desgraçar mais ainda o quadro, peida. Entre essa babel de tapas e beijos,
pontapés e tesouras voadoras, o que queremos deixar para os senhores leitores,
é que não ficou muito alumiado o “vazamento” das mensagens goteiradas pelo cano
de esgoto das conversas entre Moro e Dedezinho.
O que sabemos, até ontem, é que as mensagens trocadas entre o procurador
Deltan e outros membros da operação Lava Jato, Jatinhos e Jatões, no Paraná,
mostraram que havia dúvidas, incertezas e pontos obscuros sobre a solidez ou a
autenticidade ou ainda a “robustecidade” das provas apresentadas pelo caso do
tríplex do Guarujá. Em meio a toda essa celeuma, sobrou para Lula, que engaiolado
ficou literalmente Fula. Agora, a sua Gula é montar na Mula mentirosa da Sula e
cair matando em cima de Moro e Dallagnol.
Para complicar mais essa merda fedorenta uma série de reportagens
publicadas pelo site ‘The Intercept’, deixou demonstrado com todas as letras
que o ex-juiz federal Sergio Moro, hoje “miSInistro da Justisssa e Desegurança
Pública” orientou as investigações da Laja Jato, Jatinhos e outras Aeronaves em
Curitiba, por meio de bilhetinhos trocados por baixo dos panos e igualmente
pelo aplicativo Telegram com Dallagnol, coordenador da inteligente e temida
“forca-tareca”, perdão, senhores leitores, força-tarefa.
Resumindo essa privada cheia de cagalhões até a tampa. Moro só queria
condenar Lula. Conseguiu. Se nesse interregno um doidão surgisse do nada como o
Adélio Apóstolo, desculpem pela gafe, como o Adélio Bispo, e, ao invés de puxar
a descarga, esfaqueasse a cordinha que libera a água (e daqui nasceria um
questionamento), o que será que aconteceria no fundo cavernoso do vaso??!! Não interessa. Na altura dessa putaria (elevação
maior que a encosta de talude da barragem de Gongo Soco) que estamos vendo aí dia
após dia, amados..., parem, pensem, raciocinem. Como a novela Lula Preso, Lula
Solto terminaria? Não sabemos! “A nós, povinho fraco e derreado, só resta ESPERAR”.
E cuidar para que nossos telefones celulares não sejam GRAMPEADOS.
Título e Texto: Aparecido Raimundo de Souza,
de Brasília, Distrito Federal. 13-6-2019
Anteriores:
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Não publicamos comentários de anônimos/desconhecidos.
Por favor, se optar por "Anônimo", escreva o seu nome no final do comentário.
Não use CAIXA ALTA, (Não grite!), isto é, não escreva tudo em maiúsculas, escreva normalmente. Obrigado pela sua participação!
Volte sempre!
Abraços./-